Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Copa 2014

- Publicada em 30 de Junho de 2014 às 00:00

Colômbia vence o Uruguai e enfrenta o Brasil nas quartas


GABRIEL BOUYS/AFP/JC
Jornal do Comércio
Se o Uruguai não teve Luis Suárez, a Colômbia contou com o brilho de James Rodríguez no sábado para fazer história ao eliminar o rival e alcançar as quartas de final da Copa do Mundo pela primeira vez. Com gols do jovem atacante, o novo artilheiro do Mundial, a seleção colombiana venceu por 2 a 0, eliminou os uruguaios no mesmo Maracanã que consagrou o rival na Copa de 1950 e confirmou confronto contra o anfitrião Brasil na próxima sexta-feira.

Se o Uruguai não teve Luis Suárez, a Colômbia contou com o brilho de James Rodríguez no sábado para fazer história ao eliminar o rival e alcançar as quartas de final da Copa do Mundo pela primeira vez. Com gols do jovem atacante, o novo artilheiro do Mundial, a seleção colombiana venceu por 2 a 0, eliminou os uruguaios no mesmo Maracanã que consagrou o rival na Copa de 1950 e confirmou confronto contra o anfitrião Brasil na próxima sexta-feira.

Será o primeiro confronto entre brasileiros e colombianos em uma Copa. De acordo com a Fifa, as duas seleções já fizeram 25 duelos. A vantagem é amplamente brasileira, 15 vitórias. Houve ainda oito empates e dois triunfos da Colômbia. Para avançar na Copa, a Colômbia repetiu o bom futebol da primeira fase, na qual venceu seus três jogos. 

Diante de um Uruguai acuado, sem seu principal atacante, os colombianos impuseram seu forte poder ofensivo desde o início e contaram com mais uma grande exibição de James Rodríguez. Ele marcou duas vezes e se tornou o novo artilheiro da Copa, isolado, com cinco gols.

Ao Uruguai restou a motivação de jogar em nome de Suárez, suspenso por causa da mordida no italiano Chiellini. Fora da Copa e já em Montevidéu, o atacante teve seu uniforme colocado lado a lado dos demais jogadores no vestiário, em sua homenagem. Mas a vontade e a conhecida garra charrua não compensaram as deficiências técnicas da equipe, insuficientes para segurar o bom volume de jogo da Colômbia.

Um camisa 10 no caminho brasileiro

James David Rodríguez Rubio ainda ia completar três anos de idade quando a Colômbia chegou à Copa do Mundo de 1994 sob o favoritismo concedido por Pelé. Não viveu a decepção da eliminação na primeira fase, naquela vez. Nem era nascido quando Roger Milla desarmou o goleiro Higuita para marcar na vitória de Camarões nas oitavas de final de 1990. Ele tinha seis anos quando seu país participou de um Mundial pela última vez. Até ele ajudar no retorno, 16 anos depois. 

James Rodríguez, aos 22 anos, está desconectado do modesto retrospecto da Colômbia em Copas. Porém, ele está construindo uma história espetacular nos estádios brasileiros. A Colômbia, que jamais havia vencido duas partidas em uma Copa, ganhou as quatro que disputou - sempre com gol do camisa 10 - e enfrentará o Brasil por um lugar na semifinal.

Sem poder contar com seu maior astro, o goleador Falcao García, que foi cortado porque não se recuperou a tempo de uma cirurgia de joelho. James, seu companheiro também no português Porto e agora no francês Monaco, tem sido mais do que o camisa 10 que prepara as jogadas. Deu duas assistências, é verdade, mas virou homem-gol. A Fifa o considerou o melhor jogador da fase de grupos.

Da estreia aos 14 anos de idade à venda por R$ 135 milhões

Meia criativo, Rodríguez mostra qualidade em quesitos como técnica, visão de jogo, passe, chute e jogadas individuais. Sua genética explica isso. 

É filho e sobrinho de ex-jogadores. Seu pai, Wilson James, que atuou nas décadas de 1980 e 1990 por Independiente de Medellín, Cúcuta e Tolima, defendeu seleções de base da Colômbia. Seu tio Antonio, também jogador profissional, foi assassinado nos anos 90. Há mais ligações familiares de James com o futebol. Ele é casado com Daniela, irmã do goleiro titular da seleção colombiana, David Ospina.

Incentivado pela mãe e pelo padrasto, que o criou desde os três anos, James levou a sério o futebol desde criança. Ele estreou na primeira divisão colombiana aos 14 anos, pelo pequeno Envigado. 

Aos 17, virou o estrangeiro mais jovem a jogar no Campeonato Argentino. Sagrou-se campeão com o pequeno Banfield em 2010, e transferiu-se ao Porto, onde conquistou três títulos portugueses e uma Liga Europa. 

O Monaco pagou 45 milhões de euros - cerca de R$ 135 milhões - para tê-lo a partir da temporada passada. Na campanha do vice-campeonato francês, James foi o líder de assistências com 12, uma a mais do que o sueco Ibrahimovic, do Paris Saint-Germain. 

Se hoje ele desperta o interesse em grandes clubes, há menos de três anos nem sequer jogava na seleção principal da Colômbia. Havia disputado apenas os Mundiais sub-17 e sub-20. 

Nas eliminatórias da Copa, acabou se transformando em peça fundamental da equipe. Pouco depois de Rodríguez estrear pelo selecionado, em outubro de 2011, o antigo dono da camisa 10, Valderrama, um dos maiores ídolos nacionais, apontou o garoto, então com 20 anos, como seu sucessor. Outro ícone da geração dos anos 1990, Asprilla, ex-atacante do Palmeiras, disse que James pode ser o melhor jogador da história do país. 

Em Mundiais, já é o colombiano com mais gols. E nenhum outro teve tamanho protagonismo.

Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO