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turismo

- Publicada em 17 de Março de 2014 às 00:00

Beleza do Sul do Brasil é comparada ao Grand Canyon


Fotos CRISTINE PIRES/ESPECIAL/JC
Jornal do Comércio
A fama ainda não é a mesma do Grand Canyon, que colocou o Arizona (EUA) no mapa mundial do turismo de aventura, mas quem visita, garante: a beleza natural dos cânions latino-americanos é de tirar o fôlego. E a maior formação rochosa da América Latina está bem mais perto do que muitos imaginam. Fica aqui mesmo, no Brasil, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São mais de 30 cânions que desenham o horizonte dos Aparados da Serra, formado por desfiladeiros com paredões de até 900 metros de profundidade, arrematados cuidadosamente por campos ondulados, que parecem ter sido “aparados à faca”, fato que dá origem ao nome à região.

A fama ainda não é a mesma do Grand Canyon, que colocou o Arizona (EUA) no mapa mundial do turismo de aventura, mas quem visita, garante: a beleza natural dos cânions latino-americanos é de tirar o fôlego. E a maior formação rochosa da América Latina está bem mais perto do que muitos imaginam. Fica aqui mesmo, no Brasil, na divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. São mais de 30 cânions que desenham o horizonte dos Aparados da Serra, formado por desfiladeiros com paredões de até 900 metros de profundidade, arrematados cuidadosamente por campos ondulados, que parecem ter sido “aparados à faca”, fato que dá origem ao nome à região.

A localidade abriga dois parques nacionais, que juntos somam mais de 30 mil hectares com trilhas, cachoeiras e rios, além da fauna e da flora bem peculiares, e que estão abertos durante o ano todo. O parque de Aparados da Serra pode ser acessado pela cidade gaúcha de Cambará do Sul e também pelo município catarinense de Praia Grande. 

No Itaimbezinho, que em tupi-guarani quer dizer pedra afiada, um dos cânions mais conhecidos da região, o parque é todo sinalizado e conta com caminhos definidos para que o visitante consiga se localizar. O valor do ingresso é R$ 13,00 para estrangeiros, R$ 6,50 para brasileiros, com isenção de taxa para menores de 12 anos e maiores de 60. Para veículos, é cobrado R$ 5,00 para automóveis, R$ 10,00 para ônibus e R$ 3,00 para motos.

Os paredões de mais de 700 metros de profundidade com fendas estreitas e as cachoeiras — Véu da Noiva e Andorinhas — são um atrativo à parte. O visitante também tem contato com exemplares da Mata Atlântica e floresta de araucária, que abrigam espécies como a jaguatirica e o guaxinim. As três trilhas abertas ao público têm horários e exigências diferentes. No Vértice, é possível fazer uma caminhada de uma hora pela borda do cânion, com acesso a vários mirantes. No Cotovelo, cuja entrada é permita até às 15h, são três horas de caminhada, percurso que também pode ser feito de bicicleta. Já para encarar a trilha do Rio do Boi, que percorre o interior do cânion (entrada pelo município de Praia Grande), é preciso ter um bom preparo físico para enfrentar seis horas de travessia.

O parque da Serra Geral, com chegada por Cambará do Sul, é a porta de entrada para os cânions Fortaleza, Churriado e Malacara. Entre as principais atrações, estão o Mirante do Fortaleza, a Pedra do Segredo, a trilha da cachoeira do Tigre Preto (com 250 metros de altura) e, claro, a borda dos cânions. O parque fica aberto diariamente, das 8h às 17h, com acesso gratuito para veículos e visitantes. O percurso total para observar a extensão do Fortaleza dura até 6h. 

As estradas que levam aos parques são de chão batido. É possível ir com transporte particular e fazer os passeios na parte superior do Fortaleza e do Itaimbezinho por conta própria. No entanto, quem opta por fazer o passeio com acompanhamento de um guia, além de chegar ao destino em transporte próprio para enfrentar o terreno acidentado, tem uma verdadeira aula sobre a região. “Buscamos não só informar os turistas, mas mostrar que eles também são responsáveis pela conservação desses locais”, diz Marcelo Sartori, proprietário da Coiote Adventure, empresa que disponibiliza guias especializados para passeios pela região.

A equipe alerta os visitantes desde as necessidades básicas — como passar protetor solar antes das trilhas e levar água para consumir no caminho — a questões que envolvem diretamente o bom funcionamento dos parques. Não é permitido, por exemplo, alimentar os animais nativos. Essa tem sido uma batalha dos guias locais. “Muitos exemplares estão ameaçados de extinção, como o guaxinim, que fica nos estacionamentos à espera de comida fácil e já não caçam mais. As pessoas acham que estão ajudando, mas não estão”, adverte Sartori. 

Para quem optar pela trilha do Rio do Boi ou pelos cânions Malacara e Churriado, é obrigatório o acompanhamento de um condutor local. No entanto, as visitas ao Malacara e ao Churriado estão temporariamente suspensas. Além dos programas que incluem trilhas, canionismo, rafting e rapel, é possível optar por caminhadas, banhos de cachoeira e passeios a cavalo ou de bicicleta, atrativos que levam cada vez mais turistas ao local em busca de descanso e contato com a natureza. 

Cambará do Sul integra o Roteiros de Charme

Barracas são inspiradas nos lodges africanos, com luxo e sofisticação

Engana-se quem pensa que turismo de aventura é sinônimo de mochila nas costas e montar acampamento. É possível curtir todas as experiências junto à natureza com sofisticação e conforto, e Cambará do Sul está preparada para receber turistas em busca dessa vivência. O Parador Casa da Montanha, localizado na estrada de acesso ao Parque Nacional de Aparados da Serra, é um dos hotéis que integra a Associação de Hotéis Roteiros de Charme. Fazem parte da entidade 62 empresas em 16 estados do País que oferecem serviço diferenciado, sem abrir mão dos cuidados com a natureza.

O Parador aposta na beleza rústica da região para criar seu projeto, inspirado nos lodges africanos (cabanas para temporadas). As barracas estão dispostas como se fosse um acampamento, mas com todo o luxo disponível aos hóspedes. Os turistas têm áreas de acesso comum, como o SPA, que oferece uma jacuzzi aquecida e sauna seca. Nas suítes, é possível aproveitar a hidromassagem com vista para os campos de cima da serra.

Na próxima temporada de inverno, devem estar prontas as novas unidades, ainda mais requintadas do que as suítes luxo. As cabanas terão 50 metros quadrados, com lareira e calefação, e serão feitas com estrutura de pedra e madeira, e o telhado confeccionado com palha santa-fé. O investimento na ampliação e reforma é de R$ 1 milhão. “Vamos praticamente dobrar o número de capacidade de hospedagem, que passará de 12 para 20 cabanas”, destaca Rafael Peccin, diretor de marketing do Parador Casa da Montanha.

As melhorias também irão refletir no espaço destinado para eventos corporativos e sociais. O local, famoso por receber casamentos e festas de aniversário, também está preparado para oferecer uma experiência diferente às empresas que buscam algo fora do comum para os cursos de imersão dos colaboradores. 

Na área de gastronomia também estão previstas mudanças. A ideia, diz Peccin, é trabalhar com pratos regionais. “A culinária típica será mantida, mas terá um toque do chef”, resume. A nova estrutura abrigará também uma adega, que vai receber o nome de Vinhos Incomuns. O objetivo é permitir aos hóspedes que eles degustem bebidas diferentes de todas as partes do mundo, inclusive a produção local. 

A estada, na verdade, é um prato cheio para experimentações. Longe do barulho das grandes cidades, é possível ouvir os diferentes sons da natureza, do barulho da água que corre no lago que passa logo abaixo das cabanas aos pássaros que povoam o local. A noite, sem a poluição luminosa, é um verdadeiro convite para observar as estrelas. 

O Parador mantém parceria com a Coiote Adventure, empresa que oferece guia especializado com land rovers para passeios pela região. Pesca, arco e flecha, bicicletas, cavalos, caminhadas, turismo de aventura, rapel, passeios de bote e visitas aos principais cânions do Estado. 

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