Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

COMÉRCIO EXTERIOR

- Publicada em 15 de Abril de 2014 às 00:00

Exportações do Estado sofrem forte redução


Jornal do Comércio
Mesmo com a desvalorização média da taxa de câmbio em 18,5% entre janeiro e março deste ano, as exportações do Rio Grande do Sul caíram 8% no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2013. Alcançaram US$ 3,25 bilhões.
Mesmo com a desvalorização média da taxa de câmbio em 18,5% entre janeiro e março deste ano, as exportações do Rio Grande do Sul caíram 8% no primeiro trimestre, em comparação ao mesmo período de 2013. Alcançaram US$ 3,25 bilhões.
O resultado, divulgado ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), revela que o desempenho ruim, tanto de produtos básicos (queda de 42,4%, especialmente trigo e milho) quanto da indústria (-0,9%), pesaram negativamente nas vendas. “Esse resultado ocorreu mesmo com o efeito favorável do calendário de janeiro a março do presente ano, que contou com um dia útil a mais”, alerta o presidente da Fiergs, Heitor José Müller.
A queda nas vendas externas de três importantes setores da pauta de exportações gaúchas contribuiu decisivamente para a fraca performance dos embarques no trimestre: tabaco (-22,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-21,3%) e produtos de metal (-20,3%).
O primeiro segmento foi prejudicado por uma safra com um clima desfavorável, com excesso de chuva no início do plantio. Já o segundo setor viu diminuídos os embarques para a Argentina, por conta de uma medida do governo do país vizinho, que exigiu uma redução de 27,5% nas importações para o primeiro semestre deste ano.
Por fim, o segmento de produtos de metal acabou atingido pela queda da demanda externa de armas de fogo por parte dos Estados Unidos. “O fechamento ruim das exportações no trimestre preocupa, uma vez que o comércio exterior é um vetor fundamental para dinamizar a indústria gaúcha”, observa o presidente da Fiergs.
Por outro lado, o Estado registrou avanço nas vendas externas em coque e derivados de petróleo (29,4%), seguido por couro e calçados (7,1%), máquinas e equipamentos (6,8%) e produtos alimentícios (3,3%).
Ainda em relação ao trimestre, as importações no Rio Grande do Sul, tiveram redução de 6,7%, somando US$ 3,4 bilhões. Foram amplamente influenciadas por combustíveis e lubrificantes (-26,6%).
Em março, as exportações do Rio Grande do Sul registraram uma queda de 18,4% ante o mesmo mês de 2013, com as vendas da indústria retraindo 17%. As importações também sofreram uma redução (-7,6%).

Embarques de calçados registram queda de receita e volume

Depois de um mês de fevereiro de leve recuperação, as exportações de calçados voltaram a cair em março, quando foram exportados 10,2 milhões de pares que geraram US$ 79,2 milhões. Os números apontam para quedas de 4,3%, em receita, no comparativo com igual mês do ano passado e de 22,7% com relação a fevereiro.
No acumulado do primeiro trimestre, as exportações de calçados continuam com resultados negativos no comparativo com igual período do ano passado. Nos três meses foram embarcados 33,45 milhões de pares que geraram US$ 274,6 milhões, resultado 2,3% inferior ao obtido no primeiro trimestre de 2013. Em pares, porém, foi registrada uma alta de 8,1%, explicada pela queda de 9,7% no preço médio pago pelo produto brasileiro, agora em US$ 7,59.
Se as exportações seguem caindo, a tendência oposta é verificada nas importações. Em março, entrou no Brasil o equivalente a US$ 50,2 milhões, somando US$ 171 milhões no trimestre. No comparativo com o mesmo trimestre do ano passado o aumento é de 16,3%. O resultado é uma queda na balança comercial de calçados de 22,7%.
Apesar de registrar uma queda de 6,1% nas receitas geradas com as exportações de calçados, o Rio Grande do Sul segue no topo da lista entre os exportadores. No primeiro trimestre, os gaúchos embarcaram 4,32 milhões de pares, que geraram US$ 98,18 milhões.
O Ceará, principal estado exportador em volume de calçados, aparece no segundo posto quanto ao faturamento proveniente das vendas externas. Nos três primeiros meses deste ano, os cearenses embarcaram 16 milhões de pares, pelos quais receberam US$ 79,43 milhões, valor praticamente igual ao registrado no ano passado. São Paulo é o único estado a registrar desempenho positivo na parte de cima do ranking. Entre janeiro e março, os paulistas exportaram 3,3 milhões de pares, obtendo uma receita de US$ 37,5 milhões, 23,7% mais do que o registrado em 2013.
Os dados, que foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e elaborados pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), preocupam o setor calçadista. “Dadas às condições atuais de perda de competitividade do calçado brasileiro e de uma verdadeira avalanche das importações, especialmente as predatórias, existe uma tendência forte de zerar a balança comercial até o final do ano”, avalia o presidente executivo da entidade calçadista, Heitor Klein.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO