Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Colunas#A voz do Pastor

Coluna

- Publicada em 25 de Julho de 2013 às 00:00

Administração fiel


Jornal do Comércio
O ser humano, dotado de inteligência e vontade, dispõe de muitos valores a serem administrados. Em primeiro lugar está, evidentemente, a vida. É o que cada um tem de mais precioso. Deve assumi-la e cuidar dela. Não só para guardá-la como valor inestimável, como que escondida. Cada um é desafiado a progredir, o que equivale a crescer em idade, sabedoria e estatura até chegar a sua plenitude.
O ser humano, dotado de inteligência e vontade, dispõe de muitos valores a serem administrados. Em primeiro lugar está, evidentemente, a vida. É o que cada um tem de mais precioso. Deve assumi-la e cuidar dela. Não só para guardá-la como valor inestimável, como que escondida. Cada um é desafiado a progredir, o que equivale a crescer em idade, sabedoria e estatura até chegar a sua plenitude.
Juntamente com a vida, cabe a cada um trabalhar seus bens espirituais e materiais. Há um corpo, aliás muito frágil, a ser cuidado, e uma mente a ser desenvolvida. Por isso, o primeiro e insubstituível domínio de cada um é ele mesmo. Deve tornar-se dono de si - de sua vida e de seus atos. Não pode ser escravizado, mas deve ser ajudado, segundo o princípio da subsidiariedade, para que consiga fazer bom uso de si, com todas as suas faculdades, com vistas a um fim último, que chamamos salvação.
Quem é capaz de dizer “eu” também pode dizer “meu” em relação a muitas coisas e, inclusive, a muitas pessoas. Em ambos os casos, porém, o relacionamento muda consideravelmente: um é o modo de se relacionar com bens imóveis, que se adquirem ou se vendem; outro é o modo de tratar com seres vivos em geral, plantas e animais, e outro com pessoas. Distingue-se o “meu” em relação a pais, irmãos, parentes, amigos, súditos, superiores, concidadãos, do relacionamento com as coisas. Cada pessoa tem seus relacionamentos, que deve aperfeiçoar e estender.
Isso significa ser administrador. A Igreja ensina que não somos proprietários no sentido estrito, mas administradores das coisas e das pessoas, que nos foram confiadas por Deus. Administrar não significa, pois, dominar. É pôr a serviço. Cada um deverá prestar contas a Deus de sua administração, inclusive dos bens que, por assim dizer, conquistou e recebeu em pagamento de serviços. Do administrador, se espera que seja fiel.
O problema não é tanto em como se adquire bens, mas o que cada um faz com os bens e relacionamentos de que dispõe. Quanto mais alguém tem autoridade em relação a outros e quanto mais possui bens materiais, maior é sua responsabilidade diante de sua consciência e diante de Deus. Não deverá responder apenas diante de si, mas deve prestar contas diante de Deus e dos outros: do dinheiro que recebe e das pessoas sobre as quais tem ascendência. Não basta justificar os ganhos como honestos; é preciso  também ser fiel na sua administração. Sobre toda propriedade pesa uma hipoteca social.
Quando se publicam salários de pessoas que vivem do imposto dos cidadãos, não basta tomar conhecimento do seu recebimento justo ou injusto, proporcional à média dos cidadãos ou exorbitante, mas também o que os agraciados fazem com estes ganhos. Obtendo-os da sociedade, devem a ela prestar contas. Se não o fizerem em tempo oportuno à sociedade, no dia final o farão diante de Deus e de todos os santos. Por isso, mais importante que receber bens e autoridade é fazer bom uso, com uma administração sábia dos bens e pessoas que  foram confiados aos seus cuidados.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO