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Opinião

editorial

- Publicada em 22 de Abril de 2014 às 00:00

No trânsito, a morte pede carona diariamente


Jornal do Comércio
Se antes das gerais facilidades dadas para aquisição de automóveis a mortandade no trânsito era uma característica brasileira, nos quatro últimos anos a situação apenas se agravou. Famílias enlutadas diariamente sem que campanhas feitas consigam atenuar, de forma significativa, tantos óbitos. O Departamento de Trânsito (Detran-RS) tem feito alertas e diz que houve queda percentual de acidentes nos últimos anos.  Simultaneamente e em paralelo com as campanhas pela não ingestão de álcool antes de dirigir, farta, cara e sistemática publicidade televisiva de bebidas alcoólicas, basicamente de cervejas, coloca ídolos dos esportes e de outras áreas a falarem das delícias que as bebidas proporcionam aos jovens. Além disso, quantas namoradas ou namorados eles podem amealhar estando com uma garrafa ou lata de cerveja nas mãos. Isso em todos os dias e horários. Interessante é que o cigarro, cujo mal, a rigor, só afeta muito o tabagista - excluindo os fumantes passivos -, teve publicidade proibida há anos, enquanto a da bebida tem sido incrementada, com a Copa do Mundo.

Se antes das gerais facilidades dadas para aquisição de automóveis a mortandade no trânsito era uma característica brasileira, nos quatro últimos anos a situação apenas se agravou. Famílias enlutadas diariamente sem que campanhas feitas consigam atenuar, de forma significativa, tantos óbitos. O Departamento de Trânsito (Detran-RS) tem feito alertas e diz que houve queda percentual de acidentes nos últimos anos.  Simultaneamente e em paralelo com as campanhas pela não ingestão de álcool antes de dirigir, farta, cara e sistemática publicidade televisiva de bebidas alcoólicas, basicamente de cervejas, coloca ídolos dos esportes e de outras áreas a falarem das delícias que as bebidas proporcionam aos jovens. Além disso, quantas namoradas ou namorados eles podem amealhar estando com uma garrafa ou lata de cerveja nas mãos. Isso em todos os dias e horários. Interessante é que o cigarro, cujo mal, a rigor, só afeta muito o tabagista - excluindo os fumantes passivos -, teve publicidade proibida há anos, enquanto a da bebida tem sido incrementada, com a Copa do Mundo.

Assim, é de causar quase espanto e alegrar quando se sabe que embora o número de mortes no trânsito da capital paulista tenha caído 6% em 2013 e chegado ao patamar mais baixo dos últimos oito anos, a cidade ainda mantém um sistema viário perigoso. Por exemplo, em comparação com Nova Iorque, nos Estados Unidos (EUA), onde 274 pessoas morreram, São Paulo registra quatro vezes mais mortes no trânsito, com 1.152 ocorrências no ano passado. A diferença é que a cidade norte-americana tem população de 8,3 milhões, 30% menos do que os 12 milhões de paulistanos. Assim mesmo, a proporção de mortes nas vias de São Paulo a cada 100 mil habitantes é quase três vezes maior. Tomando por base esse índice, no ano passado, 9,6 pessoas perderam a vida em acidentes na maior cidade do Brasil, enquanto em Nova Iorque foram 3,3, segundo o último levantamento da cidade americana, que se refere a 2012.

As principais vítimas do trânsito na capital paulista continuam sendo os pedestres. Em 2013, dos mortos no tráfego da cidade, 514 andavam a pé, contra 540 no ano anterior. Os motociclistas estão na segunda colocação. No último ano, 403 deles perderam a vida em acidentes viários, ante 438 em 2012. Motoristas ou passageiros de automóveis integram o grupo cujas vítimas de um ano para o outro ficaram em um patamar estável: a queda foi de somente um caso, atingindo a marca de 200 em 2013. Já os ciclistas caíram de 52 para 35, a variação mais expressiva entre todos os grupos. Em Porto Alegre, tragicamente e em apenas um dia, duas ciclistas morreram. Porto Alegre tem hoje a média de um veículo para cada dois habitantes, com as mesmas ruas e avenidas de anos, salvo as obras que estão sendo feitas, e que ficarão prontas no final de 2014 ou em 2015.

Especialistas em trânsito lembram que está ocorrendo uma ascensão vertiginosa das motos nas cidades brasileiras e se trata de um veículo desprotegido, com o condutor muito exposto em caso de colisão. Então, só com mais educação, mais respeito, menos velocidade, mais cuidado de todos, principalmente dos condutores de todos os tipos de veículos, teremos menos mortes no trânsito.

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