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Coluna

- Publicada em 22 de Abril de 2014 às 00:00

No pódio dos paraísos fiscais


Jornal do Comércio
Uma quantia que está entre US$ 21 trilhões e US$ 32 trilhões está investida em mais de 80 paraísos fiscais, e o Brasil é o país com a quarta maior fortuna: US$ 520 bilhões, o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto brasileiro. De acordo com o estudo “O Preço dos Paraísos Fiscais Revisto”, da organização não governamental Tax Justice Network (Rede da Justiça Fiscal), sobre as quantias em paraísos fiscais de 139 países em desenvolvimento, entre 1970 e 2010, houve um aumento de US$ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões de dinheiro enviado a paraísos fiscais, livres de imposto. Esses países tinham, em 2010, uma dívida externa conjunta de US$ 4,08 trilhões, mas um crédito de US$ 2,8 trilhões investidos em reservas externas. Com os recursos investidos em paraísos fiscais, essa quantia sobe para US$ 10,1 trilhões a US$ 13,1 trilhões. “O problema aqui é que esses recursos estão nas mãos de poucos indivíduos muito ricos, enquanto os débitos são postos sobre as costas da população pelos governos”, diz o relatório.

Uma quantia que está entre US$ 21 trilhões e US$ 32 trilhões está investida em mais de 80 paraísos fiscais, e o Brasil é o país com a quarta maior fortuna: US$ 520 bilhões, o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto brasileiro. De acordo com o estudo “O Preço dos Paraísos Fiscais Revisto”, da organização não governamental Tax Justice Network (Rede da Justiça Fiscal), sobre as quantias em paraísos fiscais de 139 países em desenvolvimento, entre 1970 e 2010, houve um aumento de US$ 7,3 trilhões para US$ 9,3 trilhões de dinheiro enviado a paraísos fiscais, livres de imposto. Esses países tinham, em 2010, uma dívida externa conjunta de US$ 4,08 trilhões, mas um crédito de US$ 2,8 trilhões investidos em reservas externas. Com os recursos investidos em paraísos fiscais, essa quantia sobe para US$ 10,1 trilhões a US$ 13,1 trilhões. “O problema aqui é que esses recursos estão nas mãos de poucos indivíduos muito ricos, enquanto os débitos são postos sobre as costas da população pelos governos”, diz o relatório.

Blefe dos ricos

Um dos motivos das manifestações em junho do ano passado terem tomado a proporção que tomaram foi a alta carga tributária brasileira. Mas alguns que protestam há um tempo contra a alta carga tributária devem ser vistos com cautela. “No caso do Brasil, quando vejo os ricos brasileiros reclamando de impostos, só posso crer que estejam blefando. Porque eles remetem dinheiro para paraísos fiscais há muito tempo”, afirmou John Christensen, diretor da Tax Justice Network.

Pobre paga mais

Até ontem, já haviam sido sonegados R$ 144 bilhões, de acordo com o sonegômetro, campanha do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional. De acordo com a entidade, quem ganha até dois salários-mínimos paga 49% dos seus rendimentos em tributos, mas quem ganha acima de 30 salários paga 26%.

Muita gente contra

“Uma reforma tributária global tem tanta gente contra que inviabiliza”, afirmou o deputado Pepe Vargas (PT), membro da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. De acordo com ele, para enfrentar os lobbies que serão formados para opor a reformas nos impostos, a estratégia escolhida é a de fatiar a reforma ou mudar uma coisa de cada vez. Mas mudar o perfil da tributação no Brasil, de um sobre produtos e consumo para um progressivo, sobre renda e patrimônio, é impossível. “Basta ver que nunca conseguimos regulamentar a taxação sobre grandes fortunas”, diz.

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