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GESTÃO

- Publicada em 07 de Abril de 2014 às 00:00

Sucessão apresenta desafio para empresas familiares


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
Em nível mundial, 70% das empresas familiares não passam da segunda geração. Das restantes, menos de 10% resiste à terceira. De acordo com o presidente da Strategos Consultoria, Telmo Schoeler, problemas na sucessão são os principais responsáveis pela alta taxa de falência dessa categoria.
Em nível mundial, 70% das empresas familiares não passam da segunda geração. Das restantes, menos de 10% resiste à terceira. De acordo com o presidente da Strategos Consultoria, Telmo Schoeler, problemas na sucessão são os principais responsáveis pela alta taxa de falência dessa categoria.
No Brasil, onde as empresas familiares representam 90% do total de companhias, segundo pesquisa do Sebrae, a questão adquire grande importância no cenário econômico e, para Schoeler, deve ser gerida profissionalmente. “Elas são ampla maioria, sejam multinacionais ou pequenos negócios. Empregam e têm grande participação no PIB. Mas, embora nasçam tendo como pressuposto a ideia de sucessão de capital para seus herdeiros, a falta de interesse na gestão da sucessão torna-se um entrave para sua sustentabilidade a longo prazo”, afirma.
Para o consultor, o principal desafio a ser enfrentado é fazer com que os herdeiros se vejam como sócios. “Primeiro, eles precisam ter interesse pessoal no negócio. Em segundo lugar, é necessário que tenham perfil e busquem qualificação”, destaca.
O alerta de Schoeler é para que a capacitação do herdeiro seja feita sobre as mesmas bases de qualquer empregado. Ou seja, devem ser avaliados os mesmo requisitos exigidos na contratação de outros profissionais. “Também é necessário separar propriedade e gestão. São fatores que requerem capacidades diferentes. Uma coisa é ser dono, outra é ser executivo. Por isso, buscar alternativas fora do núcleo familiar pode ser uma solução, mas é preciso montar uma estrutura jurídica sólida para isso”, completa.
O consultor falou sobre o assunto no Papo Amigo, evento promovido pela Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas (ADCE). Para Schoeler, é imprescindível adotar o que chama de visão holística das finanças: mercado, recursos, operação e gestão devem ser pensados em interdependência. “Não adianta ter um mercado promissor sem gestão ou recursos qualificados”, explicou. Na ocasião, também chamou a atenção dos empresários para a necessidade de estarem preparados, inclusive, para a possibilidade de saírem do mercado caso não vislumbrem a possibilidade de uma transição promissora da propriedade e da administração. 
“O tema da sucessão familiar é recorrente entre nossos associados. O empresário que passa por essa situação deve estar informado para preparar os envolvidos com o futuro do seu negócio, uma vez que esse é notavelmente um dos principais entraves para a sua continuidade no mercado”, destacou o presidente da ADCE, Fernando Magalhães Coronel.
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