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conjuntura

- Publicada em 24 de Abril de 2014 às 00:00

Brasil tem empresas mais alavancadas da América Latina


Jornal do Comércio
Os governos da América Latina devem ficar atentos aos níveis altos de endividamento e alavancagem das empresas e potenciais descasamentos de moedas nas operações financeiras das companhias, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado nesta quinta-feira. O Brasil é citado como o país em que a alavancagem média das empresas é a mais alta na região, considerando os países financeiramente integrados, seguido do México.

Os governos da América Latina devem ficar atentos aos níveis altos de endividamento e alavancagem das empresas e potenciais descasamentos de moedas nas operações financeiras das companhias, alerta o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório divulgado nesta quinta-feira. O Brasil é citado como o país em que a alavancagem média das empresas é a mais alta na região, considerando os países financeiramente integrados, seguido do México.

"As empresas das economias financeiramente integradas da América Latina podem estar alcançando níveis problemáticos de alavancagem financeira", ressalta o FMI. Os economistas da instituição chegaram a essa conclusão ao avaliar os balanços de mil empresas abertas do Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México. O FMI já havia alertado para os níveis altos de endividamento corporativo dos países emergentes em geral na reunião de primavera, no começo do mês em Washington.

A combinação perigosa de crescimento econômico baixo e condições financeiras mais duras no mercado internacional, por conta da mudança da política monetária dos Estados Unidos, pode levar a um aumento de calotes e uma menor rentabilidade dos bancos, ressalta o FMI no documento.

No geral, a participação dos bônus nos passivos das empresas vem crescendo desde 2009, destaca o FMI. Com a liquidez abundante nas economias desenvolvidas, por conta da política monetária ultra acomodatícia dos bancos centrais, as companhias da América Latina não encontraram dificuldade em captar recursos pela emissão de bônus. No Brasil, ao contrário, os empréstimos bancários ainda têm peso importante nos passivos, ressalta o estudo, embora a participação dos bônus tenha aumentado.

Por enquanto, a expansão dos passivos das empresas parece não estar comprometendo o pagamento dos serviços das dívidas, segundo o relatório. O lucro líquido é, na média, três a quatro vezes maior que o pagamento de juros na maioria dos países, de acordo com o FMI.

Mesmo assim, o relatório recomenda que os governos monitorem a situação de perto, para evitar uma rápida deterioração dos balanços corporativos. O Fundo também ressalta mais de uma vez no documento para a necessidade de se monitorar eventuais descasamentos de moedas nas operações financeiras das empresas. Foram operações semelhantes que, na crise financeira de 2008, provocaram graves problemas na Aracruz e na Sadia, quando o real começou a se desvalorizar rapidamente.

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