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TECNOLOGIA

- Publicada em 02 de Setembro de 2013 às 00:00

Viamão e indústria criativa são caminhos para futuro do Tecnopuc


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
É em um terreno de 15 hectares, onde antigamente funcionava um seminário, em Viamão, que o Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc) começa a construir o seu futuro.
É em um terreno de 15 hectares, onde antigamente funcionava um seminário, em Viamão, que o Parque Científico e Tecnológico da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Tecnopuc) começa a construir o seu futuro.
E foi justamente ali que a instituição resolveu comemorar os 10 anos do empreendimento, que começou a operar em 2003, em Porto Alegre, e hoje já soma 118 organizações, gerando seis mil empregos. A cerimônia reuniu empresas, representantes da universidade e autoridades e aconteceu na sexta-feira.
O pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da Pucrs, Jorge Audy, comenta que ainda há muito crescimento projetado para a unidade central, em Porto Alegre. Porém, a intenção é manter a densidade populacional atual, preservando a qualidade de vida. “Os novos projetos e instalações de empresas serão direcionados para Viamão, onde há grande espaço para expansão, especialmente para a indústria criativa”, diz.
Para atender esse desafio, o prédio do antigo seminário, de 33 mil metros quadrados, foi parcialmente modernizado. O objetivo é receber empresas e laboratórios e projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Também entrará em funcionamento uma nova subestação de energia com potência de 800kVA, cinco vezes mais eficiente que a instalada atualmente.
O diretor do Tecnopuc, Roberto Astor Moschetta, diz que a meta é criar o mesmo ambiente de desenvolvimento e inovação existente no campus central. Para que isso aconteça, será preciso criar mecanismos mobilizadores para o crescimento.
Um deles é o Centro Tecnológico Audiovisual do Rio Grande do Sul (Tecna), cuja expectativa é de que se torne um cluster gaúcho de audiovisual, movimentando toda a indústria do setor e realizando projetos de cinema e televisão, apenas para citar alguns. A iniciativa conta com a parceria da Fundacine e da Secretaria Estadual da Cultura e já está recebendo os equipamentos para a montagem de laboratórios, que devem estar prontos em no máximo um ano. “Esse será um espaço em torno do qual vão gravitar empresas de áudio, vídeo, animação e games”, comenta Moschetta. Diversos projetos já foram enviados e concorrem aos editais do governo federal e estadual. Se forem aprovados, ajudarão a movimentar o Tecna em 2014.
Se o Tecnopuc de Porto Alegre começou a sua operação com a presença de multinacionais como a HP e a Dell, em Viamão o desenvolvimento está se dando de forma um pouco diferente. “As empresas que temos aqui não são as tradicionais âncoras, mas são operações que trabalham com o estado da arte da tecnologia, com clientes expressivos e alto potencial de crescimento”, relata o gestor. São cerca de 20 players já instalados, de segmentos como saúde, petróleo e gás e informática. Isso não significa, entretanto, que o Tecnopuc não esteja negociando com gigantes para se instalarem no local.
“Com a instalação e foco da unidade do Tecnopuc Viamão, abre-se uma nova perspectiva para a indústria criativa no Estado”, afirma Cleber Prodanov, titular da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTI).

Empresas pioneiras acompanham o crescimento obtido pelo parque

Âncoras da área de Tecnologia da Informação (TI) no Tecnopuc Porto Alegre, a Dell e a HP foram as pioneiras do parque. Hoje, concentram no local os seus centros de pesquisa, desenvolvimento e serviços no Brasil.
O diretor de P&D da HP Brasil, Cirano Silveira, recorda dos primeiros momentos da parceria com a Pucrs, quando o maior desafio era construir um modelo de desenvolvimento de projetos em conjunto. Uma década depois, os projetos não param de acontecer, a área física ocupada foi ampliada, e o número de profissionais cresceu 300%. “Não só a aposta da universidade com o parque se mostrou acertada, como a da HP em se instalar aqui”, comemora.
Ao longo desse período, foram realizados projetos que chegaram ao mercado mundial, como uma solução para impressão móvel e um projeto de armazenamento e recuperação de dados de forma inteligente, usado hoje pela DreamWorks.
A unidade da Dell no Tecnopuc foi a primeira de desenvolvimento de software fora dos Estados Unidos. Focada na criação de soluções para a própria corporação, deve ampliar o seu foco em breve. “O objetivo é melhorar a nossa estrutura de P&D para poder contribuir melhor com os negócios da corporação aos seus clientes, e não apenas nos focarmos no desenvolvimento interno”, relata o CIO da América Latina da Dell, Roberto Coelho. 
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