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Transportes

- Publicada em 24 de Julho de 2014 às 00:00

Carris quer ações de segurança mais fortes


Jornal do Comércio
O clima de insatisfação é unânime entre cobradores e motoristas das linhas T4 e T3, pertencentes à empresa de transporte público Carris, da prefeitura de Porto Alegre. Os funcionários clamam por um direito fundamental: segurança. Em assembleia realizada ontem à tarde, os funcionários se reuniram com representantes da Brigada Militar (BM) para estabelecer um acordo que provoque mudanças na conduta de fiscalização de passageiros.
O clima de insatisfação é unânime entre cobradores e motoristas das linhas T4 e T3, pertencentes à empresa de transporte público Carris, da prefeitura de Porto Alegre. Os funcionários clamam por um direito fundamental: segurança. Em assembleia realizada ontem à tarde, os funcionários se reuniram com representantes da Brigada Militar (BM) para estabelecer um acordo que provoque mudanças na conduta de fiscalização de passageiros.
O líder do Comando da Greve, Luís Afonso Martins, que presidiu a assembleia, e os demais participantes estabeleceram um prazo de dez dias para que a BM mostre alterações no policiamento para prevenir crimes. No dia 4 de agosto, haverá uma nova rodada de negociação entre rodoviários, Carris e BM. “Os assaltos não vão parar em um dia, nada se resolve como passe de mágica. Precisamos ser sensatos. Se houver um ou dois assaltos, temos que aguentar firme. Mas se o número continuar exagerado, vamos reagir”, afirmou. “Não podemos, além disso, banalizar a greve. Já conquistamos o respeito da população e eles nos apoiam nessa demanda, que também os atinge. Eles sabem que estamos lutando também pela segurança deles.” No dia 4 de agosto, haverá uma nova rodada de negociação entre rodoviários, Carris e BM.
Os funcionários mostram-se desconfiados e garantem que não vão ficar de braços cruzados caso os incidentes continuem tão repetitivos. Desde o começo deste ano até julho, o T3 sofreu 29 assaltos. Em segundo lugar, vem o T8, com 18. O T4 registrou dois incidentes. Fernando Batista, um dos motoristas do T3, afirma que os funcionários não querem parar de trabalhar. “Queremos segurança, queremos saber que iremos ao trabalho e voltaremos ilesos. Tem uma dupla de assaltantes que já agiu muitas vezes e continua impune. É contra isso que lutamos”, ressaltou.
José Esmeraldo, um dos motoristas do T4, conta que, além de já ter sido vítima de assalto, perdeu um filho, também condutor, em um assalto. “Tenho outro filho, irmãos e sobrinhos, todos trabalhando em coletivos. Antes, acontecia de vez em quando, agora, é todo dia. A gente sai pra trabalhar e não sabe se vai voltar”, relatou.
As linhas T3 e T4, que estavam paralisadas desde as 12h de ontem, voltaram a circular nas ruas às 17h. Os funcionários combinaram de se reunir novamente, no terminal do BarraShoppingSul, na próxima terça-feira, às 16h30min, para avaliar se as promessas da BM estão sendo cumpridas. De acordo com Martins, a polícia prometeu reforçar o policiamento já na troca de turno ocorrida ontem. Policiais à paisana e fiscalização mais intensa nas paradas estão entre as medidas que seriam adotadas. Caso os motoristas e cobradores concluam que nada vem sendo feito, uma nova paralisação e até mesmo manifestações podem ocorrer.
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