Oito seleções ainda sonham com a taça na Copa do Mundo

As quartas de final serão abertas com o duelo entre Alemanha e França, na sexta-feira, às 13h, no Maracanã, no Rio de Janeiro. As duas equipes chegaram em condições bem diferentes no Brasil. Enquanto os alemães desembarcaram como candidatos ao título, os franceses eram vistos com desconfiança. Dentro de campo, porém, o quadro se inverteu. A França fez uma campanha surpreendente, com boas vitórias e marcando muitos gols. O futebol ofensivo dos Les Bleus, com destacada presença de Benzema, Valbuena e Pogba, tem chamado a atenção nesta Copa em que os ataques têm brilhado. A Alemanha começou trucidando Portugal com um 4 a 0 que deixou claro a todos que os germânicos não vieram para brincar. Os jogos seguintes, entretanto, deixaram dúvidas a respeito de onde o talentoso grupo alemão pode chegar. Jogo difícil para ambas as equipes, com leve vantagem para a Alemanha, que possui um grupo que joga junto há mais tempo e com mais talentos individuais.

Também na sexta, só que às 17h, Brasil e Colômbia fazem um jogo em que o favoritismo brasileiro se dá somente pelo nome de seus jogadores e pelo fator casa. Dentro de campo, os colombianos apresentaram um futebol muito mais consistente. A classificação do Brasil passa, necessariamente, por anular o habilidoso meia James Rodríguez, goleador da Copa com cinco gols. O veloz e hábil Cuadrado também merece atenção. As condições físicas de Neymar são um ponto importante do confronto. Se o craque estiver bem, as chances brasileiras se multiplicam. O time de Felipão terá, obrigatoriamente, uma mudança, pois Luis Gustavo está suspenso. No seu lugar, muitas são as alternativas, mas a escolha por Henrique, talvez, seja a mais indicada, pois as outras opções (Ramires, Hernanes ou até Paulinho) não dariam a força de marcação necessária. Outra mudança também parece ser urgente. Daniel Alves tem deixado muitos espaços pelo lado direito defensivo. Maicon daria mais força física e poder de marcação e mais ímpeto nas chegadas à linha de fundo, coisa que Alves não faz.

No sábado, às 13h, em Brasília, é a vez da Argentina buscar sua vaga nas semifinais. Regido pelo maestro Messi, o time comandado Alejandro Sabella ainda deve uma apresentação de encher os olhos nesta Copa. Com dificuldades em todos os quatro jogos já realizados, os bicampeões do mundo  dependem muito de sua maior estrela. Messi tem brilhado e levado o time nas costas. Até quando ele vai conseguir fazer isso, não se sabe. Com um ataque poderoso, o grande problema argentino reside nos três setores da defesa – zaga, laterais e meio-campo. Com jogadores inconfiáveis atrás, fica a dúvida a respeito de como a equipe irá se comportar quando for atacada com vigor. O adversário será a perigosa Bélgica, que era apontada como candidata a sensação da competição. Com quatro vitórias em quatro jogos, os belgas não empolgaram na primeira fase, mesmo com os triunfos sobre Argélia (2 a 1), Rússia (1 a 0) e Coreia do Sul (1 a 0). Junto com a classificação para as quartas com a vitória por 2 a 1, na prorrogação, sobre os Estados Unidos, veio, finalmente, o bom futebol da seleção europeia. Os argentinos são favoritos, mais pela história e pela camisa do que pelas atuações apresentadas, mas uma classificação da Bélgica não poderia ser apontada como surpresa.

Mais tarde, às 17h, em Salvador, a sempre candidata ao título (mas nunca campeã) Holanda encara a zebra deste Mundial. A Costa Rica deixou para trás três campeões mundiais no Grupo D, com duas vitórias e um empate (3 a 1 no Uruguai, 1 a 0 na Itália e 0 a 0 contra a Inglaterra). Com um futebol de movimentação e eficiência, o time centro-americano mostrou que os resultados podem ter sido surpreendentes, mas não injustos. Já a Laranja Mecânica arrefeceu seu ímpeto após o atropelo de 5 a 1 sobre a Espanha. Apesar de manter o 100% de aproveitamento, o time europeu superou com dificuldades a Austrália (vitória por 3 a 2, ainda pelo Grupo B) e o México (triunfo por 2 a 1, nas oitavas). O favoritismo holandês é grande. Pelo que mostrou até agora, porém, uma histórica classificação da Costa Rica não pode ser descartada.

Prepare o coração e a pipoca. Sexta e sábado serão dias de fortes emoções nesta que tem sido a Copa mais empolgante dos últimos tempos.