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saúde

- Publicada em 14 de Fevereiro de 2014 às 00:00

Audiência aponta condições precárias de atendimento no HPS


Fotos DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Desativação de leitos, má conservação do prédio, elevadores que não funcionam e problemas nos equipamentos: esse é o rescaldo do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), apresentado em audiência realizada na manhã desta sexta-feira (14) pela comissão de saúde da Câmara de Vereadores e entidades ligadas aos profissionais. Só de leitos, foram fechados 17 na área clínica e outros 13 no setor de atendimento buco-facial e otorrinolaringologia. Os pacientes que chegam à emergência - que não são casos de trauma -, são enviados a outros serviços. 

Desativação de leitos, má conservação do prédio, elevadores que não funcionam e problemas nos equipamentos: esse é o rescaldo do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre (HPS), apresentado em audiência realizada na manhã desta sexta-feira (14) pela comissão de saúde da Câmara de Vereadores e entidades ligadas aos profissionais. Só de leitos, foram fechados 17 na área clínica e outros 13 no setor de atendimento buco-facial e otorrinolaringologia. Os pacientes que chegam à emergência - que não são casos de trauma -, são enviados a outros serviços. 

Na reunião, os médicos destacaram que no mundo são raros os hospitais exclusivos de trauma, pois o atendimento tem de dar conta de demandas. O médico e vice-presidente de centro de estudos médicos, Carlos Cereser, alertou que a maior causa de morte em Porto Alegre “são doenças cardiovasculares, e o HPS não está mais atendendo”. Ele fez apelo para que a sociedade se mobilize para reverter o desmonte. Os servidores também denunciaram a falta de condições para acolher pacientes, onde por vezes os familiares precisam ajudar na hora de atender. 

Na área de trauma há problemas. São equipamentos como macas em más condições, obras entre os leitos e elevadores que não funcionam. O fluxo de autores de crimes também preocupa. Esta semana dois presos que estavam sendo atendidos na traumatologia fugiram.

Fiação elétrica exposta é um
dos problemas
A procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Porto Alegre, Marcia Bacher Medeiros, relatou que não se adotam medidas de proteção aos trabalhadores, desde cuidados básicos ao lidar com produtos químicos. Segundo a procuradora, que monitora dede 2008 a realidade do Hospital, a prefeitura alega que os servidores estatutários não estão submetidos a normas para preservar a saúde. Marcia assegurou que HPS tem de seguir normas técnicas do Ministério do Trabalho. 

A procuradora disse que enfrenta dificuldade para que seja criada uma comissão que monitore a saúde dos servidores. “Estamos negociando com Secretaria da Saúde, mas há grande resistência”, explicou. Durante a audiência, a procuradora deu prazo de 30 dias para que a Saúde do município se manifeste sobre medidas na área de segurança e saúde dos servidores. Caso não haja resposta, ela afirmou que ingressará com ação civil pública contra o município. 

Os vereadores da comissão de saúde também cobraram que a prefeitura chame aprovados em concurso (mais de cem vagas para técnicos de enfermagem foram autorizadas pelo Legislativo em 2013. O concurso foi feito, mas o município ainda não chamou). A falta de servidores foi um dos problemas mais citados na audiência.

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