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Colunas#Adega

Coluna

- Publicada em 18 de Junho de 2014 às 00:00

Os vinhos e a Copa do Mundo


JUAN BARRETO/AFP/JC
Jornal do Comércio
Duvido que o apreciador de vinhos ainda não tenha separado alguns para acompanhá-lo, em frente à tevê, enquanto assiste aos jogos da Copa. Há quem prefira reunir amigos em casa, outros gostam de inserir-se entre desconhecidos nos bares com telões. Eu não: concentradíssimo, como se fosse um técnico ao lado do gramado atento a cada detalhe, mal consigo deslocar um braço em direção a uma bandeja de acepipes e, lógico, ao cálice que repousa ao lado dela.

Duvido que o apreciador de vinhos ainda não tenha separado alguns para acompanhá-lo, em frente à tevê, enquanto assiste aos jogos da Copa. Há quem prefira reunir amigos em casa, outros gostam de inserir-se entre desconhecidos nos bares com telões. Eu não: concentradíssimo, como se fosse um técnico ao lado do gramado atento a cada detalhe, mal consigo deslocar um braço em direção a uma bandeja de acepipes e, lógico, ao cálice que repousa ao lado dela.

Tenho visto futebol de alto nível, os melhores jogadores do planeta se revezam em jogos que começam em horário de almoço e seguem até a noite. Os vinhos? Bem, tenho feito algo interessante: se é jogo do Brasil, rótulos brasileiros - contra a Croácia, depois de um ou dois cálices do tinto seco Salton 100 anos (2008) e mineral sem gás no intervalo, dei de mão em um espumante da Serra gaúcha (o Nature de Adolfo Lona), para brindar ao árbitro japonês que nos abriu caminho à vitória.

Dia seguinte, uma morna sexta-feira de raros telefonemas e pouco trabalho, separei um espanhol da Ribeira Del Duero - o Tempranillo safra 2008 da Bodegas Protos. Aberto no intervalo do jogo contra a Holanda, ele foi meu único prazer ao longo do segundo tempo: torci pela Espanha, entendem? Metade da garrafa ficou na geladeira, esperando reabilitação - do time, não do vinho, que era muito bom. Claro que faltou inspiração para o jogo do Chile, à noite, embora uma seleção de três rótulos - um deles australiano - já estivesse escolhida.

Tarde de domingo, jogo da França em Porto Alegre (foto), a partir do segundo tempo desarrolhei um Bordeaux que há anos esperava sua vez. Após um tempo no decanter, mostrou-se íntegro, impecável e injusto, porque não localizei sequer um vinho hondurenho para equilibrar o jogo. Pena que Portugal e Alemanha jogaram em uma segunda-feira - dia útil em meio a tantos inúteis. Concedi-me apenas um cálice de Porto, à noite, para digerir a fragorosa derrota portuguesa.

A Copa prossegue, na medida do possível, minha seleção de vinhos também. E a sua, vai esperar as semifinais para começar?

Chope e cerveja

  • Dado Bier do Bourbon Country criou quatro harmonizações entre carnes do menu e suas cervejas artesanais, disponíveis de segundas a quintas-feiras, a partir de 19h. Hoje, a sugestão é entrecôte à moda da casa com chope Red Ale, ao preço promocional de R$ 49,00. Av. Túlio de Rose, 80. Reservas: (51) 3378-3000.
  • A Mr. Beer, em parceria com a Cervejaria Burgman, apresenta dois novos rótulos em suas lojas a partir deste mês de junho. A Wild Single Hop é uma Lager feita com apenas um lúpulo durante todo o processo, o Liberty americano (4,5% de álcool). Sua principal característica é o toque selvagem de amargor. A Outlaw Hop Weiss é cerveja de trigo por definição, mas com carga extra de lúpulo e 5,2% de álcool.
  • A Mr. Beer completa, em 2014, cinco anos de mercado e já conta com mais de 80 unidades. Além das artesanais, possui boa coleção de cervejas importadas.

Doses

  • Don Giovanni lança, neste mês de junho, a safra 2013 de seu Chardonnay, elaborado com uvas de vinhedos próprios. A safra foi considerada excelente pelo enólogo Luciano Vian e o vinho teve passagem por barricas de carvalho.
  • Grandes incorporadoras olham para o vinho como ferramenta auxiliar de lançamento de seus empreendimentos. O Cabernet Sauvignon Quinta da Neve 2010, de São Joaquim, integra o Wine Club do condomínio Reserva Cacupé, com apenas 16 casas, em área nobre de Florianópolis.
  • Descobri em minha modesta adega, sob a escada de casa, um branco de Felipa Pato, safra 2008, elaborado com uvas Arinto e Bical. É da linha FP Ensaios e tem agradáveis 12,5% de graduação alcoólica. Arrisquei degustar com risoto de bacalhau - este, de minha autoria - e ficou ótimo. Importação da Porto a Porto.
  • Desde os anos 1970 a Seleta produz a cachaça Boazinha. Em 2014, importou garrafa especialíssima para receber a Antônio Rodrigues - Reserva do Coronel, uma edição numerada para homenagear o fundador da empresa. É envelhecida por sete anos em tonéis de carvalho, produzida em Salinas (MG), que se intitula a capital mundial da bebida.
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