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gestão

- Publicada em 17 de Junho de 2013 às 00:00

Empreendedores ocupam espaços de coworking


JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
Foi-se o tempo que empreendedores em início de jornada precisavam montar o próprio escritório em casa isolando-se em um home office sem contato com outras pessoas. Grandes empresas da área de tecnologia, como a Microsoft, Apple e o Google, surgiram nas garagens das casas de empreendedores que sonhavam com um grandioso futuro, o qual foi transformado em realidade. Nos últimos anos, cresceu a tendência dos coworking, espaços empresariais divididos por profissionais de diversas áreas que compartilham recursos e experiências.

Foi-se o tempo que empreendedores em início de jornada precisavam montar o próprio escritório em casa isolando-se em um home office sem contato com outras pessoas. Grandes empresas da área de tecnologia, como a Microsoft, Apple e o Google, surgiram nas garagens das casas de empreendedores que sonhavam com um grandioso futuro, o qual foi transformado em realidade. Nos últimos anos, cresceu a tendência dos coworking, espaços empresariais divididos por profissionais de diversas áreas que compartilham recursos e experiências.

O conceito surgiu em 2005, quando Brad Neuberg criou em São Francisco, nos Estados Unidos, um espaço de trabalho dividido por empreendedores da área de tecnologia. No Brasil, conforme estatística da Global Coworking Census, em pesquisa realizada pela Deskwanted, são pelo menos 95 espaços de coworking em um universo de 2.498 espaços em todo o mundo (o Brasil ocupa o sétimo lugar, atrás de Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Japão e França). Em 2008, quando surgiu a tendência no País, eram apenas dois. Na Região Metropolitana de Porto Alegre, pelo menos oito locais oferecem esse tipo de serviço para profissionais liberais e empreendedores. Só para se ter uma ideia, países como Uruguai e Venezuela, de acordo com o levantamento da Deskwanted, possuem apenas um espaço de coworking.

Nesses espaços, os interessados encontram itens como caixa postal, sala de reuniões e redes de internet. Também, em alguns pontos, desfrutam de comodidades como café gratuito, cozinhas coletivas e espaços para o lazer. Conforme o fundador e diretor do Nós Coworking, localizado no Shopping Total, Walker Massa, os principais usuários desse modelo de escritório são startups e empreendedores sociais, que entendem como fundamental o trabalho de forma coletiva. “Temos um grupo bem pluralizado, mas os maiores usuários são das áreas de tecnologia, comunicação e design. Mas temos também engenheiros e consultores, um público bem diversificado. Quanto mais diversificado, mais rico em ideias”, comenta.

Essa troca de experiências atraiu a coach de carreira Eloisa Fagundes a utilizar o espaço para a prestação de serviços de consultoria. Além de já ter captado um novo cliente no coworking, outras pessoas atendidas pela profissional começaram a utilizar a infraestrutura para iniciar novos negócios. “Eu penso que o profissional tem a necessidade da troca. Uma vez que trabalho sozinha com consultoria de coaching, acabo ficando muito isolada, somente com o trabalho para os meus clientes e profissionais da minha área. Por outro lado, o custo é baixo e efetuamos o pagamento só quando utilizamos o espaço, pois muitas vezes presto serviços para outros escritórios. E isso me traz uma otimização de valores”, revela Eloisa.

Iniciativa possibilita troca de experiência entre profissionais 

Em busca da troca de ideias e de inspirações, os fundadores da Studio Sapiens, agência de design, trocaram o isolamento do home office e o contato virtual entre os sócios pela praticidade do coworking. “Acreditamos que no coworking temos um networking maior, no qual trabalhamos com outras pessoas e temos ideias inspiradoras. O objetivo era não ficarmos fechados em uma sala, isolados do que está acontecendo, por isso escolhemos um ambiente mais colaborativo”, afirma Melise Flores, uma das quatro integrantes da equipe. A menos de um mês no espaço do Nós Coworking, as designers estão começando a conhecer novos parceiros. “Como trabalhamos com design, criação e inovação, é importante essa troca com pessoas que fazem de tudo. A troca é que agrega ao nosso trabalho. Cada semana viemos e ocupamos um espaço diferente para conhecer pessoas diferentes. Isso ajuda na interação”, reforça Ana Paula Sampaio, também da Studio Sapiens.

Essa troca de experiências e a possibilidade de fazer novos negócios são destacadas por Walker Massa, fundador e diretor do Nós Coworking, como um dos pontos fortes na procura pelo espaço. “No coworking temos o compartilhamento dos espaços e não o compartimento de espaços. O que procuramos fazer com o usuário dos nossos espaços é entender o que ele precisa e reunir outras pessoas que podem precisar do que ele tem e podem também utilizar os serviços deles, criando essa interação entre eles.” 

A economia de custos também é destacada pelo fundador do Nós Coworking como um fator de atração dos novos empreendedores para utilizarem os espaços, pois não precisam gastar no aluguel de um imóvel, na compra de móveis e na instalação de infraestrutura de um escritório. “Todos os gastos em um investimento inicial não existem. O valor que se paga para utilizar um coworking comparado com uma sala é em torno de 20% menor, em média. Só isso seria importante. No caso de um home office, o preço que se paga por não ter conexões para o negócio é muito alto”, reforça Massa.

Para o consultor de educação empreendedora e sócio da Semente Negócios, empresa que auxilia no desenvolvimento de novas iniciativas, Bruno Peroni, os espaços de coworking são uma boa alternativa para quem quer empreender e criar uma rede de relacionamentos com outros profissionais. “Nesses espaços o profissional pode trocar experiências com outras pessoas. A vida de um empreendedor muitas vezes é solitária e a ideia de dividir esses espaços também ajuda a encontrar pessoas com as mesmas necessidades”, afirma.

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