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consumo

- Publicada em 08 de Abril de 2014 às 00:00

Produtos in natura já dão sinais de desaceleração, FGV


Jornal do Comércio
O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, destacou nesta terça-feira (8) o grupo Alimentação dentro da aceleração do indicador, que passou de 0,85% para 0,96% entre o fechamento de março e a primeira quadrissemana de abril. Os preços dos alimentos avançaram de 1,66% para 2,05% no período. "Houve um pulo de Alimentação, mas a boa notícia é que não deve continuar assim até o final do mês", afirmou.

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti, destacou nesta terça-feira (8) o grupo Alimentação dentro da aceleração do indicador, que passou de 0,85% para 0,96% entre o fechamento de março e a primeira quadrissemana de abril. Os preços dos alimentos avançaram de 1,66% para 2,05% no período. "Houve um pulo de Alimentação, mas a boa notícia é que não deve continuar assim até o final do mês", afirmou.

De acordo com Picchetti, a previsão de algum alívio naquela classe de despesa está amparada no comportamento dos itens in natura que estiveram bastante pressionados nesta primeira leitura de abril, mas nas pesquisas semanais de ponta da FGV já dão sinais de perda de fôlego. É o caso da batata inglesa, que avançou 44,30% na primeira quadrissemana, contribuindo com 0,04 ponto porcentual do avanço de 0,11 ponto do IPC. "Os dados de ponta já mostram desaceleração de batata e tomate. Essa pressão deve sair ao longo das próximas semanas", afirmou. O tomate subiu 30,30% na primeira leitura de abril.

Contudo, não é possível afirmar que o quadro para os alimentos está tranquilo, uma vez que os in natura estão saindo de cena para dar lugar à pressão de carnes bovinas e laticínios, ainda que em menor magnitude, como reflexo da combinação do período de entressafra com o repasse das altas do atacado para o varejo, segundo o coordenador do IPC-S.

Picchetti destacou, ainda, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,49% para 0,71%). "Está chegando a pressão de medicamentos, como efeito do reajuste autorizado no final de março. E deve continuar pressionando ao longo das próximas semanas", afirmou.

De acordo com Picchetti, os reajustes nas tarifas de energia elétrica da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) terão impacto de 0,1 ponto porcentual na inflação medida pelo IPC-S nas próximas quatro semanas. "É bastante coisa, dado que não estamos com muita folga em termos de inflação", disse. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou nesta segunda-feira, 07, aumentos de 14,24% e de 16,46% para os consumidores residenciais da Cemig e da CPFL, a partir desta terça.

Os reajustes devem pressionar os preços administrados dentro do IPC, que, na primeira quadrissemana de abril desaceleraram para 0,68%, ante 0,74% no fechamento de março. "O movimento tem a ver com a queda na tarifa de telefone e saída do impacto dos aumentos de passagens de ônibus no Rio", explicou. O IPC-S capta o comportamento de preços de sete capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.

Dada esta expectativa para os administrados nas próximas semanas, o coordenador admitiu que são grandes as chances de revisão para cima na atual estimativa para o IPC, de 0,60%, no fechamento de abril. "É cedo ainda para rever o número, mas com o impacto de energia elétrica e de alguns alimentos, como carnes bovinas, adianto que se vier revisão nas próximas semanas será para cima", afirmou.

Picchetti chamou, ainda, a atenção para a aceleração do índice de difusão do IPC, que nesta apuração deu um salto, para 73,53%, ante 69,41% na quadrissemana anterior. É o maior patamar desde a terceira quadrissemana de janeiro de 2013, quando ficou em 75,29%. No fechamento de janeiro de 2014, o índice de difusão, que mede o quanto as altas de preços estão espalhadas dentro do IPC, também havia ficado em 73,53%. Picchetti considerou o número "digno de nota". "Primeiro porque é um número alto em termos absolutos e, segundo, porque voltou a subir e superar 70%. Praticamente 3/4 dos preços que compõem o índice estão em alta", disse, relacionando o movimento ao comportamento do grupo Alimentação.

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