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Histórias do Comércio e dos Serviços

- Publicada em 25 de Março de 2013 às 00:00

Maomé se reinventa conforme demanda dos clientes


MARCO QUINTANA/JC
Jornal do Comércio
Mármores, granitos, móveis antigos e ambrosia. Tudo no mesmo lugar, perpetuando a  história da Maomé, que se iniciou em 1977, mas que só oito anos depois se assumiria exclusivamente como confeitaria. Nem por isso o negócio deixou de se reinventar e, ao longo do tempo, adicionou outros atrativos, como cafeteria, restaurante, sorveteria e passou a organizar eventos corporativos.
Mármores, granitos, móveis antigos e ambrosia. Tudo no mesmo lugar, perpetuando a  história da Maomé, que se iniciou em 1977, mas que só oito anos depois se assumiria exclusivamente como confeitaria. Nem por isso o negócio deixou de se reinventar e, ao longo do tempo, adicionou outros atrativos, como cafeteria, restaurante, sorveteria e passou a organizar eventos corporativos.
Além disso, os doces também ganharam a companhia dos salgados. Transformações que continuam ocorrendo no ponto comercial onde a trajetória começou, localizado próximo ao Parque Farroupilha, a popular Redenção.
“Sempre tentamos escutar o que o cliente está demandando e procuramos nos reinventar. O próprio Bom Fim (bairro onde fica a confeitaria) foi se modificando ao longo desse tempo”, resume Antônio Harb, diretor comercial da Confeitaria Maomé. Antônio é um dos cinco filhos do fundador da empresa, o descendente de libaneses Mohamad Harb, falecido em 2000. Nos anos 1940, Mohamad começou a atuar no ramo da alimentação em Cruz Alta, como dono da Bomboniere Wortmann. Pelo fato de ter um nome de origem árabe, todo mundo da cidade se referia ao local como o café do seu Maomé. Paralelamente, ele desenvolvia atividades no mercado imobiliário, como a comercialização de prédios.
Nesse meio tempo, Mohamad conheceu Therezinha Cauduro, com quem se casou. Dona Therezinha, como é chamada, era - e continua sendo - uma doceira de mão cheia e foi fundamental para os rumos do negócio em Porto Alegre, no final dos anos 1970. Ela se responsabilizou por arquitetar e desenvolver boa parte dos quitutes vendidos pelo local. “Era bastante trabalhoso. À noite eu idealizava como seria o doce, qual consistência ele teria e que nome seria colocado nele. Daí, durante o dia, eu o fazia”, recorda a matriarca.
O primeiro doce a ser vendido na Maomé foi a ambrosia. Dona Therezinha fabricou três quilos da iguaria e entregou-os ao marido e a um de seus filhos para que fossem comercializados. Pouco tempo depois, devido à elevada procura, a produção chegava a 6,5 mil quilos mensais.
Nos primórdios, os fiéis que iam à igreja Santa Terezinha, situada ao lado da Maomé, tornaram-se clientes assíduos. “Eu fazia um doce tipo schmier de banana que tinha um perfume inigualável que saía pela janela. Então, quando acabava a missa, as pessoas vinham para cá”, lembra dona Therezinha. Depois, com a criação do brique da Redenção, em 1978, o público começou a aumentar cada vez mais.
Em 1980, com o objetivo de se focar em seus negócios na construção civil, Mohamad passou a administração da Maomé para os cinco filhos e a esposa. Hoje, Antônio, Therezinha e Paulo Ricardo, o funcionário mais antigo da empresa, são os sócios. Durante essas décadas, a Maomé chegou a ter outras cinco lojas, além da filial, entre 1991 e 2001. Porém, desde então, a companhia decidiu centrar as atenções apenas à matriz. “O mercado acabou aceitando bem essa decisão”, menciona Antônio.
Os números comprovam o bom momento da companhia. Por dia, de 300 a 400 pessoas passam pela Maomé. Nos finais de semana, essa quantidade se eleva de forma significativa. Ao todo, são mais de 500 produtos próprios no portfólio, além de itens deliciosos comprados de fornecedores.

Produção caseira é um diferencial que permanece

Dona Therezinha é a responsável pelos famosos doces da confeitaria.
MARCO QUINTANA/JC
Em tempos em que alimentos industrializados ganham cada vez mais espaço, a Maomé continua apostando na fabricação caseira de seus doces e salgados. Na cozinha, é possível ver os funcionários manuseando a massa e os ingredientes espalhados um a um em cima da mesa. Tudo sob a supervisão de dona Therezinha. Aos 84 anos, ela se afastou da rotina da produção, mas não totalmente. “Lido mais com os fornecedores, mas sigo supervisionando tudo diariamente”, diz.
Com essa tática, até hoje os doces mais antigos do catálogo continuam sendo fabricados, alguns deles difíceis de serem encontrados no mercado, casos dos doces de batata, de abóbora e, claro, da ambrosia. Nem por isso a produção deixou de se atualizar. No mesmo espaço também é possível saborear um cupcake, brownie, cheesecake ou marzipan, por exemplo.
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