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TECNOLOGIA

- Publicada em 17 de Julho de 2013 às 00:00

Tecnopuc chega aos 10 anos com foco na expansão


GILSON OLIVEIRA/PUCRS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Já têm destino certo os investimentos que serão feitos nos próximos anos na ampliação do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs): Viamão.
Já têm destino certo os investimentos que serão feitos nos próximos anos na ampliação do Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs): Viamão.
A unidade é considerada estratégica para o futuro do parque. E, simbolicamente, foi escolhida para sediar as comemorações, no dia 30 de agosto, dos 10 anos do empreendimento.
As perspectivas quanto ao desenvolvimento de novos negócios e projetos inovadores são positivas. São 15 hectares à disposição para novos empreendimentos. Há cerca de cinco anos, funciona no local uma operação da Incubadora Raiar. Além disso, foi instalado e está sendo preparado o Tecna, uma infraestrutura para atender às iniciativas nas áreas de cinema, vídeo, animação e games voltados à indústria criativa.
Sobre o perfil dos projetos para o município gaúcho, o diretor do Tecnopuc, Roberto Astor Moschetta, diz que a meta é trabalhar com um mix que envolva as áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC); energia e meio ambiente; ciências da saúde e indústria criativa. “Estamos tentando construir clusters de empreendimentos que se vinculem a esses vetores. Pode ser uma grande operação ou a conjugação de empresas nesse setor que gere lá um embrião de desenvolvimento”, relata.
Não é difícil entender os planos da universidade para a cidade da Região Metropolitana. No Tecnopuc de Porto Alegre, situado junto ao campus da instituição de ensino, resta pouco espaço para a construção de novos prédios. A área de 5,4 hectares abriga 73 empresas, entre incubadas, players nacionais e multinacionais. A HP, por exemplo, iniciou com 120 pessoas e hoje tem cerca de 700 colaboradores. O mesmo vale para a Dell, que começou com um time de 24 funcionários e agora ultrapassa a marca de mil.
O foco na ampliação em Viamão, entretanto, não significa menor atenção para a unidade de Porto Alegre. Muito pelo contrário. Neste exato momento, são 11 mil m2 em obras iniciadas, de investimentos e editais previstos nos anos anteriores. São projetos como a expansão da área da Incubadora Raiar e do Centro de Excelência em Pesquisa e Inovação em Petróleo, Recursos Minerais e Armazenamento de Carbono (Cepac), da Petrobras, que passará a ter 7 mil m2.
Outra novidade é o prédio Global Tecnopuc, que, entre julho e agosto, começará a ser construído e deverá estar finalizado em até um ano e três meses. A ideia ali é criar espaços de interação em um ambiente organizado de acordo com cada projeto. “É uma estrutura não convencional, para favorecer o processo criativo de desenvolvimento de produtos inovadores”, relata Moschetta.
A expectativa é atrair, em um primeiro momento, projetos de companhias localizadas no próprio parque, apesar de isso não ser regra. No entorno, serão oferecidos serviços que possam ajudar os empreendedores, como agentes de fomento ou parceiros tecnológicos.
Em investimentos, o que está sendo executado agora na operação da capital gaúcha envolve
R$ 26 milhões, mais R$ 4 milhões no parque de Viamão. Desse total, cerca de R$ 8 milhões são recursos da Pucrs e os R$ 22 milhões restantes dos governos estadual e federal, Petrobras e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Isso sem contar os investimentos das próprias empresas.
“Com isso, o Tecnopuc central atinge a sua consolidação. São dezenas de operações e milhares de profissionais transitando todos os dias em um ambiente no qual conseguimos manter áreas verdes e uma boa qualidade de vida”, comenta o professor e pró-reitor de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento da Pucrs, Jorge Audy.
Isso inevitavelmente se perderia caso novas operações continuassem se instalando no local. A universidade, porém, ainda guarda uma carta na manga para o futuro. “Temos uma reserva técnica, uma área onde poderá ser construído um prédio no futuro caso seja necessário”, diz.

Internacionalização de empresas está entre os projetos prioritários para os próximos anos

Internacionalização de empresas está entre os projetos prioritários para os próximos anos
A internacionalização do Tecnopuc é outra prioridade para os próximos anos. A universidade aposta em programas especiais, como o Softlanding, que visa a criar condições para que empresas façam uma aterrissagem mais suave quando resolverem se aventurar em mercados globais.
O diretor do Tecnopuc, Roberto Astor Moschetta, explica que já existem 20 parques credenciados, especialmente da Europa e Ásia. A perspectiva é de que uma empresa do Tecnopuc que resolva ir para um parque tecnológico internacional parceiro receba a mesma oferta de serviços que um empreendedor internacional receberá quando vier para cá. Os benefícios podem ir desde apoio na parte de contabilidade e avaliação de mercado até a busca de residência para os executivos.
O Tecnopuc tem dois exemplos práticos dessa iniciativa: a Pandorga, que há algum tempo está realizando um trabalho em Londres, junto à UKTI, e a FK Biotech, que está ultimando os detalhes para se instalar temporariamente em um parque tecnológico do Canadá.
O propósito, segundo Moschetta, não é apenas as empresas se instalarem em outros países e, sim, encontrar parceiros que lhes permitam explorar o mercado global. “Queremos apoiar os empreendimentos brasileiros para que tenham potencialidade de desenvolvimento mundial, a exemplo das famosas startups que se tornaram grandes negócios no mundo, como o Facebook”, relata.

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