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SISTEMA FINANCEIRO

- Publicada em 26 de Fevereiro de 2013 às 00:00

Agiplan aguarda aval para oferecer conta-corrente


FREDY VIEIRA/JC
Jornal do Comércio
A financeira Agiplan apresentou ao Banco Central, no início do ano, um pedido de autorização para atuar como banco e oferecer uma conta-corrente popular (sem cobrança de taxas) a seus clientes. A informação foi dada ontem pelo presidente-executivo e acionista majoritário da instituição, Marciano Testa, que não apontou prazo para que o órgão regulador se pronuncie.
A financeira Agiplan apresentou ao Banco Central, no início do ano, um pedido de autorização para atuar como banco e oferecer uma conta-corrente popular (sem cobrança de taxas) a seus clientes. A informação foi dada ontem pelo presidente-executivo e acionista majoritário da instituição, Marciano Testa, que não apontou prazo para que o órgão regulador se pronuncie.
“Estamos prontos para atuar como banco. Ao longo dos últimos cinco anos, preparamos internamente a Agiplan em termos de infraestrutura, controladoria e compliance. Nossa classificação atual, CFI, nos permite ofertar crédito, financiamentos e investimentos, mas não a conta-corrente, que virá como mais um produto. Mas nosso desafio de ser a instituição financeira da inclusão permanecerá inalterado, já que atuamos com foco no público não bancarizado”, disse ele.
Segundo Testa, a Agiplan tem mais de um milhão de clientes ativos, em todos os estados brasileiros e, nesse ano, fará um investimento de R$ 6 milhões na abertura de novas lojas, na renovação dos 100 pontos de atendimento atuais e em uma campanha publicitária de alcance nacional. O objetivo é alavancar em 40% a concessão de crédito ao longo de 2013 e abrir mais 100 lojas de atendimento - 30% delas serão operações próprias, e o restante, de correspondentes.
A campanha publicitária, que inclui inserções de 30 segundos e merchandising em três redes de televisão e a veiculação de jingle em emissoras de rádio de todas as cidades onde a financeira opera (atualmente são 45 municípios, de todas as regiões), tem como conceito a frase “A gente sabe como é” e carrega o slogan “Agiplan. Conta com a gente”.
O executivo disse, ainda, que a grande aposta comercial é o cartão de crédito, concedido mesmo que o cliente não tenha renda comprovada. O produto, que está no mercado há um ano e meio, recentemente passou a ser aceito pela rede de captura Cielo. “Já foram emitidos 150 mil cartões. Queremos chegar ao final do ano com 200 mil e terminar 2014 com 500 mil unidades”, projetou Testa.
A Agiplan (que é composta por sete empresas que operam crédito, seguros, consórcios e investimentos) estima que 80% de seus clientes pertençam às classes C e D e que o crescimento dessa base se dá nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, embora o maior número de clientes ativos ainda está na região Sul. “Nossa preocupação sempre foi criar uma estrutura robusta. Temos uma capacidade de originar crédito de R$ 250 milhões ao mês. Por isso, há alguns anos, fomos convidados a atuar como parceiros na distribuição do crédito consignado do Bradesco”, disse.
Nos números apresentados pela Agiplan, a carteira de crédito Profit Share Bradesco saltou de R$ 310 milhões, em 2010, para R$ 1,95 bilhão, em 2012, e tem a projeção de encerrar 2013 com R$ 2,8 bilhões. Já a carteira de crédito própria, que começou a ser operada em 2011 (quando fechou o ano com R$ 53,8 milhões) deve encerrar 2013 com R$ 200 milhões. “O patrimônio líquido (que, em 2011, era de R$ 34,85 milhões) encerrou 2012 com R$ 59,5 milhões devido à nossa política de reinvestimento e ao aporte de R$ 10 milhões. Nossa projeção para 2013 é que, mantendo a política de reinvestir e melhorando a eficiência, chegaremos a R$ 80 milhões”, assegurou Testa. A receita bruta da empresa, que em 2011 foi de R$ 174 milhões, fechou 2012 em R$ 310,6 milhões.
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