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CLIMA

- Publicada em 12 de Novembro de 2013 às 00:00

Chuva provoca três mortes e deixa quase 3 mil pessoas fora de casa no RS


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
A chuva que atinge o Rio Grande do Sul desde domingo (10) provocou a morte de pelo menos três pessoas. Na segunda-feira, duas árvores caíram, derrubando uma estufa de fumo na cidade de Candelária. Vanessa Nunes da Silva e o seu filho, Ijalan Nunes, de um ano e meio, ficaram soterrados. O corpo da mulher foi encontrado na noite de ontem. O bebê permanece desaparecido.

A chuva que atinge o Rio Grande do Sul desde domingo (10) provocou a morte de pelo menos três pessoas. Na segunda-feira, duas árvores caíram, derrubando uma estufa de fumo na cidade de Candelária. Vanessa Nunes da Silva e o seu filho, Ijalan Nunes, de um ano e meio, ficaram soterrados. O corpo da mulher foi encontrado na noite de ontem. O bebê permanece desaparecido.

Já na madrugada desta terça-feira, um morro deslizou sobre uma casa em Bom Príncipio, no Vale do Caí. Três pessoas estavam na residência na hora da queda. Sabrina Ust Achamachar, 19 anos, e a filha Camile de Oliveira, 7 meses, morreram no local. Roni Camargo de Oliveira, 23 anos, foi encaminhado ao hospital em estado instável.
A forte chuva que atingiu a Serra ontem e hoje tem feito o nível dos rios subirem rapidamente, aumentando o alerta da população. Segundo os Bombeiros Voluntários de São Sebastião do Caí, o nível do Rio Caí está 5 metros acima do normal, beirando quase 13 metros.
A Capital registrou o maior volume de chuva em 24h para um mês de novembro em 80 anos, segundo pesquisa do Sistema Metroclima. Moradores da Vila Asa Branca, no bairro Sarandi, tiveram suas casas alagadas pela segunda vez em três meses.
A previsão é de que a chuva deixe o Rio Grande do Sul nesta terça-feira, mas, pela manhã, fortes ventos atingiram algumas regiões. Em Mostardas foram registradas rajadas de 108 km/h, segundo o Inmet. Em Tramandaí chegou a 70 km/h a velocidade do vento. O porto de Rio Grande, no sul do Estado, está fechado para operações, segundo a Praticagem da Barra.
No Estado, as cidades mais atingidas pelos alagamentos foram Quaraí e Esteio. Segundo o último boletim da Defesa Civil, divulgado ontem à noite, mais de 2,9 mil pessoas permaneciam desabrigadas ou desalojadas no Rio Grande do Sul por causa da chuva. Quaraí e Fontoura Xavier decretaram situação de emergência. Bento Gonçalves decretou estado de calamidade pública.
Há pelo menos seis trechos de rodovias bloqueadas no Rio Grande do Sul. São elas: RS-030 (Gravataí) no km 9, por buraco na pista; RS-444 (Bento Gonçalves) no km 5, por deslizamento de terra; RS-630 (Dom Pedrito) no km 81, por transbordamento de rio; RS-516 (Santa Maria) no km 4, por asfalto cedido; RS-149 (Restinga Seca) no km 78, por ponte cedida; e RS-502 (Paraíso do Sul) no km 9.
Às 10h30, a área de concessão da AES Sul registrava 18 mil clientes sem luz. Destes, 9,8 mil estavam concentrados nas cidades de Cachoeira do Sul, Novo Hamburgo, Santa Maria, Alegrete, Santa Cruz, Livramento, Lajeado e Santiago. Os outros 8,2 mil estavam localizados em regiões alagadas. A rede desses locais está normal e os desligamentos foram feitos por segurança. No último balanço feito pela CEEE, havia falta de energia em pontos isolados da Região Metropolitana e Litoral Norte. A RGE não registra falta de energia elétrica.

“Se as pessoas não deixarem de jogar lixo nos arroios, o problema permanecerá”, diz Fortunati

Com relação aos alagamentos na Capital, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, lamentou nesta manhã pelo Twitter os estragos causados pela chuva. Ele reconheceu que o sistema de drenagem não correspondeu devido ao grande volume de água. Porém, Fortunati salientou para a conscientização, dizendo que se as pessoas não pararem de jogar lixo nos arroios, os problemas continuarão.
“Novas obras de macrodrenagem continuarão sendo feitas para atacar um problema histórico da cidade. Mas por mais obras que façamos, se as pessoas não deixarem de jogar lixo nos arroios, o problema permanecerá. O DEP (Departamento de Esgotos Pluviais) fez a dragagem do Arroio Sarandi a menos de 2 meses e ontem toneladas de lixo entupiram as vias de escape da água. O mesmo ocorreu no Arroio Dilúvio onde limpeza permanente é feita e a água mostrou toneladas de lixo ontem dificultando a passagem da correnteza por debaixo das pontes”, disse no microblog.
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