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HISTÓRIAS DO COMércio e dos serviços

- Publicada em 30 de Dezembro de 2013 às 00:00

Lojas 3 Passos completa cinco décadas com planos para o centenário


LOJAS TRÊS PASSOS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Em 2014, a rede de lojas 3 Passos comemora jubileu de atuação no comércio, mas os olhos dos proprietários já estão voltados para as ações dos próximos 50 anos. “A meta é chegar ao centenário com pelo menos 100 lojas e com 100% de competitividade”, indica o sócio-diretor da varejista Jorge Bender. “Este é um caminho quase sem fim, mas, enquanto o buscamos, vamos evoluindo”, pondera. Antes de expandir o negócio pelo Rio Grande do Sul, a ideia é repaginar as atuais 61 unidades, espalhadas em 60 municípios gaúchos. Para tanto, serão investidos R$ 30 milhões até 2018.
Em 2014, a rede de lojas 3 Passos comemora jubileu de atuação no comércio, mas os olhos dos proprietários já estão voltados para as ações dos próximos 50 anos. “A meta é chegar ao centenário com pelo menos 100 lojas e com 100% de competitividade”, indica o sócio-diretor da varejista Jorge Bender. “Este é um caminho quase sem fim, mas, enquanto o buscamos, vamos evoluindo”, pondera. Antes de expandir o negócio pelo Rio Grande do Sul, a ideia é repaginar as atuais 61 unidades, espalhadas em 60 municípios gaúchos. Para tanto, serão investidos R$ 30 milhões até 2018.
A reformulação da marca faz parte do atual projeto de ampliação e modernização da rede. Além de receber novo layout, todas as lojas serão reformadas, ampliadas e padronizadas. Cada unidade receberá injeção de R$ 500 mil em recursos. Quatro filiais já passaram pelas melhorias em 2013, outras 12 devem ser incrementadas no ano que vem. “A inauguração de mais 40 lojas ocorrerá mais tarde. Antes, iremos melhorar os atuais pontos, para impulsionar as vendas”, acena o diretor da empresa, calculando que a expansão demandará cerca de R$ 40 milhões.
Jorge Bender está à frente da varejista – que tem foco em vestuário para toda a família entre os públicos classes B e C – desde 1986, quando seu pai, Osvaldo Afonso Bender, mudou-se para Brasília, por conta da carreira política, acompanhado da esposa, Astrogilda. Inicialmente, a empresa fundada pelo casal em 1964 funcionava como um atacado de produtos para alfaiates e se chamava Tecidos 3 Passos. Uma década antes, o pai de Bender vendia trajes de porta em porta, cumprindo seu trajeto pela cidade a pé, enquanto a mãe do diretor produzia as peças. Mal o negócio engrenou, em 1967 surgiram as primeiras confecções prontas no País. Os alfaiates sofreram queda de demanda, começaram a ir mal, desativar as empresas, e isso repercutiu no atacado. Naquele mesmo ano, Osvaldo Bender decidiu virar o jogo e apostar no varejo. “Meu pai se deu conta de que esse seria o caminho quando, durante uma viagem ao Paraná, conheceu um ambulante que comercializava camisas compradas em São Paulo”, conta o diretor da rede. O empresário gaúcho então passou a fazer o mesmo.Na década de 1980, a 3 Passos já tinha mais de 30 lojas. O próprio fundador treinava os vendedores. Depois, promovia os melhores e ia abrindo filiais. Em 1993, outra mudança de conjuntura ditou os rumos do negócio. Com baixa procura de tecidos em metro, a empresa interrompeu o trabalho com este nicho e incrementou os estoques com mais confecção feminina e calçados. Foi aí que o nome fantasia mudou para Lojas 3 Passos. A expansão continuou, chegando aos municípios próximos da Capital, a exemplo de Alvorada, Cachoeirinha, Sapiranga, Parobé e Montenegro. Agora, a meta é chegar a Porto Alegre e cidades da Serra, entre outras regiões que ainda não contam com a presença da marca.

Cartão próprio impulsiona negócios

Depois que o atual sócio-diretor Jorge Bender assumiu a gestão da rede de lojas 3 Passos, em meados de 1980, uma das principais mudanças foi a forma de pagamento aceita pelo negócio. “Até 1989, só se vendia à vista na empresa”, conta Bender. Naquele ano, foi criado um sistema de compras via convênios, seguido pela implementação de vendas por crediário nos anos 2000 e via cartão da loja (Super Cartão 3 Passos). Este último recurso posicionou a venda a prazo e respondeu pela ampliação da carteira de clientes da rede.
“Demos um salto na comercialização e conquistamos muitos clientes da classe C”, admite o diretor. Segundo Bender, em 2011 e 2012 a varejista cresceu acima do mercado (26% e 48%, respectivamente), graças à consolidação do cartão da marca. “Neste período, dobramos o faturamento. A novidade pegou em cheio o momento de economia aquecida no País.” Mas nem sempre foi fácil. Um dos momentos que mais exigiram determinação por parte do gestor foi justamente no período em que passou a ocupar o atual cargo na empresa. “Na época, acreditamos que o governo havia criado o Plano Cruzado para acabar com a inflação e vendemos todo o estoque com preços congelados. Após a eleição, não conseguimos repor nem 30% das mercadorias, porque os preços dobraram no País”, recorda.
As dificuldades do período foram tantas que a solução foi espalhar caixas vazias nas lojas para “preencher” as lacunas nas prateleiras. Com o tempo, a empresa superou os problemas. Hoje, fatura mais de R$ 150 milhões e prevê crescer 20% em 2013.
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