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INDÚSTRIA

- Publicada em 24 de Abril de 2014 às 00:00

Simecs cobra liberação de recursos pelo Bndes


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
A indústria metalmecânica de Caxias do Sul tem estocado, no aguardo de liberação pelo Bndes, quase R$ 1 bilhão em financiamentos, a maioria para empresas de pequeno porte. A situação, considerada crítica pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), será exposta nos dias 8 e 9 de maio quando a diretoria da instituição financeira federal estará na cidade.
A indústria metalmecânica de Caxias do Sul tem estocado, no aguardo de liberação pelo Bndes, quase R$ 1 bilhão em financiamentos, a maioria para empresas de pequeno porte. A situação, considerada crítica pelo Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), será exposta nos dias 8 e 9 de maio quando a diretoria da instituição financeira federal estará na cidade.
O objetivo do encontro será identificar as empresas do setor que enfrentam problemas quanto ao atraso na liberação de empréstimos financeiros de programas de investimento do governo federal, especialmente Finame e PSI. A programação foi acertada em reunião, em São Paulo, do presidente do Simecs, Getúlio Fonseca, com os diretores do Bndes Guilherme Montoro e João Carlos Ferraz.
De acordo com o dirigente sindical, muitas empresas estão em situação financeira crítica, porque desde setembro do ano passado não conseguem escoar a produção com a venda de seus produtos. “Temos indústrias com 80% da produção parada por falta do financiamento do Bndes”, alertou. Afirmou que os atrasos ocorrem tanto na autorização dos empréstimos quanto na liberação dos recursos.
Os segmentos que apresentam as maiores dificuldade em Caxias são os de semirreboques e os de ônibus. Fonseca observa que os pedidos estão feitos e os equipamentos prontos para entrega, mas falta a garantia do recebimento do valor.
O presidente do Simecs expôs também que os diretores do Bndes ficaram surpresos com a situação apontada e tomaram a iniciativa de propor a reunião. Para os diretores, o problema pode estar concentrado na liberação dos créditos por parte de algumas instituições financeiras.
Os dados nacionais de produção de carrocerias de ônibus e implementos rodoviários confirmam a delicada situação apontada pelo Simecs. Caxias do Sul concentra em torno de 40% da produção brasileira de reboques e semirreboques e 30% das carrocerias de ônibus.
A Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) aponta declínio de 9,5% na produção no primeiro trimestre na comparação com igual período do ano passado, com total de 6.863 unidades. O desempenho tem vinculação direta com o mercado doméstico, em baixa de 11%, com total de 6.096 carrocerias. As exportações têm leve alta de 4,5%, somando 767 ônibus embarcados.
As operações da Marcopolo de Caxias do Sul, segundo os dados da Fabus, apuram queda de 27%, somando em torno de 1,3 mil unidades, a maioria modelos rodoviários e urbanos especiais, como articulados. Já a unidade da Neobus em Caxias do Sul elevou a produção em 11%, para perto de 900 ônibus, a maioria modelos urbanos e micro-ônibus.
A indústria nacional de implementos rodoviários encerrou o primeiro trimestre com recuo de 5,4% em suas vendas internas sobre igual período do ano passado. O setor entregou 36.539 unidades, das quais 13.950 de reboques e semirreboques, e 22.589 carrocerias sobre chassi, ambos com queda de 5,5%. O resultado preocupa Alcides Braga, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Rodoviários (Anfir), pois ocorre antes de o mercado passar pelos principais eventos do ano, como a Copa do Mundo e as eleições. “Se não houver nenhuma alteração no ritmo da economia ou não for concedido algum incentivo ao mercado para estimular as vendas, teremos declínio superior aos 5% estimados em fevereiro.” A entidade também divulgou dados sobre as exportações do primeiro bimestre: alta de 1,5%, para 597 unidades.
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