A secretária estadual da Saúde, Sandra Fagundes, anunciou o projeto de ampliar em 1.044 o número de leitos na Região Metropolitana, em solenidade realizada no Instituto de Cardiologia, nesta quinta-feira, em Porto Alegre. O acordo firmado viabiliza o repasse de cerca de R$ 124 milhões por parte do Estado para a construção de quatro novos edifícios junto aos hospitais de Viamão, Alvorada, Cachoeirinha e ao próprio Instituto - administrador de todas as instituições. Além deste valor, há uma contrapartida de R$ 15 milhões em investimentos do Cardiologia.
Em Alvorada, Cachoeirinha e Viamão, deverão ser disponibilizados 250 leitos para cada município. Na Capital, serão 294. Com isso, Alvorada e Cachoeirinha passarão a ter 350 leitos cada, enquanto Viamão contará com 392, e o Instituto de Cardiologia, com 536.
Conforme a previsão do superintendente-geral do Instituto, Alberto Beltrame, o edital da licitação, por Regime Diferenciado de Contratação (RDC), deverá ser publicado ainda neste mês. “Em uns seis meses, devem começar as quatro obras, que acontecerão ao mesmo tempo. O prazo de conclusão é de 18 meses. Então, em dois anos, devemos iniciar os atendimentos em todos esses lugares”, afirma.
“Gravataí está nos próximos planos”, avisa Sandra, esclarecendo que o anúncio não tem caráter eleitoreiro. “Isto não é uma decisão de última hora. Vem sendo planejada desde o ano passado”, garante ela.
A secretária salientou também que a Capital possui capacidade instalada desigual e não resolutiva ainda, pois, apesar de a emergência do Hospital Nossa Senhora da Conceição ter conseguido desafogar um pouco, a UPA da Zona Norte está sempre lotada e com problemas graves. “Sabemos desta realidade. Os hospitais em rede ajudarão neste processo. Além disso, estamos estudando maneiras de melhorar o fluxo de atendimento na UPA, entre outros fatores, para agir em curto prazo.”
Os novos prédios dos hospitais de Alvorada, Cachoeirinha e Viamão terão cinco pavimentos e serão ligados às estruturas já existentes. Pelo projeto, cada um deles contará com recepção própria, áreas comuns de circulação e 120 apartamentos semi-privativos. Já o prédio do Instituto de Cardiologia contará com sete pavimentos e heliponto.