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Transportes

- Publicada em 24 de Junho de 2014 às 00:00

Rodoviários cobram mais segurança na zona Leste da Capital


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Nas proximidades das avenidas Ipiranga e Antônio de Carvalho, na zona Leste da Capital, os motoristas das linhas da Carris enfrentam uma grande tensão devido aos recorrentes assaltos registrados na região. Na sexta-feira passada, as linhas T3, T4, T8 e T10 pararam de circular por duas horas como forma de protesto aos ataques. Somente no mês de maio, foram 50 ocorrências em linhas da empresa. Ontem, a vereadora Sofia Cavedon (PT) realizou uma reunião para tratar da falta de segurança nos coletivos. Entre os principais problemas apresentados, está a rápida soltura dos assaltantes, que já são bastante conhecidos pela prática, mediante habeas corpus.
Nas proximidades das avenidas Ipiranga e Antônio de Carvalho, na zona Leste da Capital, os motoristas das linhas da Carris enfrentam uma grande tensão devido aos recorrentes assaltos registrados na região. Na sexta-feira passada, as linhas T3, T4, T8 e T10 pararam de circular por duas horas como forma de protesto aos ataques. Somente no mês de maio, foram 50 ocorrências em linhas da empresa. Ontem, a vereadora Sofia Cavedon (PT) realizou uma reunião para tratar da falta de segurança nos coletivos. Entre os principais problemas apresentados, está a rápida soltura dos assaltantes, que já são bastante conhecidos pela prática, mediante habeas corpus.
Para Rafael Oliveira, motorista e membro da comissão de funcionários da Carris, essas situações poderiam ser evitadas com o policiamento ostensivo nas vias e paradas. Como aumentou a fiscalização dentro dos coletivos, os assaltantes têm modificado a sua atuação e passaram a assaltar e descer na mesma parada em que embarcaram, mantendo o ônibus parado.
De acordo com ele, muitas vezes as abordagens são comunicadas para a polícia, mas a viatura não se desloca até o local. “Queremos segurança para os usuários do transporte e para a categoria. Os assaltos acontecem quase todos os dias, principalmente nessa região, e, nos últimos meses, notamos um aumento. Tem vezes que não temos vontade nem de ir trabalhar”, relata.
De acordo com o motorista, a polícia deslocou muitos agentes da região para outros locais devido à Copa. A categoria criticou ainda o fato de a Polícia Civil não ter participado da reunião. “É ela que garante que esta pessoa ficará presa e terá o processo encaminhado”, ressaltou Alceu Weber, representante dos rodoviários.
A Brigada Militar, entretanto, considera que tem feito o possível para evitar os crimes. Contudo, a situação tem se agravado pelo fato de que os assaltantes conseguem sair rapidamente da prisão. Segundo o tenente-coronel Altamir Lima, é necessária uma alteração no Código de Processo Penal para coibir a prática. “Existem 23 mecanismos para soltar alguém. Estamos prendendo mais do que nunca, mas eles rapidamente são liberados”, ressalta.
Lima relata ainda que, ao contrário do que afirmam os rodoviários, as estatísticas mostram que houve redução do número de assaltos aos coletivos. “De 2005 até este ano, a quantidade vem diminuindo. Nunca se teve um policiamento como o atual. Não é verdade que deslocamos os agentes da região para outros locais. Basta circular pelos bairros”, argumenta o policial. Segundo dados do Comando de Policiamento da Capital, em 2007, foram registrados 1.795 assaltos a coletivos. Em 2013, foram 804 ocorrências deste tipo. Neste ano, até o momento, foram registrados 242 assaltos, sendo os meses de abril e maio com maior incidência - 59 e 51, respectivamente.
Sofia marcou, para a próxima segunda-feira, uma reunião na empresa STS, que conseguiu reduzir as abordagens com a utilização de câmaras de monitoramento. No dia 10 de julho, será realizado um novo encontro para tratar sobre o tema. Serão convidados representantes do Judiciário, do Ministério Público e da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), além dos empresários.
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