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MEIO AMBIENTE

- Publicada em 23 de Julho de 2013 às 00:00

Curta vida útil de eletrônicos aumenta a produção de resíduos


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Teve início ontem, em Porto Alegre, o 4º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos (FIRS), promovido pelo Instituto Venturi para Estudos Ambientais e pela Universidade de Brasília, por meio do Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade. No primeiro dia do evento, os palestrantes discutiram, no Ministério Público do Estado, questões jurídicas que envolvem a Política Nacional de Resíduos Sólidos e os entraves atuais que emperram a sua eficácia. Lucia Helena Xavier, professora e pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, tratou da obsolescência programada dos aparelhos eletrônicos, que aumenta consideravelmente a quantidade de resíduos.
Teve início ontem, em Porto Alegre, o 4º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos (FIRS), promovido pelo Instituto Venturi para Estudos Ambientais e pela Universidade de Brasília, por meio do Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade. No primeiro dia do evento, os palestrantes discutiram, no Ministério Público do Estado, questões jurídicas que envolvem a Política Nacional de Resíduos Sólidos e os entraves atuais que emperram a sua eficácia. Lucia Helena Xavier, professora e pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco, tratou da obsolescência programada dos aparelhos eletrônicos, que aumenta consideravelmente a quantidade de resíduos.
De acordo com ela, a indústria tem programado a vida útil dos produtos, encurtando o ciclo de funcionamento e, consequentemente, tendo mais lucro. “Antigamente, uma geladeira durava 50 anos. Hoje, a duração diminuiu consideravelmente. Assim, as pessoas acabam precisando comprar outra em poucos anos”, explica. Segundo Lucia Helena, a obsolescência cria outro tipo de problema, que é a grande retenção de utensílios nas residências. Atualmente, já existem computadores e outros eletrônicos que permitem a troca de pequenas peças que ampliam a sua capacidade, sem a necessidade de descartá-los. Outro produto interessante, de acordo com a pesquisadora, é o Bloom Laptop. Desenvolvido por estudantes de Stanford, na Califórnia, ele pode ser desmontado pelo próprio usuário, para facilitar a reciclagem dos componentes. Entretanto, ainda são poucos os exemplos de produção consciente.
A professora relata que o Brasil já moveu dois processos contra a Apple devido a essa questão. No início do ano, um grupo de juízes entrou com uma ação coletiva contra a empresa devido ao fim prematuro do IPad 3. Apenas sete meses após seu lançamento, a Apple lançou o Ipad 4. Conforme os magistrados, o novo equipamento não trouxe uma evolução tecnológica efetiva em relação ao antecessor. O processo teve como motivação a prática desleal contra os consumidores. Porém, se observado no âmbito do meio ambiente, uma grande quantidade de aparelhos ficou sem uso e acabou virando lixo.
“A obsolescência programada tem como aspectos negativos o estímulo ao consumismo, o aumento do volume e da diversidade de resíduos, a redução da vida útil dos aterros e o aumento do consumo de insumos”, ressalta. Por outro lado, ela considera que existem pontos positivos, como o aumento da venda e do lucro, a redução do custo de produção, a padronização dos produtos e o estímulo à reciclagem.
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