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COPA 2014

- Publicada em 04 de Abril de 2014 às 00:00

Beira-Rio poderá sofrer falta de energia na Copa


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
O acompanhamento das obras do setor de distribuição de energia relacionadas à Copa do Mundo feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indica risco quanto ao fornecimento de eletricidade para o Beira-Rio durante o período da disputa. Esse cenário deve-se ao fato de que o mais importante projeto para atender à demanda de eletricidade do entorno do estádio dentro dos chamados padrões Fifa (a subestação de energia Menino Deus, que está sendo construída pela CEEE-D, na avenida Padre Cacique) ainda não ter sido concluído.
O acompanhamento das obras do setor de distribuição de energia relacionadas à Copa do Mundo feito pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) indica risco quanto ao fornecimento de eletricidade para o Beira-Rio durante o período da disputa. Esse cenário deve-se ao fato de que o mais importante projeto para atender à demanda de eletricidade do entorno do estádio dentro dos chamados padrões Fifa (a subestação de energia Menino Deus, que está sendo construída pela CEEE-D, na avenida Padre Cacique) ainda não ter sido concluído.
Conforme a Nota Técnica n° 014/2014 da Aneel, de 24 de fevereiro, a estrutura, que será a principal fonte de alimentação do Beira-Rio, estava com apenas 58% das obras civis e 10% da montagem realizadas, com previsão de conclusão ainda neste mês. Da mesma forma, os 2,6 quilômetros de linha subterrânea interligando a subestação Porto Alegre 10 à subestação Menino Deus tinham previsão de finalização ainda em abril. “Data, ao nosso ver, muito próxima ao evento”, ressalta o documento. Nesse contexto, a Aneel ressalta que a construção desta subestação, dentro do prazo, é necessária para o atendimento ao estádio segundo os padrões exigidos pela Fifa para a realização dos jogos do campeonato.
A nota continua: “o cronograma de implantação desta obra tornou-se fundamental, visto não ser possível acomodar mais nenhum atraso, de modo a permitir a tempestiva energização e a realização dos testes para implementação dos ajustes operacionais, comumente exigidos quando da entrada em operação de empreendimentos desse tipo”. No entanto, de acordo com apontamento da Aneel, a execução das obras da CEEE-D não apresenta grande evolução desde janeiro de 2013.
Inicialmente, a CEEE-D havia proposto 22 obras para atender adequadamente às demandas das Copas das Confederações e do Mundo. Como a capital gaúcha ficou de fora desse primeiro torneio, a distribuidora considerou que não seriam fundamentais e retirou do plano de atendimento à Copa 14 dessas obras. Em 13 de novembro de 2013, a Aneel encaminhou ofício à estatal gaúcha questionando se as oito obras remanescentes garantiriam o abastecimento do estádio e atividades relacionadas à Copa de acordo com orientações da Fifa, que exigem que o atendimento aos estádios e às áreas adjacentes seja efetuado utilizando dupla alimentação de energia, provenientes de duas fontes de rede básica distintas. Em resposta, datada de 28 de novembro de 2013, a concessionária reiterou a convicção de que através das oito obras, cuja execução é prioritária à CEEE-D, estará garantida a necessária confiabilidade ao sistema, principalmente para alimentação da cidade sede de Porto Alegre durante a Copa.
Além da questão envolvendo a capital do Rio Grande do Sul e a CEEE-D, o relatório da Aneel apontou riscos em Curitiba (área de concessão da Copel) e em Manaus (atendida pela Eletrobras Amazonas Energia). No caso das obras no Estado, a subestação Menino Deus absorverá um investimento de R$ 23,9 milhões e a linha de transmissão subterrânea R$ 9,7 milhões.
Conforme o presidente do Grupo CEEE, Gerson Carrion, os dados que constam na nota da Aneel estão desatualizados. Em resposta dada à agência no dia 10 de março, a distribuidora informou que as obras da subestação Menino Deus tinham alcançado um patamar de 73%. Além disso, ressalta Carrion, das oito obras vinculadas à Copa, cinco já foram finalizadas. O dirigente tinha a expectativa de que a subestação Menino Deus fosse energizada no dia 27 de março. Porém, embargos promovidos pelo Ministério do Trabalho modificaram esse prazo. “Mas, de abril não passa, energia (na Copa) terá”, compromete-se o presidente da concessionária gaúcha.
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