1 - Durante o último PTC Live, a PTC fez muita ênfase sobre o conceito de Internet das Coisas. O que é esse conceito e o que ele muda no mundo da manufatura?
Hélio Samora - A Internet das Coisas é a possibilidade de usar sensores transmitindo informações pela rede para fazer monitoramento remoto de todo tipo de objetos. Uma máquina numa fábrica pode informar o departamento de manutenção sobre o desgaste das peças, a temperatura e outros fatores, possibilitando que se faça um conserto antes de ela quebrar. Isso muda totalmente a maneira como as máquinas precisam ser projetadas e o tipo de serviço que o fabricante delas podem oferecer aos seus clientes.
2 - O quão perto essa realidade está do Brasil?
Samora - Apesar de parecer um panorama futurista, isso já acontece aqui no Brasil, com empresas nacionais. Outro dia, eu visitava uma fabricante de geladeiras para varejo que é nossa cliente, e eles me mostraram uma geladeira com sensores que alertavam a manutenção da empresa sobre qualquer falha. Assim, eles conseguem chegar no local antes que o produto estocado estrague, o que muitas vezes significa um prejuízo maior que o próprio equipamento.
3 - E qual é o posicionamento da PTC no mercado brasileiro?
Samora - A PTC passou por dois anos de crescimento acima de 100% no Brasil. Nosso número de funcionários no período saltou de nove para 50 em São Paulo. Um marco importante desse período foi o contrato com a Embraer para implantação do nosso software de gestão de ciclo de vida do produto.
Vacas na Internet das Coisas
A Internet das Coisas é uma das tendências quentes em tecnologia (veja mais na entrevista ao lado). Um dos planos mais ousados que eu vi no sentido de aproveitar as possibilidades crescentes do barateamento dos sensores e da conectividade vem da Vital Herd, uma startup americana que quer monitorar on-line o rebanho bovino do mundo. O plano é colocar sensores dentro de uma pílula. Uma vez no estômago da vaca, ela enviaria informações vitais sobre a saúde do animal, incluindo a temperatura, PH e batimentos cardíacos. Assim, seria mais fácil tratar animais doentes e melhorar a lucratividade.
Officer: canais na nuvem
A Officer, uma das maiores distribuidoras de tecnologia no País, está colocando suas fichas na nuvem. A empresa lançou uma plataforma de vendas pela qual seus 12 mil canais podem ser comissionados por vendas de licenças na nuvem de produtos Microsoft, McAffe e Adobe. O objetivo é fazer com o que os parceiros se sintam mais seguros e relevantes no novo modelo de negócios, que é visto como muitos como uma ameaça, uma vez que, em tese, permite vendas sem a ajuda de intermediários. Hoje as vendas no modelo de cloud representam apenas 10% das vendas da Officer, mas a meta é chegar a 50% até o fim de 2015.
Empresa lançou um smartphone. A configuração é de um aparelho capaz de concorrer com o iPhone e Galaxy. Quando a gigante do e-commerce entra em algo, não é para perder.
Um estudo da MasterCard apontou que, apesar de 92% dos pequenos empresários brasileiros acreditarem na importância de estar on-line, apenas um em cinco tem um e-commerce efetivo.
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