O Parque Tecnológico de São Leopoldo (Tecnosinos) abriga 75 empresas, das quais 30 incubadas. Até 2019, a meta é chegar a 200. Atualmente, o parque é responsável por um faturamento de mais U$ 1 bilhão por ano e pelo emprego de mais de quatro mil funcionários, dos quais 50% possui Nível Superior.
Em breve, o Tecnosinos receberá um reforço de peso. Até setembro, a coreana HT Micron deve ter concluído a sua instalação. A única encapisuladora de chips da América Latina empregará entre 400 e 500 funcionários. Quantos às incubadas, hoje, não há espaço para novas empresas. Segundo a gerente de projetos do Tecnosinos, Sandra Schafer, que participou ontem do Debates FEE na Capital, existe, inclusive, uma lista de espera. Mas o cenário deve mudar. Ainda em 2013, será entregue o prédio de quatro andares, possibilitando mais 30 vagas.
Cerca de 70% dos empreendimentos instalados no Tecnosinos têm relação com tecnologia da informação (TI). O Parque abrange áreas como automoção e engenharia, novas energias, e ciências da vida, com foco no estudo de alimentos para melhorar o metabolismo e prevenir doenças. A gestão é compartilhada entre Unisinos, prefeitura de São Leopoldo e empresas.
Sandra cita como momento marcante a atração da empresa alemã SAP, em 2009. Com 500 funcionários, os sistemas de gestão desenvolvidos pela companhia são utilizados por marcas como Coca-Cola e Gerdau. “O número de empresas cresceu muito após a instalação da SAP”, lembra.
Para as empresas incubadoras, as vantagens de integrar o Tecnosinos, de acordo com Sandra, são a redução dos custos, ter mais credibilidade, contar com assessoria em gestão e com a infraestrutura do parque. As áreas destinadas a elas possuem áreas de 25 m2 ou 50 m2.
Uma das ações desenvolvidas pelo Tecnosinos diz respeito à qualificação dos gestores. Com esse objetivo, o programa Talentos Tecnosinos foca a questão do empreendedorismo. “Muitos sabem desenvolver, mas não sabem ser um empreendedor. Não basta ter um bom produto. O ideal é que todos consigam compreender que no empreendedorismo existe uma parte administrativa”, frisa. A mão de obra qualificada é outro problema. “Permanentemente, temos 200 vagas abertas no parque”, resume.