Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

varejo

- Publicada em 28 de Julho de 2014 às 00:00

Cresce aposta em novos formatos de ponto de venda


PINK FEMME/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Os motivos que levam empresários de diversos segmentos do varejo a buscarem novos formatos de lojas variam do custo de implementação e soluções para falta de espaço físico nas cidades, até disponibilizar mais praticidade na hora da compra ou buscar sustentabilidade com foco nas futuras gerações. Estes e outros ensejos têm embalado ideias inovadoras, que a cada ano se multiplicam, não somente em capitais, mas também nos municípios de interior. 

Os motivos que levam empresários de diversos segmentos do varejo a buscarem novos formatos de lojas variam do custo de implementação e soluções para falta de espaço físico nas cidades, até disponibilizar mais praticidade na hora da compra ou buscar sustentabilidade com foco nas futuras gerações. Estes e outros ensejos têm embalado ideias inovadoras, que a cada ano se multiplicam, não somente em capitais, mas também nos municípios de interior. 

Lojas de roupas que funcionam dentro de containers, perfumes e cremes dispostos em um armário com rodinhas (que quando fecha ocupa ainda menos espaço), quiosques que vendem produtos de todos os tipos e estabelecimentos que lembram um supermercado, onde o cliente pode encontrar sozinho aquilo que quer comprar: vale tudo para sair do lugar comum e conquistar uma posição de destaque na lembrança dos consumidores.

Entre os primeiros a se diferenciar dentro de shoppings centers espalhados no País, os quiosques deixaram de ser característica de uma marca específica para serem adotados por inúmeras empresas, que, buscando se posicionar,  encontraram um formato de loja capaz de suprir a falta de vagas nos empreendimentos, e ainda economizar nos custos de implementação (na Contém 1G, uma nova loja custa a partir de R$ 195 mil, enquanto o quiosque pode ser aberto por R$ 140 mil). “A principal razão de fazer uso de um quiosque é suprir necessidade de espaço quando não há opção de localização para loja em um shopping center”, admite o presidente do grupo Contém 1G, Rogério Rubini. A marca de maquiagens foi uma das precursoras  na adoção do modelo. 

Quando o assunto é agilidade, uma inovação mais recente foi adotada pela rede Pink Femme, que implementou o Twister, móvel em MDF planejado para ser um ponto de venda completo, com três prateleiras para exposição de produtos, gaveteiros e portas para armazenar um estoque de 500 itens, além de espaço para computador com sistema de venda implementado, e rodinhas, que permitem a troca de local, caso seja necessário.  Lançado em junho deste ano e com custo de R$ 39 mil, o Twister faz as vezes de um armário que, quando aberto, ocupa no máximo 3m2, e que pode ser fechado no final do dia de trabalho, reduzindo-se a 1m2 de volume. De acordo com o diretor da Pink Femme, Daniel Rubini, este modelo enxuto é muito utilizado em outros países, mas ainda não havia sido experimentado no Brasil. o Twister é perfeito para ser implementado em academias de ginástica, metrôs, shoppings e faculdades. 

Unidade móvel possibilita produtos mais baratos

Visando marcar presenta em cidades e bairros com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, a rede de Lojas Picorrucho, de artigos e roupas infantis, tem projeto de implementar uma unidade móvel, utilizando um caminhão de 20 m².  Conforme o diretor-executivo da empresa, Jorge Gilberto do Moraes, a ideia surgiu em 2013, e foi aplicada no bairro Restinga, em Porto Alegre. “Ficamos lá por 60 dias, e teve uma ótima repercussão”, conta Moraes. 

Deslocar-se para municípios pequenos, sem precisar pagar aluguel, nem permanecer muito tempo na região é uma iniciativa que visa a atender uma demanda reprimida nestes lugares, explica o diretor da Picorrucho. “Nos pedem lojas em cidades onde não há mercado, como Encruzilhada do Sul, por exemplo. Então, a forma de atender estes clientes é levar a loja por um ou dois meses, e depois seguir caminho.” Um detalhe neste tipo de operação é que a legislação estadual e as dos municípios devem ser pesquisadas e é necessário pedir licença para as autoridades responsáveis. 

Container é 100% sustentável 

Um dos valores defendidos pela rede de lojas Container, que surgiu após seus proprietários decidirem transformar sucatas destas estruturas usadas para transporte de cargas em lojas modernas, é “pensar nas futuras gerações com atitudes e ações sustentáveis”. Desde 2008, ao invés do descarte após o uso, uma quantidade considerável de containers passou a ser reaproveitada, após um processo de higienização, e se tornou símbolo da loja gaúcha de roupas multimarcas, que introduziu a ideia no País e hoje projeta unidades também para outras empresas do ramo varejista e da gastronomia.

O diretor do grupo com sede em São Leopoldo, André Krai, diz que as vantagens do modelo de loja começam pelo custo de implementação, 30% inferior aos das unidades convencionais. “Mas nossa preocupação é com o menor impacto ambiental, uma vez que não é preciso utilizar recursos naturais, pois a estrutura é construída com 100% de material reciclado”, destaca.

Também dentro do container, os objetos de decoração das mais de 100 lojas da marca espalhadas pelo Brasil e em três cidades da Espanha são em sua grande maioria reciclados, incluindo caixotes de madeira velhos, daqueles usados na Ceasa. O formato de loja ecológica resolve ainda o problema de dificuldade de se encontrar um ponto comercial. “Dá pra colocar em um shopping center, um terreno, um estacionamento, em qualquer lugar onde não haja construção, porque hoje em dia não existe mais espaço para se erguer uma loja”, comenta o diretor da Contairner. 

Marca de alimentos naturais adota modelo de autosserviço

Deixar o cliente mais autossuficiente foi o objetivo da Natureba Produtos Naturais, que tem cinco lojas no Estado, sendo uma delas chamada Flagship Store. Ali, o consumidor encontra uma “loja limpa, ampla, sem enrolação”, define o proprietário Rodrigo Rossato. A ideia é fugir daquilo de colocar o crediário lá no fundo, obrigando o cliente atravessar a loja e deixar que encontre tudo que quiser, sem precisar de ajuda. “Está funcionando como se fosse um supermercado. As pessoas pegam a cestinha e vão atrás do que querem, está tudo dividido em departamento, com cores diferentes e corredores amplos”, explica Rossato. 

Até mesmo os produtos a granel da Natureba estão disponíveis para serem escolhidos, pesados e embalados pelos clientes. Cada cuba tem uma concha para a retirada dos mais de 100 grãos e frutas secas, tornando a compra mais ágil. “É só chegar e se servir, tem ao lado uma tabela nutricional, com validade, valor e código para colocar na balança”, conta o proprietário da loja. 

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO