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copa 2014

- Publicada em 16 de Junho de 2014 às 00:00

Torcedores de diversos países na Fan Fest


MARIANA FONTOURA/JC
Jornal do Comércio
Enquanto o estádio Beira-Rio recebeu 43 mil torcedores ontem para assistir à partida entre França e Honduras, outros milhares de brasileiros e estrangeiros foram ao Anfiteatro Pôr-do-Sol acompanhar a transmissão do jogo, na Fifa Fan Fest. No local, muita animação e um acolhimento que impressionou aos que vieram a Capital gaúcha. Dentre os fãs de futebol, duas famílias chamaram a atenção: são originárias dos dois países que jogaram na Capital e atualmente vivem no Brasil. Segundo eles, a forma como os porto-alegrenses recebem os estrangeiros serve para melhorar a imagem do País no exterior.

Enquanto o estádio Beira-Rio recebeu 43 mil torcedores ontem para assistir à partida entre França e Honduras, outros milhares de brasileiros e estrangeiros foram ao Anfiteatro Pôr-do-Sol acompanhar a transmissão do jogo, na Fifa Fan Fest. No local, muita animação e um acolhimento que impressionou aos que vieram a Capital gaúcha. Dentre os fãs de futebol, duas famílias chamaram a atenção: são originárias dos dois países que jogaram na Capital e atualmente vivem no Brasil. Segundo eles, a forma como os porto-alegrenses recebem os estrangeiros serve para melhorar a imagem do País no exterior.

Didier Martin mora em Porto Alegre há 20 anos, onde é professor de francês. Arrependido por não ter comprado ingressos para a partida, foi com o seu filho Tiago acompanhar a transmissão no telão da Fan Fest. Para ele, a boa organização da cidade para a Copa do Mundo reforça a ideia de que os brasileiros sabem receber bem os estrangeiros, apesar de a Capital gaúcha não ser uma cidade dedicada ao turismo. Como mora distante de seu país há anos, ver a seleção francesa jogando é uma grande emoção. “O meu coração bate mais forte”, afirma.

Do lado hondurenho, um misto de alegria pela festa e de tristeza pela derrota de três a zero para a França. Oscar Sevilla Andino veio estudar Medicina Veterinária há 30 anos no Brasil e, apaixonado por futebol, afirma que escolheu o local por amar o esporte. Segundo ele, os torcedores de Honduras que vieram ao País e com quem conversou estão maravilhados. Acompanhado da família, ele diz que a Copa do Mundo ajuda os estrangeiros a conhecer melhor as outras cidades brasileiras. “O resto do mundo acha que só existe Rio de Janeiro e São Paulo no Brasil. Este é um País enorme, com muitas culturas diferentes”, acredita. 

Ao longo do dia, antes e depois da transmissão da partida, o público cantou e dançou ao som dos Djs franceses Delacroix e Agoria e dos cantores Léo Paim e Belo. Além disso, os presentes também acompanharam os jogos entre Suíça x Equador e Argentina x Bósnia. A expectativa da Brigada Militar é de que, após o final da partida entre França x Honduras, com o aumento do público, cerca de 17 mil pessoas estiveram no Anfiteatro Pôr-do-Sol. 

Caminho do Gol anima torcidas antes do jogo em Porto Alegre

Torcedores de diferentes nacionalidades se encontraram no Centro de Porto Alegre e se dirigiram, em clima de festa, ao jogo entre França e Honduras. O trajeto de 3,5 quilômetros, chamado Caminho do Gol, foi preparado pela prefeitura da Capital e une o Mercado Público ao estádio Beira-Rio, por meio da avenida Borges de Medeiros. Contando com diversos serviços, como alimentação e entretenimento, o Caminho do Gol é uma rota exclusiva para pedestres. Com abertura às 10h, a movimentação teve seu ápice quando uma banda de pagode subiu no trio elétrico e arrastou centenas de pessoas pelo Centro da cidade em direção ao local da partida. 

Com a participação de dezenas de voluntários animados com a Copa do Mundo no Brasil, o Caminho do Gol teve bastante diversão. Para muitos, esse é um momento único que o País tem a possibilidade de acompanhar. Aos 68 anos, o funcionário público Máximo Alfonso afirma que jamais imaginou trabalhar durante uma Copa e essa é uma sensação compartilhada pelos demais. Para o também funcionário público Roberto Fernandes, este é o momento certo para mostrar que Porto Alegre tem a capacidade de atender aos turistas. “Os estrangeiros estão agradecendo muito os nossos serviços”, afirma.

Para o casal Fabrício e Lúcia Menegotto, que morou dois anos na França e que foi ao estádio Beira-Rio torcer pela seleção do país, faltam informações para os turistas e o acabamento das obras não está bom. No entanto, a animação e o acolhimento dos brasileiros, além de uma infraestrutura satisfatória, podem mudar a visão daqueles que vêm de fora. “Acho que os estrangeiros não esperam ver um Brasil com essa infraestrutura. Eles acabam se impressionando”, salienta Fabrício. 

Para transportar os torcedores ao Beira-Rio, a prefeitura de Porto Alegre também oferece uma linha especial de ônibus que faz o caminho entre o Mercado Público e o estádio, diretamente. O transporte foi utilizado por diversos passageiros estrangeiros, como a norte-americana Tina Ruyter, que afirma estar amando o Brasil e sua população. No jogo, ela torceu para a França, mas, sem muita certeza, ela se confunde: “Eu amo o futebol da França, do Brasil, da Holanda... Eu amo futebol, na verdade”.

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