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PROFISSÃO

- Publicada em 23 de Outubro de 2013 às 00:00

Eleição renovará dois terços do plenário do CRCRS


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Eleição sempre gera controvérsia. Nas entidades de classe, não é diferente, mas, além de insuflar ânimos, a oportunidade de escolher lideranças é também a de debater caminhos. A menos de um mês da eleição que irá renovar dois terços do plenário do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS) - a votação ocorre entre 19 e 21 de novembro pela internet -, três chapas disputam a atenção dos contadores com propostas que têm como fundo central a defesa da profissão, com ações que contemplam desde estudantes até a carreira pública. Claro que todas vão além desses aspectos e defendem gestões distintas para a entidade. No meio do embate, cabe aos profissionais do Estado fazerem a escolha.
Eleição sempre gera controvérsia. Nas entidades de classe, não é diferente, mas, além de insuflar ânimos, a oportunidade de escolher lideranças é também a de debater caminhos. A menos de um mês da eleição que irá renovar dois terços do plenário do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS) - a votação ocorre entre 19 e 21 de novembro pela internet -, três chapas disputam a atenção dos contadores com propostas que têm como fundo central a defesa da profissão, com ações que contemplam desde estudantes até a carreira pública. Claro que todas vão além desses aspectos e defendem gestões distintas para a entidade. No meio do embate, cabe aos profissionais do Estado fazerem a escolha.
O JC Contabilidade conversou com os coordenadores das chapas para oferecer um breve resumo do que cada um defende e, no quadro abaixo, links para obter mais informações. Abertos ao diálogo e ressaltando a importância de dar visibilidade aos temas defendidos, os coordenadores aproveitaram a oportunidade para destacar que este é o melhor momento para que os profissionais tragam demandas e conheçam melhor tanto o perfil dos candidatos quanto a funcionalidade do CRCRS.

Propostas precisam ser viáveis, diz Chapa 1

MARCO QUINTANA/JC
Palácios quer aproximação
com estudantes
A chapa da situação defende três linhas de atuação principais: reconhecimento profissional, valorização dos jovens profissionais e união da classe. As propostas, salienta o coordenador Antônio Palácios, já fazem parte da gestão do CRCRS e serão continuadas.
Para o coordenador, as esferas de atuação que são propostas estão inseridas em um contexto possível, delimitado pelas próprias incumbências do conselho. “Estamos tentando demonstrar coisas que de fato sejam factíveis pelo conselho. Não estamos falando de coisas que são prerrogativas de sindicato. O CRCRS só pode fazer aquilo que é permitido por lei e o que o conselho pode fazer tem sido feito”, defende Palácios.
Embora esteja na linha de frente por ser um grupo que pretende dar sequência ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela entidade, a Chapa 1 também é pautada pela renovação, assegura Palácios. “Entre os nossos integrantes, 65% das pessoas estão entrando pela primeira vez no pleito, e temos profissionais que representam todas as regiões do Estado e todas as atividades em que o contador tem atuação”, assegura.
Palácios reforça ainda que as propostas do grupo estão focadas no trabalho que vem sendo desenvolvido, ampliando o alcance de práticas já adotadas. Entre elas, o coordenador destaca que o CRCRS firmou convênio com as instituições de ensino de Contabilidade, promovendo maior interação com os estudantes. “Queremos trazer novos profissionais para a entidade, novas lideranças”, ressalta.
A união da classe contábil também é contemplada por ações da gestão, lembra Palácios, mencionando que, desde 2010, o CRCRS realiza reuniões com todos os sindicatos vinculados à profissão no Estado.

Chapa 2 quer medidas em defesa da profissão

JONATHAN HECKLER/JC
Dagostim defende atuação
contábil forte
A Chapa 2, liderada pelo contador Salézio Dagostim, defende uma série de propostas, que têm como eixos centrais a valorização profissional, as mudanças estruturais na administração do CRCRS e articulações para fortalecer a atuação contábil junto à sociedade. “A nossa chapa existe para buscar resgatar a defesa da profissão e, por consequência, valorizar o profissional”, detalha Dagostim.
O coordenador remete ao histórico da regulação da profissão no Brasil para justificar a tese de que a profissão tem pouco impacto junto à sociedade. “Faltou às nossas entidades fazer essa ligação entre sociedade, profissional e empresas”, alega, elencando que o grupo quer mudar formas de atuação do conselho e buscar articulação com outros órgãos públicos e entidades da sociedade civil para promover maior presença do profissional de contabilidade no contexto social.
As modificações no âmbito do CRCRS, revela Dagostim, têm o objetivo de fortalecer a valorização do profissional e promover maior participação dos profissionais na gestão. “Somos oposição porque não concordamos com a maneira como o conselho está gerindo”, assegura o coordenador.
Com objetivos que se intercalam com as três esferas do poder público (Executivo, Legislativo e Judiciário), a Chapa 2 tem como um dos braços de atuação a articulação para alcançar os resultados propostos. Segundo Dagostim, a articulação não é problema para garantir as conquistas. “Tudo é fácil quando se consegue justificar que o ato é em benefício da sociedade, que vai servir a alguém”, defende o coordenador.
Dagostim ressalta que é importante que os profissionais integrem o processo e apresentem propostas, que, independente da chapa vencedora, sempre poderão ser aproveitadas pela gestão do CRCRS.

Para Chapa 3, conselho deve ser mais amigável

ARQUIVO PESSOAL /DIVULGAÇÃO/JC
Dornelles projeta renovação
do conselho
Também de oposição, a Chapa 3 tem como uma das bandeiras a mudança na gestão administrativa do CRCRS. O coordenador da chapa, Francisco Dornelles, defende a adequação da postura da entidade. “O conselho precisa ser amigo do contador, tem que encantar o profissional de contabilidade”, afirma.
Entre as propostas da chapa, é sugerido o debate com a classe, inclusive sobre a construção de novas sedes na Capital e no Interior, além de propostas para aumentar a transparência com a divulgação de dados pela internet e de ações de valorização profissional, com alcance nas universidades.
No âmbito social, Dornelles ressalta que a chapa pretende atuar junto aos órgãos públicos buscando mais espaço em cargos de carreira de Estado para contadores. Outra proposta é a de garantir atendimento diferenciado nos órgãos públicos para os profissionais do ramo. “Trabalhamos de graça para os órgãos de arrecadação e não temos uma sala disponível nesses órgãos. Somos quase empregados dessas entidades. Somos os operários desses órgãos de arrecadação. E eles nos atendem muito mal”, destaca, ao defender a criação de “salas do contador” nesses órgãos.
As propostas estendem-se ainda à busca para que a contabilidade pública seja desempenhada apenas por contadores e técnicos de contabilidade. “Uma queixa é o avanço de outras profissões atuando nas nossas prerrogativas, principalmente na área pericial. O conselho tem que interferir nos órgãos públicos para que essas vagas sejam exclusivas para contadores. A contabilidade pública tem que ser realizada apenas por contadores e técnicos. A contabilidade pública está um caos porque a contabilidade muitas vezes é feita por profissionais não habilitados”, dimensiona.

Candidatos defendem debate e participação dos profissionais

Apesar das divergências, há pontos em comum entre as três chapas. Todas as concorrentes ao pleito, além de defenderem a valorização profissional, destacam a importância de contar com a maior participação dos profissionais de contabilidade não só nos debates relativos à esfera do conselho, mas de uma maneira geral. Os coordenadores de cada um dos grupos ressaltam que a participação dos profissionais em debates sobre a categoria ainda é pequena. Além disso, eles destacam que é fundamental que a classe profissional torne-se mais politizada, a fim de assegurar todas as conquistas que os profissionais desejam.

Saiba mais

Chapa 1
Chapa 2
Chapa 3
A votação ocorre entre 19 e 21 de novembro. A composição das chapas e o edital do pleito podem ser consultados na página do CRCRS na internet (www.crcrs.org.br), no campo Eleição do CRCRS 2013.
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