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Coluna

- Publicada em 29 de Julho de 2014 às 00:00

Em Brasília, a maior disputa


Jornal do Comércio
Com um salário de R$ 20 mil mensais e os benefícios que incluem um polpudo auxílio-alimentação, 75 dias de férias por ano, R$ 173,6 mil de verba de gabinete e R$ 20 mil para indenizar todo tipo de gasto, a Câmara Legislativa do Distrito Federal é uma das mais cobiçadas a cada eleição. A relação de candidato por vaga, em Brasília é a maior do Brasil. São 1.004 concorrentes para 24 cadeiras no Legislativo do Distrito Federal.
Com um salário de R$ 20 mil mensais e os benefícios que incluem um polpudo auxílio-alimentação, 75 dias de férias por ano, R$ 173,6 mil de verba de gabinete e R$ 20 mil para indenizar todo tipo de gasto, a Câmara Legislativa do Distrito Federal é uma das mais cobiçadas a cada eleição. A relação de candidato por vaga, em Brasília é a maior do Brasil. São 1.004 concorrentes para 24 cadeiras no Legislativo do Distrito Federal.
Com essa proporção, 12% superior ao registrado em 2010, a Câmara da capital da República terá este ano demanda de 41,83 candidatos por vaga. O número é 50% maior do que a concorrência registrada no Rio de Janeiro, o segundo do ranking. Na Assembleia fluminense, são 27 interessados por vaga. Em São Paulo, estado com o maior Legislativo do Brasil, a concorrência é praticamente a metade: 21 candidatos para cada uma das 94 cadeiras. No Rio Grande do Sul, são 705 pretendentes para 55 vagas, ou seja, 12,82 por vaga.
Diante de tanta concorrência, a expectativa é de que o coeficiente eleitoral em Brasília chegue às alturas. Para eleger um distrital cada coligação terá que conquistar quase 70 mil votos.
Candidatos a governador
A modernidade de Brasília não se reflete nos candidatos ao governo do Distrito Federal. Quase sem renovação de nomes e práticas políticas, a corrida rumo ao Palácio Buriti não tem novidades. Agnelo Queiroz (PT) busca a reeleição, e, apesar da máquina do governo a seu dispor, essa vantagem não se reflete nas pesquisas, onde tem alto índice de rejeição. A estimativa é de um gasto de 70 milhões de reais na campanha. O ex-governador  José Roberto Arruda (PR) tem chances de se tornar o maior predador no pleito de outubro. Mas tem um problemão: a Justiça Eleitoral, que tenta abatê-lo antes das eleições, devido denúncias do envolvimento do candidato no escândalo “caixa de pandora”. Rodrigo Rollemberg  (PSB), alega que não é conivente com decisões tomadas por Agnelo em algumas áreas. O paranaense Luiz Pitiman, candidato do PSDB, critica o atual governo e se apresenta como novidade da campanha. Outro candidato é Toninho do P-Sol, que milita ativamente na política no DF há 37 anos.
Mudança radical
Dos 594 parlamentares no Congresso Nacional, 49 desistiram de tentar novo mandato. Entre eles, nomes com larga experiência no parlamento, como Pedro Simon, José Sarney (PMDB)e Inocêncio Oliveira (PMDB). As justificativas vão de problemas de saúde, idade, frustração com a política e até desejo de voltar aos negócios anteriores à vida pública. Pedro Simon diz que no dia 31 de janeiro, vai completar 85 anos de idade e 65 anos de vida pública. “Comecei na política com 20 anos, no movimento estudantil da época, e, desde então, não passei um único dia sem mandato. Tem sido uma luta árdua,” desabafa o senador gaúcho. Pedro Simon defende uma mudança radical no Parlamento. “Ou fazemos uma mudança radical ou iremos de mal a pior, sob todos os aspectos”, assinalou. A partir do próximo ano, Pedro Simon pretende viajar pelo País proferindo palestras a universitários, sobre o valor da política e da cidadania.
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