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HISTÓRIAS DO COMÉRCIO E DOS SERVIÇOS

- Publicada em 08 de Julho de 2013 às 00:00

Pioner é destaque no setor ótico e de joias de Caxias do Sul


DAIANE DE TONI/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Por quatro anos, de 1966 a 1970, Ivo Pioner dedicou a média de 18 horas por dia para dar conta das duas atividades profissionais que tinha. À noite, era funcionário da Madezorzi, então uma das maiores empresas do setor madeireiro do País e, durante o dia, tocava o negócio de conserto de relógios que montara em sua residência, depois de ter feito curso com o professor alemão Theobaldo Trapp.
Por quatro anos, de 1966 a 1970, Ivo Pioner dedicou a média de 18 horas por dia para dar conta das duas atividades profissionais que tinha. À noite, era funcionário da Madezorzi, então uma das maiores empresas do setor madeireiro do País e, durante o dia, tocava o negócio de conserto de relógios que montara em sua residência, depois de ter feito curso com o professor alemão Theobaldo Trapp.
Foi assim que ele deu início à Pioner Joalheria e Ótica, hoje com cinco pontos de venda em Caxias do Sul, e empregando 30 funcionários. “Foi um período difícil e cansativo, porque me deslocava frequentemente a Porto Alegre na busca de peças para o conserto dos relógios”, recorda o empresário de 71 anos, casado com Claire Basso Pioner e pai de Ivonei, Ivandro e Elisete, com quem hoje divide a administração da empresa.
O negócio foi montado em função do interesse de Ivo Pioner por relógios e cresceu a partir dos colegas da Madezorzi, que faziam pedidos de consertos. Na sequência, sugeriram que ele passasse a vender relógios, o que lhe exigiu maior dedicação. Decidiu, então, investir na atividade. Pediu demissão da Madezorzi, situação que surpreendeu a todos, porque a empresa era uma das que mais atraíam o interesse dos trabalhadores. “Alguns me chamaram de louco. Mas hoje reconhecem que fiz a coisa certa. E minha esposa apoiou a decisão desde o início”, salienta.
Com o negócio de relógios em expansão, Pioner percebeu que podia agregar novos produtos e passou a vender joias. Surgiu, então, a necessidade de ampliar o espaço, até então limitado a uma sala na sua moradia. Em 1972 abriu a primeira loja fora da residência e contratou dois funcionários. O passo seguinte foi investir na sede própria, o que fez a partir da aquisição do terreno, na BR-116, no bairro Sagrada Família. Ali ergueu prédio que ainda abriga a matriz no térreo e, na parte superior, montou a residência. As novas instalações foram apresentadas aos clientes em 19 de agosto de 1977.
Desde então, a Pioner convive com ritmo forte de crescimento, acompanhado de perto pelos atuais gestores que desde a infância trabalham na empresa. Inicialmente como aprendizes, no turno contrário às aulas. Na sequência, foram efetivados, mas cumprindo horários e obrigações como todos os demais funcionários.
“Tínhamos responsabilidade como qualquer outro empregado. E até mesmo desconto de salário quando não cumpríamos todos os horários”, recorda o filho Ivandro, hoje gerente financeiro da empresa. Elisete, atual gerente administrativa, foi a primeira a ser efetivada, em 1980. Ivandro e Ivonei, agora gerente comercial, tiveram a efetivação em 1983. “Sempre trabalhamos, mas também sempre estudamos. Era regra”, recorda Elisete.

Mais lojas e tecnologia

O processo de expansão da Pioner se consolidou em 1996, com a inauguração da primeira filial, no bairro Rio Branco. A segunda loja, na área central da cidade, foi inaugurada em 1999. Em 2010, a empresa resolveu investir no Estação São Pelegrino Shopping por meio de uma loja conceito premium e, no ano passado, abriu sua quarta filial na avenida Júlio de Castilhos.
O aumento no número de lojas veio acompanhado por decisão estratégica de também investir fortemente em tecnologia de alto nível. Atualmente, de acordo com os sócios, a empresa oferece o que há de mais moderno em produção de lentes. A mais recente aquisição é um equipamento 4D, apresentado no início do ano em feiras de São Paulo. O fundador Ivo Pioner lembra que a empresa foi a primeira na cidade a ter um equipamento computadorizado para recorte de lentes. “Na época, a gente vendia 20 unidades por mês e a máquina tinha capacidade para processar 80 por dia.
Outra preocupação da empresa é ter pessoal qualificado e capacitado para atender a clientes nessa área. Ivonei Pioner destaca que, atualmente, a cidade tem 12 técnicos óticos e, destes, seis atuam na Pioner, dentre eles os atuais sócios. “Temos a preocupação de vender uma solução visual e não apenas aviar a receita”, salienta. Ivandro acrescenta que a empresa tem condições de manufaturar lentes personalizadas, que se ajustam à rotina do cliente.
A sucessão da primeira para a segunda geração foi feita de forma gradual, ao longo dos últimos anos. O próximo passo, já em discussão, é o futuro da empresa. Ivandro destaca que uma prioridade é a profissionalização dos gestores para que os sócios reduzam as atividades operacionais e se foquem nas estratégias.
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