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Turismo

- Publicada em 16 de Setembro de 2013 às 00:00

Mercado favorece criação de novas empresas


Divulgação/JC
Jornal do Comércio
Nem só de agências de viagem e hotelaria vive o turismo. Muito além de bares, restaurantes, transporte ou casas de câmbio, surgem no Brasil empreendimentos com focos distintos do convencional no setor, mas com igual importância quando o assunto é bem receber. Atentos ao que ainda não se esgotou em possibilidades de lucrar com os visitantes do exterior, jovens empresários ligados à área de tecnologia da informação investem em modelos de negócios que contemplam o setor turístico, oferecendo serviços de tradutores em diversos idiomas e compras de ingressos online para shows e eventos de forma facilitada. Essas empresas se assemelham não só pela inovação, mas por terem sido contempladas com incentivos do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) via Programa Start-Up Brasil, que tem meta de acelerar 150 empresas recém-criadas em fase de desenvolvimento e pesquisa de mercado.

Nem só de agências de viagem e hotelaria vive o turismo. Muito além de bares, restaurantes, transporte ou casas de câmbio, surgem no Brasil empreendimentos com focos distintos do convencional no setor, mas com igual importância quando o assunto é bem receber. Atentos ao que ainda não se esgotou em possibilidades de lucrar com os visitantes do exterior, jovens empresários ligados à área de tecnologia da informação investem em modelos de negócios que contemplam o setor turístico, oferecendo serviços de tradutores em diversos idiomas e compras de ingressos online para shows e eventos de forma facilitada. Essas empresas se assemelham não só pela inovação, mas por terem sido contempladas com incentivos do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI) via Programa Start-Up Brasil, que tem meta de acelerar 150 empresas recém-criadas em fase de desenvolvimento e pesquisa de mercado.

O sistema de tradução por telefone não chega a ser uma novidade, mas os empresários da área de tecnologia Cristina Cho, Bruno Koo, Luis Carlos Uehara e Saul Ishira desenvolveram um software que permite que a ligação seja encaminhada diretamente para o contato de um dos diversos tradutores cadastrados, de acordo com o idioma e a região da chamada. Atualmente, o serviço está em fase de protótipo. Funciona somente para o idioma inglês e tem disponíveis 15 intérpretes “renomados”, conforme Cristina, disponíveis para atender ao usuário que necessite com urgência de alguém para ajudá-lo em qualquer situação que exija tradução. 

“Imagine se um estrangeiro se perde em uma das cidades do Brasil. Se ninguém que passar pela rua souber falar seu idioma, ele ficará sem norte”, argumenta Cristina. “Se quebrar o pé e precisar pedir ajuda, ou mesmo se não souber onde encontrar um caixa eletrônico que disponibilize saque com cartão internacional, terá para quem ligar”, completa a sócia-fundadora da Hello Universe. 

A empresa tem recebido um apoio de aproximadamente R$ 10 mil por mês e se vinculou à aceleradora de telefonia Wayra. O fomento do MCTI irá durar até agosto de 2014. Antes disso, em maio, a ideia é que cinco idiomas já estejam sendo atendidos por intérpretes espalhados por 11 capitais do Brasil, inclusive Porto Alegre. “No futuro, iremos atender em 18 idiomas”, projeta Crisitina. Para a Copa de 2014, os estrangeiros poderão conversar em inglês, espanhol, italiano, francês e alemão com os intérpretes. Outro diferencial do serviço é que um sistema monitora o tempo que o tradutor leva para atender à chamada (que será encaminhada para o seu contato pessoal, conforme cadastro e dentro de um horário que o profissional informar que estará disponível para o serviço). Também a satisfação do usuário e a eficiência do serviço serão medidas por meio de pontuações. 

“O tradutor que liderar o ranking de melhor atendimento, por consequência, também receberá mais chamadas”, especifica a empresária, lembrando que o pagamento – por comissão, de acordo com o tempo de tradução – também será agilizado. “Entrará na conta do intérprete, automaticamente, após cada serviço.” A divulgação do serviço da Hello Universe ocorrerá em pontos turísticos, como aeroportos, traslados e outros meios de transporte, casas de câmbio, consulados e embaixadas, agências de turismo, e bares e restaurantes.

Ferramenta agiliza venda de ingressos para eventos 

Embalado pelos futuros negócios vinculados ao grande fluxo de visitantes que chegam ao Brasil em 2014 para a Copa do Mundo, o serviço de compra de ingressos para eventos ganhou forma ágil na internet. Segundo André Barros Braga, fundador e diretor de marketing do portal Eventick, o diferencial do serviço será a total liberdade de gerenciamento por parte dos produtores de eventos. “Ao contrário dos outros sites, a Eventick oferece ferramenta automática para que o próprio gerente do produto faça as inscrições, os convites e as vendas de ingressos, quando houver”, explica Braga.

Além de shows, o site cobre eventos do mercado corporativo, como palestras, congressos, workshops e cursos. O lucro fica por conta de percentual, de acordo com ingressos vendidos. “Mas se o evento for gratuito, disponibilizamos a ferramenta sem ônus ao produtor”, ressalta o empresário. A empresa também foi contemplada pelo Star-Up Brasil e receberá incentivo de R$ 112,5 mil no total em um ano.

Implementado em abril de 2012, o negócio vai bem, garante Braga. Nesse período, foram emitidos 100 mil ingressos, por 1,7 mil organizadores para 2,7 mil eventos. Por enquanto, as vendas ocorrem somente no Brasil, mas Braga e os outros dois sócios pretendem expandir para a América Latina.

Linhas de crédito específicas impulsionam setor

De acordo com o Ministério do Turismo (MTur), outras formas de incentivo partem do governo federal a fim de impulsionar negócios nas áreas de hotelaria, gastronomia, transportes aéreos e agências de viagens. Em 2011, os empréstimos de bancos somaram R$ 8,6 bilhões, enquanto que, em 2012, a soma foi de R$ 11,2 bilhões. “O crescimento de financiamentos se explica pelo aumento da interlocução entre os setores público e privado do turismo, além do reconhecimento do potencial da área pelas instituições financeiras, somado a uma maior organização dos empresários para a captação de recursos”, avalia o secretário nacional de Programas de Desenvolvimento de Turismo, Fábio Mota. 
Desde 2003, o MTur articula com os bancos públicos linhas de crédito específicas para o setor, entre elas, o Programa Bndes ProCopa Turismo, destinado à reforma e construção de hotéis. Ainda integram o portfólio o Programa de Apoio ao Turismo Regional (Proatur)  e o Fundo Geral do Turismo (Fungetur). Os empréstimos são destinados a empresas aéreas, hotéis, parques, transportadores, bares, restaurantes, locadoras de automóveis e agências de turismo e podem ser concedidos por Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bndes, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia.
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