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- Publicada em 29 de Julho de 2014 às 00:00

Análise do Sindimate atesta qualidade da erva-mate gaúcha


Jornal do Comércio
A erva-mate gaúcha não contém metais pesados acima do permitido pela legislação do Mercosul, de acordo com análises feitas pelo Sindicato da Indústria do Mate do Rio Grande do Sul (Sindimate). Os estudos, realizados após o Ministério da Saúde do Uruguai retirar, em maio, 200 toneladas do produto brasileiro do mercado, levam em conta a infusão, não apenas o pó seco. Por não se diluírem em água, as substâncias – cádmio e chumbo – não trariam problemas sanitários, afirma a entidade. O Ministério Público Estadual, por sua vez, espera parecer de sua Divisão de Assessoramento Técnico, que deve sair nesta semana, para iniciar as investigações.
A erva-mate gaúcha não contém metais pesados acima do permitido pela legislação do Mercosul, de acordo com análises feitas pelo Sindicato da Indústria do Mate do Rio Grande do Sul (Sindimate). Os estudos, realizados após o Ministério da Saúde do Uruguai retirar, em maio, 200 toneladas do produto brasileiro do mercado, levam em conta a infusão, não apenas o pó seco. Por não se diluírem em água, as substâncias – cádmio e chumbo – não trariam problemas sanitários, afirma a entidade. O Ministério Público Estadual, por sua vez, espera parecer de sua Divisão de Assessoramento Técnico, que deve sair nesta semana, para iniciar as investigações.
“Estamos analisando há dois meses, principalmente, em indústrias exportadoras. O produto está seguro para consumo, pois não encontramos índices acima do tolerado na infusão, e o pó não é consumido puro”, garante o presidente do Sindimate, Gilberto Luiz Heck. Os limites máximos de cádmio e chumbo admitidos em alimentos comercializados no Mercosul são, respectivamente, de 0,4 e 0,6 miligramas por quilo. Mais de 300 amostras vendidas ao exterior foram verificadas pela entidade, regiões produtoras estão sendo rastreadas e, para garantir a qualidade, os pareceres estão sendo enviados aos compradores. 
De acordo com Heck, o Uruguai representa mais de 90% das exportações brasileiras, que devem ter queda até o fim das investigações. “Os compradores uruguaios estão um pouco cautelosos, porque o mercado deles propicia a contenção momentânea da importação ao trabalhar com erva envelhecida. Ou seja, eles podem ficar de 40 a 60 dias sem comprar tanto, porque têm estoque regulador em mãos. Acredito que vamos ficar no mínimo seis meses com um comércio instável com o Uruguai.” Além disso, a possibilidade de o parceiro passar a comprar o insumo do Paraguai preocupa o Sindimate.
Mesmo que ainda não tenha a explicação final para os altos índices de metais pesados encontrados pelo governo vizinho, a entidade aponta duas possibilidades: contaminação do solo por chuva ácida e correntes de vento e o excesso de adubação. “Analisamos, por exemplo, índices pluviométricos e altitude, principalmente em plantações na região do Alto Taquari, e, em breve, teremos um resultado definitivo deste trabalho que estamos fazendo”, destaca Heck.
Na semana passada, o Ministério Público Estadual anunciou investigação sobre o caso. Além disso, será verificada a adição de açúcar não identificada na embalagem. Nesta semana, deve estar pronto o parecer da Divisão de Assessoramento Técnico do MP-RS, documento que irá definir os padrões da análise. “A partir disso, vamos nos reunir com as entidades competentes para ajustar as diretrizes de fiscalização e os procedimentos de regulação do setor”, explica o promotor de justiça Paulo Estevam Araujo.
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