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Opinião

Artigo

- Publicada em 30 de Julho de 2014 às 00:00

A vela e o futebol


Jornal do Comércio
A realização de cinco jogos da Copa do Mundo de futebol trouxe a Porto Alegre uma quantidade significativa de turistas. Aqui estiveram holandeses, argentinos, australianos, franceses, alemães, argelinos, hondurenhos, nigerianos e coreanos. Versão aceita e vigente diz que, como esporte, a vela surgiu na Holanda, no século XVIII. Na Argentina, a vela é amplamente praticada, especialmente na região de Buenos Aires. A Austrália, a França e a Alemanha também se destacam no esporte, e, para quem não imaginava, até os argelinos velejam esportivamente. O Brasil tem mais de 8 mil quilômetros de litoral oceânico, vários lagos, lagoas, represas etc.
A realização de cinco jogos da Copa do Mundo de futebol trouxe a Porto Alegre uma quantidade significativa de turistas. Aqui estiveram holandeses, argentinos, australianos, franceses, alemães, argelinos, hondurenhos, nigerianos e coreanos. Versão aceita e vigente diz que, como esporte, a vela surgiu na Holanda, no século XVIII. Na Argentina, a vela é amplamente praticada, especialmente na região de Buenos Aires. A Austrália, a França e a Alemanha também se destacam no esporte, e, para quem não imaginava, até os argelinos velejam esportivamente. O Brasil tem mais de 8 mil quilômetros de litoral oceânico, vários lagos, lagoas, represas etc.
Se a participação brasileira em Jogos Olímpicos é pífia, foi com as brancas velas que conquistamos o maior número de medalhas de ouro até hoje (seis), sendo que o Brasil das camisetas amarelinhas jamais conquistou uma medalha de ouro com o futebol. Seis a zero. Quanta ironia!
Porto Alegre tem mais de três clubes dedicados à vela, sendo que, ao menos dois deles conseguem relativo destaque nacional e internacional.
As escolas porto-alegrenses, sejam elas públicas ou particulares, ignoram por completo o esporte da vela, virando as costas para o Guaíba e para o velejar.
Esporte de ampla ação sobre o físico e importantíssimo na formação do caráter do cidadão, é solenemente relegado pela comunidade educacional e pelo ente público (Estado e municípios, para não falar na União), que nada faz para difundi-lo, talvez pelo preconceituoso entendimento de que se trata de um esporte das elites ou que tem um custo inaceitável para ser bancado. Banquem-se as “arenas”, então! E não esqueçam de reservar muitos reais para ingresso, estacionamento, lanche, etc. etc. etc. que o popular futebol cobra. Modestas aulas de educação física, ministradas por abnegados professores, dificilmente permitirão que se alcance o que o provérbio “Mens Sana in Corpore Sano” significa e pretende. Os turistas que aqui estiveram certamente associaram o Guaíba ao esporte da vela e terão grande dificuldade para compreender como pode o País do rico futebol perder olimpicamente para a esquecida vela. E de goleada...
Advogado
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