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CRÉDITO

- Publicada em 25 de Julho de 2014 às 00:00

Unicred está preparada para desafios econômicos


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
O médico Paulo Abreu Barcellos assume nesta sexta-feira o cargo de diretor-presidente da Central Unicred Rio Grande do Sul. Sócio-fundador da Unicred Porto Alegre há 24 anos, sempre esteve muito ligado ao movimento cooperativo: atuou como diretor administrativo e diretor-presidente da unidade que ajudou a fundar. “Procurei me aperfeiçoar, fiz MBA em gestão empresarial e me especializei em finanças”, conta.
O médico Paulo Abreu Barcellos assume nesta sexta-feira o cargo de diretor-presidente da Central Unicred Rio Grande do Sul. Sócio-fundador da Unicred Porto Alegre há 24 anos, sempre esteve muito ligado ao movimento cooperativo: atuou como diretor administrativo e diretor-presidente da unidade que ajudou a fundar. “Procurei me aperfeiçoar, fiz MBA em gestão empresarial e me especializei em finanças”, conta.
Com 35 mil cooperados e ocupando a terceira colocação no ranking do Sistema Unicred no Brasil, o Sistema Unicred no Rio Grande do Sul fechou o primeiro semestre de 2014 com R$ 1,6 bilhão em ativos e R$ 881 milhões na carteira de crédito. O contexto atual, que indica baixo crescimento econômico, não tem interferido nos resultados da entidade, embora a vigilância constante seja uma necessidade inquestionável, como destaca Barcellos. Para auxiliá-lo, assumem também, nesta sexta-feira, os médicos Antônio Gabriel Teixeira, como diretor financeiro, e Flávio Cabreira Jobim, como diretor administrativo. A posse ocorre às 19h, no Sheraton Porto Alegre Hotel.
Jornal do Comércio – Qual é o foco da atuação do Sistema Unicred no Rio Grande do Sul?
Paulo Abreu Barcellos – A cooperativa se propõe a ser a solução financeira para os associados. Somos uma alternativa em relação ao sistema financeiro. Os bancos têm finalidade lucrativa, a cooperativa não tem essa prerrogativa. Com isso, procuramos trabalhar com o objetivo de trazer vantagens para os associados, com taxas mais baixas do que as aplicadas pelo mercado. Quando um associado faz uma aplicação financeira, buscamos uma rentabilidade acima do mercado. Nosso foco, nesse momento, é o atendimento personalizado. Para entender como se dá a relação entre cooperado e uma cooperativa como a nossa, é preciso compreender o conceito de mutualismo, cuja definição é a de que todos os recursos são financiados pelos associados e ao mesmo tempo são utilizados pelos associados. Ou seja, sobrevivemos em função dos associados. As pesquisas que temos feito recentemente nos deixam muito satisfeitos, principalmente por conta da valorização dos cooperados em relação ao trabalho que desenvolvemos. Em suma, somos uma alternativa para o desenvolvimento econômico dos associados.
JC – Isso é importante levando em consideração que os principais associados são profissionais liberais da área da saúde?
Barcellos – Nosso foco e a nossa origem está identificada com o setor da saúde, mas já há cooperativas que estenderam a participação para outras profissões. Você está certa quando fala sobre um número elevado de profissionais liberais, mas hoje também temos muitas pessoas com ligação por vínculo colaborativo. Além disso, também trabalhamos com clínicas da área da saúde e laboratórios. O apoio que fornecemos, nesse caso, resulta em mais recurso para compra de equipamentos, que, em última instância, culmina com melhor qualidade na área da saúde.
JC – A liberação para o ingresso de profissionais de outras áreas depende de regulamentação da Central Unicred Rio Grande do Sul?
Barcellos – Existe uma característica importante que é a singularidade. Cada cooperativa tem a sua singularidade. Há um centro que é o de profissionais da área da saúde, oriundos do Ensino Superior, mas algumas cooperativas do exterior já abriram o quadro para outras profissões. Varia muito de acordo com a localidade.
JC – Há alguma prioridade já definida para a sua gestão?
Barcellos – Nesse momento, nesse estágio que estamos iniciando, procuramos aperfeiçoar os processos de gestão, mas nosso fim é sempre o associado.
JC – A perspectiva de baixo crescimento da economia afeta de alguma maneira a entidade?
Barcellos – Felizmente não temos sentido até o momento algum efeito, mas de qualquer forma, vivemos uma economia globalizada e as coisas sempre se desenvolvem de fora para dentro e é isso que preocupa. Estamos bem organizados e temos uma estrutura bastante sólida. Há algo importante a nosso favor: o nível dos nossos associados. Nós trabalhamos com associados com profissão habilitada e uma condição melhor, mas, independente disso, temos que estar preparados para qualquer situação. Nossa inadimplência é muito mais baixa do que a do mercado em geral. Isso nos favorece um pouco, ainda assim, temos que estar vigilantes. Outra coisa é que o contexto econômico não é um problema só nosso, afeta todo o mercado, o que não minimiza os possíveis efeitos. Como nossos recursos advêm, principalmente, do crédito, isso nos preocupa um pouco mais. Eu não sei se o que vem por aí vai ser a marolinha do Lula ou se vai ser um tsunami. Só sei que estamos preparados.
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