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MEIO AMBIENTE

- Publicada em 17 de Outubro de 2013 às 00:00

Avança delimitação do Parque do Gasômetro


TONICO ALVARES/CMPA/JC
Jornal do Comércio
O grupo de trabalho que discute a criação do Parque do Gasômetro definiu ontem uma proposta de delimitação da nova área verde de Porto Alegre, em reunião na Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), com a participação de técnicos da prefeitura da Capital, do Ministério Público (MP), do governo do Estado e integrantes do movimento Viva Gasômetro.
O grupo de trabalho que discute a criação do Parque do Gasômetro definiu ontem uma proposta de delimitação da nova área verde de Porto Alegre, em reunião na Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), com a participação de técnicos da prefeitura da Capital, do Ministério Público (MP), do governo do Estado e integrantes do movimento Viva Gasômetro.
A ideia é que o parque englobe as praças Brigadeiro Sampaio e Júlio Mesquita, além da área de propriedade da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) localizada entre as avenidas João Goulart e Washington Luiz, em frente à Câmara Municipal, que se estende até a rua General Vasco Alves. O traçado será colocado em um documento georreferenciado, com um mapa do local, que será apresentado à promotora de Defesa do Meio Ambiente do MP Ana Maria Marchesan, em reunião mediada pelo presidente da Câmara, Thiago Duarte (PDT), no Legislativo, na próxima quinta-feira.
Atendendo a uma ação do MP, a Justiça impediu o corte de oito árvores da praça Júlio Mesquita e a duplicação do quarto trecho da avenida Beira-Rio, junto à avenida João Goulart. A intenção da prefeitura é que a delimitação do Parque do Gasômetro, a partir de um projeto de lei do Executivo, possa liberar a continuidade da obra viária, com a derrubada dos vegetais e o alargamento da avenida. O representante da Secretaria Municipal de Gestão, Rogério Baú, afirmou que existe pressa na aprovação legal do parque e na consequente resolução do problema. A coordenadora do movimento Viva Gasômetro, Jacqueline Sanchotene, cobrou a inclusão de um rebaixamento viário para o trânsito de veículos, com o estabelecimento de áreas de ligação entre o parque e a Usina do Gasômetro, que estarão separados por uma avenida.
De acordo com Baú, “o importante agora é a aprovação da lei com a delimitação do parque”, deixando para um segundo momento a busca por recursos federais para a intervenção viária. “Uma passarela está dentro das possibilidades do município até que o entrincheiramento aconteça”, defendeu Baú. A sugestão foi aceita pela ativista do Viva Gasômetro. “Além de prever o rebaixamento na frente da Usina em até 10 anos, para poder buscar os recursos, a lei vai prever algum tipo de ligação no curto prazo”, diz Jaqueline, demonstrando acreditar que, mesmo depois de a prefeitura aplicar recursos para fazer a obra de duplicação, fará novo investimento para reformar uma obra recém-acabada.
Baú também afirmou que o governo do Estado demonstrou disposição em permutar a área pertencente à CEEE para que seja incorporada ao parque. Porém, um dos prédios do local onde funcionou a Usina de Gás Carbonado - criada em 1874 para fornecer energia para a cidade - está sendo pleiteado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado para a instalação de sua sede e do Museu Antropológico do Rio Grande do Sul. Outro ponto que precisa ser resolvido diz respeito à intenção da prefeitura de utilizar parte da praça Júlio Mesquita para estacionamento, conforme o projeto de revitalização da orla do Guaíba elaborado pelo arquiteto Jaime Lerner. O assunto será discutido com o coordenador do Gabinete de Desenvolvimento de Assuntos Especiais, Edemar Tutikian, que deverá participar da próxima reunião. Integrante do movimento Quantas Copas por Uma Copa, Ines Chagas não participou da reunião de ontem. Segundo ela porque seria um encontro técnico. Ines reclama que a prefeitura não tem chamado entidades “mais representativas”, como o Instituto dos Arquitetos do Brasil e a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural. O presidente da Agapan, Alfredo Gui Ferreira, diz que não é convidado “porque a Agapan é muito briguenta”, mas diz que pretende participar da próxima reunião.

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