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financiamento

- Publicada em 04 de Outubro de 2013 às 00:00

Aumento do teto para compra de imóveis com FGTS deve elevar vendas


ANTONIO PAZ/JC
Jornal do Comércio
Com mais de 7 mil unidades residenciais à venda apenas em Porto Alegre, conforme censo de setembro do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon/RS), o mercado imobiliário está confiante na influência positiva do aumento do teto para compra do imóvel com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Elevado de R$ 500 mil para R$ 650 mil no Rio Grande do Sul, a medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) entrou em vigor na segunda-feira e deve, além de estimular o consumo, trazer maior poder de negociação aos compradores.
Com mais de 7 mil unidades residenciais à venda apenas em Porto Alegre, conforme censo de setembro do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado (Sinduscon/RS), o mercado imobiliário está confiante na influência positiva do aumento do teto para compra do imóvel com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Elevado de R$ 500 mil para R$ 650 mil no Rio Grande do Sul, a medida aprovada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) entrou em vigor na segunda-feira e deve, além de estimular o consumo, trazer maior poder de negociação aos compradores.
Uma das pessoas que irá utilizar o benefício para ajudar na compra da casa própria é a publicitária Liana Baltar de Souza. Tendo adquirido um imóvel na planta por R$ 480 mil, a publicitária poderá fazer o pedido de financiamento junto à instituição financeira após a entrega do Habite-se do apartamento e a consequente correção do valor pelo Custo Unitário Básico de Construção (CUB) – que deve deixá-lo acima de R$ 500 mil.
Liana conta que já deu uma entrada de 50% do valor total da moradia, mas pretende usar o fundo de cerca de R$ 80 mil para diminuir o número e o valor das parcelas do financiamento e, desta forma, pagar juros menores. “Sem usar o FGTS, eu teria dificuldades para adquirir um imóvel de dois dormitórios e 130 m2 em Porto Alegre”, revela Liana, feliz com a possibilidade de, já em março, se mudar para a casa nova.
Confiante no aumento de 10% a 20% nas vendas graças à mudança, o diretor do Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis (Secovi/RS) e proprietário da Prol Imobiliária, Rafael Padoin, lembra que a medida deve fazer com que os compradores possam qualificar as propostas e, quem sabe, adquirir imóveis melhores. “Além do uso do FGTS poder ajudar os compradores a assumir uma dívida menor e por menos tempo, ele também dá um poder maior de barganha ao consumidor estimulado por nós”, afirma Padoin.
O presidente do Sinduscon/RS, Paulo Vanzetto, destaca que a medida já era um pleito das construtoras e imobiliárias apresentado há cerca de dois anos ao governo. A alteração vinha sendo postergada pela equipe econômica devido ao receio de elevação dos preços dos imóveis e de um impacto negativo gerado pelo aumento de saques nas contas do fundo. Porém, o diretor de vendas, marketing e franquias da Auxiliadora Predial, Antonio Azmus, descarta a possibilidade de aumento nos preços.
Segundo Azmus, os imóveis já estão com um valor agregado coerente com a economia brasileira e tem crescido ano após ano para não ficarem defasados. Padoin concorda e lembra que, mesmo após a última atualização feita em 2009, quando o valor máximo para compra com FGTS passou de R$ 350 mil para R$ 500 mil, já não foi registrada uma alta de preços fora do normal, “o que deve se manter agora”.
Vanzetto garante que o mercado deve se manter aquecido, com taxas reduzidas e preços estabilizados, já tendo passado por um momento de valorização e adequação. Por fim, o presidente do Sinduscon é categórico: “Quem estiver pensando em comprar a casa própria, a hora é agora”.
Aqueles que quiserem utilizar o Fundo de Garantia só podem comprar moradia na cidade ou Região Metropolitana onde residam ou exerçam a principal atividade profissional.
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