Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Colunas#De Olho na tevê

Coluna

- Publicada em 09 de Julho de 2014 às 00:00

Conseguimos: muito pior do que em 1950


Jornal do Comércio
Entre cautela e pretensa agressividade, Felipão escolheu a segunda hipótese – com Bernard –, mostrando desconhecer o potencial do adversário. Cedo se arrependeu: o Brasil joga há um mês sem centroavante – ou Fred tem jogado e eu não vi? –, a defesa fragilizou-se sem Tiago Silva e o meio de campo foi entregue ao adversário. A Alemanha fez linha de passe na área brasileira, foi brilhante como equipe e marcou quatro gols em seis minutos. Incrível e dolorosamente verdadeiro. No intervalo entrou quem deveria ter começado, mas a conta já era alta demais para ser paga. Uma humilhação que vai pesar no currículo de Felipão – e de toda essa geração.
Entre cautela e pretensa agressividade, Felipão escolheu a segunda hipótese – com Bernard –, mostrando desconhecer o potencial do adversário. Cedo se arrependeu: o Brasil joga há um mês sem centroavante – ou Fred tem jogado e eu não vi? –, a defesa fragilizou-se sem Tiago Silva e o meio de campo foi entregue ao adversário. A Alemanha fez linha de passe na área brasileira, foi brilhante como equipe e marcou quatro gols em seis minutos. Incrível e dolorosamente verdadeiro. No intervalo entrou quem deveria ter começado, mas a conta já era alta demais para ser paga. Uma humilhação que vai pesar no currículo de Felipão – e de toda essa geração.
Cegueira generalizada
Hoje tem Argentina e Holanda, na Arena Corinthians. Torço pelos holandeses, obviamente respeito os argentinos, não me atrevo a dar palpite. Não por falta de coragem: na coluna do dia 2 de julho escrevi: “Com a bolinha que o Brasil está jogando, o primeiro time forte que aparecer pela frente arrebenta nossa seleção”. Houve quem protestasse, ofendesse, e faz apenas sete dias... Ainda nos falta o jogo de sábado, contra Holanda ou Argentina – chance de uma despedida honrosa.
Vamos copiar o que funciona
Com a fortuna que arrecada a cada competição por ela organizada, o maior patrimônio da Fifa é exatamente esse: sua capacidade de promover, administrar e manter sob seu jugo torneios altamente rentáveis, sem dar satisfações a ninguém e ainda exigindo mundos e fundos dos países em que aterrissa. No entanto, reconheça-se: a gigantesca máquina que faz funcionar cada engrenagem dessa logística não é simples. E se algum legado vai ficar desta Copa, inclua-se nele a organização quase impecável que a Fifa conseguiu impor em cada estádio, entrevista, treino ou jogo, mesmo com a impontualidade brasileira no cumprimento de parte das exigências.
Vigarice padrão Fifa
Foi preciso que uma Copa se realizasse no Brasil em tempos modernos, para que avaliássemos a real grandeza desse evento. Começo a medi-lo pelo tamanho da corrupção que se enraizou em certas obras (ou foi acaso a queda do viaduto em Belo Horizonte?), prossigo com a dimensão do valor envolvido na revenda ilegal de ingressos somente por uma quadrilha. Não uma quadrilha qualquer: ela tem profundas ramificações dentro da entidade, contava movimentar R$ 200 milhões nesta Copa, mas foi desbaratada por admiráveis policiais – padrão Brasil de nossos sonhos.
Depois da Copa
Aqui pouco se fala, mas em São Paulo a informação circula sem constrangimentos: Kia Joorabchian, ex-presidente da MSI, estaria negociando o futuro de Felipão após a Copa. E uma das hipóteses seria sua volta ao Grêmio, como diretor de futebol remunerado, permanecendo Enderson Moreira como treinador. Felipão sempre disse que em julho estaria livre, fosse qual fosse o desempenho da seleção, embora pareça improvável sua volta ao Rio Grande. Na seleção, não vejo outro nome para substituí-lo que não o de mais um gaúcho: Tite.
Muito barulho por nada
Se aquilo era tudo o que a dupla tinha a mostrar, então de pouco serviram esses 45 dias de interrupção. O Inter estaria mal classificado no campeonato catarinense, o Grêmio ficaria na zona intermediária do paranaense e no Brasileiro não ambicionariam mais do que uma vaguinha na Libertadores – para um dos dois, bem entendido. Amistosos podem enganar, mas o Cruzeiro jogou nos EUA, venceu o Miami Dade (duas vezes), os mexicanos America e Tigres. O Corinthians repetiu o placar de 4 a 1 sobre São Bernardo e Uberaba. Não por acaso, Raposa e Timão estão entre os grandes favoritos ao título brasileiro.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO