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Campeonato Gaúcho

- Publicada em 17 de Fevereiro de 2014 às 00:00

Goleada e euforia no retorno ao Beira-Rio


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Jornal do Comércio
A espera durou 447 dias. Foram 15 meses sem a bola rolar no Beira-Rio. Desde a derrota para a Portuguesa por 2 a 0, no dia 26 de novembro de 2012, o torcedor não assistia ao time jogar em casa. A euforia estava estampada no rosto de cada colorado. A espera na fila durou cerca de duas horas para alguns. Tempo esse que pareceu segundos na ânsia de matar a curiosidade para ver como ficou o novo estádio. Momentos antes de a bola rolar, cerca de 10 mil associados entoavam o grito: “ô, o Beira-Rio voltou, o Beira-Rio voltou”.

A espera durou 447 dias. Foram 15 meses sem a bola rolar no Beira-Rio. Desde a derrota para a Portuguesa por 2 a 0, no dia 26 de novembro de 2012, o torcedor não assistia ao time jogar em casa. A euforia estava estampada no rosto de cada colorado. A espera na fila durou cerca de duas horas para alguns. Tempo esse que pareceu segundos na ânsia de matar a curiosidade para ver como ficou o novo estádio. Momentos antes de a bola rolar, cerca de 10 mil associados entoavam o grito: “ô, o Beira-Rio voltou, o Beira-Rio voltou”.

A noite de sábado entrou para a história com o primeiro jogo-teste do remodelado Gigante. O Caxias ameaçou, mas quando estava melhor, o Inter golpeava com um novo gol. No final, o colorado goleou por 4 a 0 e segue isolado na liderança do Grupo A, com 22 pontos.

O primeiro teste do Beira-Rio pode ser avaliado da seguinte forma: por fora, o estádio carece de muitas obras. O acesso foi dificultado por buracos, poças d’água e combros de areia. Como foram disponibilizados apenas três portões, e grande parte dos sócios deixaram para chegar na hora do jogo, o acesso foi moroso, mas não houve incidentes graves. Por dentro, a situação estava melhor: banheiros modernos e em bom número, cadeiras confortáveis e iluminação irretocável do campo contrastam com o canteiro de obras do entorno. Na área reservada à impresa, a falta de energia nos corredores e de acesso à internet foram dois pontos negativos.

Desafetos marcam, e torcida se rende aos artilheiros

A goleada por 4 a 0 sobre o Caxias foi desenhada com boas jogadas, troca de passes fluente e com dois protagonistas que passaram de vilões no ano passado a mocinhos nesta temporada. O lateral-esquerdo Fabrício entrou para a história do clube, marcando o primeiro gol do novo Beira-Rio. Rafael Moura anotou outros dois, e o lateral-esquerdo fechou novamente o marcador.

Aos 21 minutos, Fabrício, assim como Claudiomiro na inauguração em 1969, cabeceou para balançar as redes da nova casa. Após ótima jogada do chileno Aránguiz, o camisa 6 apareceu para abrir o placar. Aos 30, Alan Patrick carimbou a trave. Quatro minutos depois, a primeira intervenção de Muriel, em bom chute de Max. 

Na saída para o intervalo, o capitão D’Alessandro era só elogios ao estádio. “A grama está perfeita. Vale destacar o trabalho dos funcionários do clube e da direção para que tivesse este jogo”, lembrou. O nome do jogo também enalteceu o momento vivido. “Não tem palavras. Podem falar o que quiser, mas agora entrei para a história deste estádio com o gol”, comemorou Fabrício.

No segundo tempo, o ritmo vermelho não esmoreceu. No primeiro minuto, após bom toque de D’Ale, Aránguiz levantou a bola na medida para Rafael Moura. O atacante apenas cumprimentou para o fundo do gol. A polêmica comemoração em Novo Hamburgo, diante do Cruzeiro, mandando a torcida silenciar e sendo vaiado, ficou para trás. Desta vez, a massa gritou o nome do camisa 11.

Aos 19, He-Man marcou novamente. No momento em que o Caxias mais ameaçava, D’Ale infiltrou, fez ótimo passe nas costas da zaga e o contestado avante tocou na saída do goleiro Douglas, fazendo o 3 a 0. Sem opções, o Caxias partiu para cima e criou três ótimas chances. Primeiro, Lucão desperdiçou boa oportunidade. Em seguida, Maílson, que acabava de entrar, acertou a trave e depois forçou Muriel a fazer uma excelente defesa. 

Cadenciando o jogo e esperando o tempo passar, o time de Abel Braga tirou o pé do acelerador. O Caxias até tentava, mas a diferença era gigantesca. No fim, aos gritos de “olé” da torcida, Fabrício voltou a dar o ar da graça. Aos 45, arriscou de longe, a bola quicou no famoso montinho artilheiro e Douglas aceitou o quarto gol da partida, dando números finais ao primeiro jogo oficial da moderna casa vermelha, que ainda precisa de retoques.

Abel lamentou o fato de não poder seguir atuando no estádio, já que, na terça-feira, diante do Juventude, o Inter deve mandar o jogo em Novo Hamburgo. “No fundo a gente continua sem casa. Não sabia desta notícia. É muito ruim não ter essa sequência. Temos que continuar criando essa identidade do torcedor com o estádio”, lamentou o treinador.

Internacional 4 x 0 Caxias
Muriel; Cláudio Winck, Paulão, Juan (Ernando) e Fabrício; Willians, Aránguiz, Alan Patrick (Valdívia), D'Alessandro e Jorge Henrique (Otávio); Rafael Moura.
Técnico: Abel Braga.
Douglas; Max (Léo Korte), Tiago, Jean e Dieyson; Baiano, Alisson (Karl), Wallacer e Rafael Carioca; Lucão e Júlio Madureira (Mailson).
Técnico: Picolli.
Árbitro: Anderson Daronco.
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