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Opinião

EDITORIAL

- Publicada em 23 de Abril de 2014 às 00:00

Metrô da Capital entra nos trilhos do progresso


Jornal do Comércio
Projetos para o metrô de Porto Alegre foram entregues. Com eles, caberá à prefeitura e ao governo do Estado trabalharem na licitação para a construção da linha, a primeira, na Capital. Para quem, como nós, do Jornal do Comércio, fez a cobertura da chegada dos primeiros vagões do Trensurb, no cais Navegantes, é motivo de júbilo ver que, novamente, a ideia de um metrô, depois de mais de uma década de muita discussão e ideias as mais diversas, sairá do papel em meses, talvez anos, mas sairá. Hoje em dia, esse modal de transporte é considerado o melhor para grandes cidades. Não há mais espaço para o alargamento de avenidas, construção de viadutos e passagens de níveis, tal a quantidade de veículos em uma urbe como a Capital do Rio Grande do Sul.

Projetos para o metrô de Porto Alegre foram entregues. Com eles, caberá à prefeitura e ao governo do Estado trabalharem na licitação para a construção da linha, a primeira, na Capital. Para quem, como nós, do Jornal do Comércio, fez a cobertura da chegada dos primeiros vagões do Trensurb, no cais Navegantes, é motivo de júbilo ver que, novamente, a ideia de um metrô, depois de mais de uma década de muita discussão e ideias as mais diversas, sairá do papel em meses, talvez anos, mas sairá. Hoje em dia, esse modal de transporte é considerado o melhor para grandes cidades. Não há mais espaço para o alargamento de avenidas, construção de viadutos e passagens de níveis, tal a quantidade de veículos em uma urbe como a Capital do Rio Grande do Sul.

Dúvidas continuarão existindo, ao lado de muitos debates, quanto ao traçado do metrô, que ligará, segundo as teorias hoje divulgadas, o Centro até o Terminal Triângulo de avenida Assis Brasil, na zona Norte.

Há também a opção da ligação vir desde a Azenha, como antes falou-se em um percurso que cobriria a avenida Ipiranga, hoje uma das chamadas espinhas dorsais do trânsito em Porto Alegre, ao lado de outras radiais não menos importantes, como a Assis Brasil, a Protásio Alves, a Farrapos, a Bento Gonçalves. Grandes cidades da Europa e dos Estados Unidos têm os seus metrôs há muitas décadas. Não se sabe bem por qual motivo o Brasil ficou para trás na adoção do modelo. É bem verdade que, aqui, não tínhamos a quantidade de automóveis de hoje em dia. De qualquer forma, largamos atrasados e isso é um fato contra o qual não há argumentos.

Caso, na última década do século XX, fosse tomada a decisão firme de fazer um projeto para o metrô, subterrâneo ou com trilhos elevados, provavelmente agora estaríamos festejando o seu uso e não mais apenas a entrega de projetos de viabilidade. Porém, como diz o ditado popular, antes tarde do que nunca. O transtorno que as obras causarão será inevitável, eis que Porto Alegre só tem aumentado, conforme citamos, em número de veículos. A ascensão das classes C e D e o emprego formal em massa serviram de alavancagem para mais consumo em geral. Nele, o automóvel, o sonho de 10 em cada 10 brasileiros, salientou-se de forma importante e hoje o crediário, as liquidações e a chegada de várias montadoras ao Brasil fizeram o sonho se tornar uma realidade à maioria da população empregada.

Porém, é até repetitivo se falar que as ruas e avenidas continuam as mesmas, em largura e escoamento, de décadas passadas, com algumas melhorias, como a Terceira Perimetral, viadutos e passagens de nível, as “trincheiras”, enquanto, hoje, são cerca de 750 mil automóveis para uma população em torno de 1,45 milhão de habitantes. Se antes havia um automóvel por cada família de classe média alta, agora há, muitas vezes, mais de um automóvel para cada família classe média baixa. Entretanto, o momento é de intensa e boa expectativa, pois, finalmente, o metrô da Capital começa a entrar nos trilhos. É uma daquelas velhas aspirações. No entanto, não vamos nos perder em ideias abstratas por ficarmos nos alongando naquilo que é concreto. Que o metrô seja o sonho que se torne realidade em breve.

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