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eleições 2014

- Publicada em 25 de Julho de 2014 às 00:00

Ambiente econômico é adverso à reeleição, diz cientista


EVARISTO SA/AFP/JC
Jornal do Comércio
*Atualizado às 20h20min

*Atualizado às 20h20min

A situação da economia doméstica deve tornar a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) mais difícil, avaliou nesta sexta-feira (25) o cientista político Sérgio Abranches, do Ecopolítica. Para ele, as condições estruturais domésticas, como a inflação que tem afetado cada vez mais a renda, interferem mais no humor da sociedade.

"Não vai ser uma eleição igual às outras, porque o Brasil não é igual ao das outras eleições. O Brasil nunca foi um País tão capaz de mostrar mau humor quanto desta vez", disse, em seminário sobre as eleições realizado na tarde de hoje pela Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio. 

A baixa popularidade da presidente também aumenta a incerteza sobre sua reeleição, acrescentou Abranches. "Claramente do ponto de vista do que nós sabemos, o ambiente é adverso à reeleição do presidente em exercício", disse.

Em um painel anterior, o cientista político Cesar Zucco, professor da Escola Brasileira de Administração Pública e Empresas da FGV (Ebape/FGV), comentou que a avaliação positiva dos programas sociais criados ou ampliados durante a gestão do PT na Presidência seria capaz de fazer frente à baixa popularidade da atual presidente e aos questionamentos sobre a política econômica do governo durante a eleição. "Uma possibilidade é que ela faz melhor o resto do que a política econômica", afirmou.

Mas a questão eleitoral não se resume à economia. Os candidatos, de acordo com os participantes do seminário, têm se obrigado a encontrar maneiras de se adaptar a mudanças no próprio modo de fazer campanha. "Desde 2002 não se faz mais campanha na rua, com cartazes e folhetos. Não foi assim em 2006, nem em 2010", disse o cientista político Jairo Nicolau, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além disso, o horário eleitoral na televisão já não tem mais a mesma centralidade que tinha em anos anteriores. "A maioria dos eleitores desliga a televisão ou muda de canal", ressaltou Abranches.

Banco Santander alerta clientes

O Santander, ao comentar a relação da presidente com o comportamento da economia, acabou gerando desconforto entre funcionários e clientes. O banco fez um alerta a seus clientes mais ricos: “se a presidente Dilma Rousseff se estabilizar nas pesquisas de opinião para as eleições de outubro ou voltar a subir, a bolsa irá cair, os juros subir e o câmbio se desvalorizar. Ou seja, a economia vai se deteriorar”.

O alerta foi dado nos extratos de julho do banco Santander para os clientes do segmento Select, que têm renda de mais de R$ 10 mil por mês. A divulgação pela imprensa do alerta enviado aos clientes no extrato de julho gerou um mal-estar geral no banco. Em sua página principal da internet, a instituição colocou um comunicado dizendo que apenas 0,18% de seus clientes receberam esse tipo de extrato e que o texto não reflete a posição da instituição.

"O referido texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. Sendo assim, o Banco pede desculpas aos clientes que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação, e reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento", diz o banco no comunicado.

Campanha de Dilma pode processar Santander após informe

O comando da campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, avalia mover uma ação judicial contra o banco Santander, que enviou neste mês aos clientes de mais alta renda de sua carteira um informe no qual apontava risco de deterioração da economia brasileira em caso de reeleição da presidente.

Integrantes do comitê petista dizem que a retratação pública feita pelo banco espanhol, após o caso vir à tona, aliviou a situação, mas só na segunda-feira, dia 21, será batido o martelo sobre se foi suficiente ou se o PT vai entrar com a ação na Justiça contra o Santander. O site Muda Mais, de apoio à campanha de Dilma, classificou o episódio como "terrorismo eleitoral".

O alerta do Santander afirmava que se Dilma se estabilizar nas pesquisas de opinião para as eleições de outubro ou voltar a subir, a bolsa irá cair, os juros subir e o câmbio se desvalorizar. O alerta foi dado nos extratos de julho do banco para os clientes do segmento Select, que tem renda de mais de R$ 10 mil por mês.

Em sua página principal da internet, a instituição financeira publicou um comunicado pedindo desculpas e dizendo que apenas 0,18% de seus clientes receberam esse tipo de extrato e que o texto não reflete a posição da instituição.

"O referido texto feriu a diretriz interna que estabelece que toda e qualquer análise econômica enviada aos clientes restrinja-se à discussão de variáveis que possam afetar a vida financeira dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. Sendo assim, o banco pede desculpas aos clientes que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação, e reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento", diz o banco no comunicado. Com informações da Agência Estado. 

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