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HISTÓRIAS DO COMÉRCIO E DOS SERVIÇOS

- Publicada em 17 de Abril de 2014 às 00:00

Livraria Rossi faz parte da trajetória de Caxias


ACERVO LIVRARIA ROSSI/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Fundada pelos irmãos Armando, Mário e Ângelo em 1926, a hoje Livraria Rossi surgiu como tipografia para produção de impressos. Os filhos dos imigrantes italianos Tito e Liberata Rossi montaram a empresa no porão da casa da família, na avenida Júlio de Castilhos, no Centro de Caxias do Sul, endereço das atuais instalações. De uma simples casa de madeira de dois pisos, transformou-se em prédio com mais de 1,5 mil m2, de três andares, em formato de L, com acessos por duas ruas.

Fundada pelos irmãos Armando, Mário e Ângelo em 1926, a hoje Livraria Rossi surgiu como tipografia para produção de impressos. Os filhos dos imigrantes italianos Tito e Liberata Rossi montaram a empresa no porão da casa da família, na avenida Júlio de Castilhos, no Centro de Caxias do Sul, endereço das atuais instalações. De uma simples casa de madeira de dois pisos, transformou-se em prédio com mais de 1,5 mil m2, de três andares, em formato de L, com acessos por duas ruas.

Armando era tipógrafo de profissão, tendo começado em jornal, onde atuou por muitos anos. Constituiu a sociedade com os irmãos e com o pai, mas continuou no jornal. A máquina adquirida foi instalada no porão da casa da família. Passados alguns anos, os irmãos decidiram construir um prédio ao lado da casa dos pais, local onde instalaram a Rossi & Irmãos. O primeiro a deixar a sociedade foi Ângelo, quando transferiu residência de Caxias do Sul para Garibaldi. Foi também período de mudança da denominação para Livraria e Tipografia Rossi.

O passo seguinte deu-se em 1946, quando a tipografia foi transferida para um pavilhão localizado no bairro Nossa Senhora de Lourdes, ficando o prédio central exclusivamente para a livraria, que passava a ser o principal negócio. A mudança aconteceu a partir da formalização de sociedade com a família Michelon, mas que durou apenas três anos. Desfeita a parceria, a família Rossi voltou a trabalhar sozinha.

Ao longo das cinco décadas seguintes, a empresa acompanhou o crescimento da cidade com a ampliação de suas estruturas. Na década de 1980, abriu a primeira filial no bairro São Pelegrino. O momento crucial para alcançar o estágio atual se deu em 1994, quando Marco Antonio Rossi, o mais velho dos quatro filhos de Armando, assumiu o controle societário, após comprar as cotas dos irmãos, e repassar a gráfica aos demais sócios. Com a mudança na estrutura societária, a empresa assumiu o nome de Livraria Rossi. Antoninho, como é conhecido Marco Antonio, começou a trabalhar na empresa aos 15 anos e foi responsável, segundo Eloisa Rossi Victorazzi, diretora administrativa e integrante da terceira geração, por grandes mudanças, principalmente nos anos 1980, quando começou a viajar para São Paulo em busca de novidades.

Gestores e herdeiros começam a preparar sucessão

Os atuais gestores da Livraria Rossi e seus herdeiros iniciaram, com ajuda de consultoria especializada, debate em torno da próxima sucessão e o futuro da empresa, que hoje emprega 80 funcionários permanentes e tem duas filiais, além da sede no Centro – há 10 anos foi aberta unidade no Bairro Nossa Senhora de Lourdes. A diretora administrativa Eloisa Rossi Victorazzi, sócia desde 1994, mas que recentemente transferiu sua parte ao filho Diego, reconhece que o momento está exigindo muito diálogo.

Segundo ela, a quarta geração tem por meta expandir a livraria, enquanto a segunda e terceira estão mais inclinadas pela manutenção do estágio atual. “A empresa, no momento, não é grande nem pequena, e isto causa problemas. Estamos trabalhando para encontrar o ponto de equilíbrio,” afirma. A sociedade ainda é formada pelas irmãs Henriete Bertassi e Daniela Carlin, além de Antoninho Rossi, que mantém o comando e tem participação ativa na rotina diária. “Ele não vem todos os dias, mas, quando está por aqui, faz de tudo um pouco: vistoria lojas, monitora depósitos e acompanha o atendimento, além de ser um conselheiro.” Até por conta desta participação ativa do pai é que as filhas entendem que a sucessão não precisa ser precipitada e deve amadurecer naturalmente. “Ele tem muita experiência, que precisa ser reconhecida e considerada.”

A Livraria Rossi tem como carro-chefe dos seus negócios o mercado de material para escritório, que representa em torno de 60% do faturamento, com tendência à expansão. A empresa atua com papelaria, móveis e informática, dentre outros itens. O segmento de material escolar, segundo a diretora administrativa, é importante, mas naturalmente sazonal e tem queda brusca após o início do ano letivo. Outro ramo de atuação é o de brinquedos e itens para diferentes datas festivas do ano. 

Da época da gráfica, a empresa ainda preserva os serviços de cópia e carimbos. De acordo com Eloisa, esse pedaço da história não deverá sucumbir ao tempo. “Os carimbos tendem a se modernizar, mas dificilmente deixarão de ser feitos,” explica. Além das três lojas físicas, a Livraria Rossi atende aos clientes da região por meio de televendas e entrega com frota própria. “Montar estruturas físicas nestes municípios é uma das variáveis em análise no processo de expansão.” 

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