Abandono da zona Sul

É impressionante o descaso da prefeitura com a zona Sul de Porto Alegre. Como se não bastassem os intermináveis engarrafamentos, que se devem não só ao número crescente de veículos mas, principalmente, à falta de planejamento urbano. Agora, depois da Copa e das recentes chuvas, ficaram os buracos. Os contribuintes estão cansados de pagar impostos e não ter contrapartidas. As obras recentemente inauguradas foram pagas com verbas federais e não municipais. Gostaria de saber para onde vai a receita dos impostos que pagamos. Talvez a EPTC, com a sua frota de última geração e a absurda quantidade de agentes, seja a explicação para isso. Fica registrada a minha indignação. (Marcos Vitale)

Lamentável a tolerância da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) com a “demolição” do calçadão da Rua da Praia. As empresas que estão causando esse dano são facilmente identificáveis e deveriam indenizar o município. (Dirceu Chirivino, Porto Alegre)

Quando vejo na TV bondes modernos circulando em cidades da Alemanha, da Áustria e de Portugal, fico me lembrando dos bondes de Porto Alegre. Terminar com todos – eram 130 circulando em março de 1970 – penso que foi o grande erro de um ótimo prefeito, Telmo Thompson Flores. Ele deveria ter deixado uma linha turística que, há 10 anos, é anunciada para ser ativada pela prefeitura/Carris, mas nunca saiu do papel. Se Thompson Flores tivesse mantido a linha circular Duque, por certo Porto Alegre teria uma atração turística igual à de São Francisco, nos Estados Unidos. Em Lisboa, temos bondes tipo “gaiola”, iguais aos da linha Duque, nos quais muito andei. Tinha até um cobrador, o “Melinho”, se não me engano, que, fardado, tirava o chapéu para cada passageiro de quem ele cobrava, diretamente naquela época, a tarifa. Foi homenageado quando se aposentou e recebeu um belo relógio da Masson. Ótimos tempos. (Jorge Olavo Nogueira, Porto Alegre)