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Colunas#De Olho na tevê

Coluna

- Publicada em 23 de Julho de 2014 às 00:00

A volta do desacreditado


Jornal do Comércio
Se agora Dunga é a solução pensada pela CBF, então por que deixou de servir em 2010? Por ser rude com jornalistas, ou pela hoje compreensível derrota para a Holanda (que ironia, só por 2 a 1)? Quem manda na entidade é a mesma turminha de sempre: Ricardo Teixeira, de longe, ainda mantém sua influência, quase nada mudará com a saída de Marin e a entrada de Marco Polo na presidência. O fato é que Dunga voltou, e a questão nem é a do seu potencial – não aprovado pelo Inter –, mas do que lhe permitirão seus superiores: por quanto tempo vão tolerar a dureza e o desgaste do processo de reconstruir a seleção?
Se agora Dunga é a solução pensada pela CBF, então por que deixou de servir em 2010? Por ser rude com jornalistas, ou pela hoje compreensível derrota para a Holanda (que ironia, só por 2 a 1)? Quem manda na entidade é a mesma turminha de sempre: Ricardo Teixeira, de longe, ainda mantém sua influência, quase nada mudará com a saída de Marin e a entrada de Marco Polo na presidência. O fato é que Dunga voltou, e a questão nem é a do seu potencial – não aprovado pelo Inter –, mas do que lhe permitirão seus superiores: por quanto tempo vão tolerar a dureza e o desgaste do processo de reconstruir a seleção?
Falso brilhante
A dupla Grenal parece posta em sossego após suas vitórias no Brasileirão. Nada mais enganoso: ela está entre dez clubes, amontoados logo abaixo do Cruzeiro – que, por enquanto, corre o páreo sozinho. Poucos conseguem duas vitórias seguidas e já começam a se tornar corriqueiros resultados como a derrota do poderoso São Paulo para a Chapecoense, no Morumbi. O Grêmio mostrou pouco futebol no 1 a 0 sobre o fraco Figueirense, o Inter pegou um Flamengo dizimado e ainda contou com a imprudência do zagueiro Chicão – um pênalti que resolveu o jogo. Vêm paradas menos fáceis por aí.
Pobre Rio de Janeiro
Se lá nem o sucesso das UPPs é verdadeiro, o que direi do mentiroso prestígio do futebol carioca? Olhem o infeliz Vasco da Gama, jogado na Série B, onde amarga um vergonhoso oitavo lugar. Na Série A, o Flamengo é lanterna, o Botafogo sofre com as dívidas e mal se sustenta como 13º na classificação. Resta o Fluminense em terceiro, mas sem inspirar confiança: no dia em que seu generoso patrocinador fechar a torneira de dinheiro que abastece o clube, desaba para o lugar de onde a CBF e seu tribunal o salvaram: a Série B.
Você foi convidado?
Não? Mas ajudou a pagar a festa, ao custo de R$ 1,5 bilhão. Falo do Mané Garrincha, em Brasília, para o qual finalmente foi descoberta uma utilidade. O estádio mais caro do Brasil será palco de 105 casamentos simultâneos, sem despesas para os noivos – trata-se de um positivo programa social do governo. E o povão, que não conseguiu entrar em jogo algum da Copa porque os ingressos eram caríssimos, pode furar os festejos e conhecer esse monumento ao desperdício, coisa tão própria de Brasília.
Duro de competir
Há uma semana, em péssimo horário para São Paulo (19h30min), a Arena Corinthians recebeu o Inter e 32 mil torcedores – arrecadou R$ 2,5 milhões. Domingo, o Inter fez festa para Fernandão contra o Flamengo, o público foi semelhante àquele, e a renda não passou de R$ 1,4 milhão. Se falarmos de quotas de tevê e patrocínios de camisa, o quadro é ainda mais contrastante. Difícil administrar futebol assim no Rio Grande, mas há quem consiga, mesmo abaixo de reclamações por causa dos preços de ingressos. Aliás, na Arena Corinthians, eles custam R$ 180,00 (setor Leste), R$ 250,00 (Oeste) ou R$ 400,00 (Oeste Vip). E, normalmente, se esgotam.
Torcedores?           
O leitor acredita que algum daqueles desordeiros que frequentam nossos estádios – uns poucos providencialmente detidos e já soltos – seja realmente um torcedor? Penso que a civilidade ressurgida e admirada nos palcos da Copa tem muito a ver com a ausência das tais organizadas. Há algumas semanas, depósitos de drogas foram descobertos nas sedes de duas gigantescas torcidas em São Paulo. No ano passado, foram comuns brigas generalizadas entre torcedores – e destes contra policiais. O diabo é que dirigentes distribuem ingressos aos líderes dessas facções, que servem apenas para afugentar o verdadeiro torcedor e sua família. Até quando?
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