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INDÚSTRIA

- Publicada em 11 de Janeiro de 2013 às 00:00

Falta de mão de obra afeta Celulose Riograndense


CELULOSE RIOGRANDENSE/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
A luz amarela acendeu no complexo da Celulose Riograndense. Prestes a acionar as obras de ampliação com custo de quase R$ 5 bilhões e que triplicará a capacidade de produção, maior investimento privado das últimas décadas no Estado, os responsáveis pelo projeto da unidade, pertencente à chilena CMPC, apontam a falta de alunos nos cursos de construção civil, alta evasão e problemas na execução do treinamento como graves entraves à intenção de preencher boa parte dos empregos a serem gerados com trabalhadores locais. Somente os prestadores subcontratados deverão abrir 7 mil vagas até 2014, quando a ampliação será concluída.
A luz amarela acendeu no complexo da Celulose Riograndense. Prestes a acionar as obras de ampliação com custo de quase R$ 5 bilhões e que triplicará a capacidade de produção, maior investimento privado das últimas décadas no Estado, os responsáveis pelo projeto da unidade, pertencente à chilena CMPC, apontam a falta de alunos nos cursos de construção civil, alta evasão e problemas na execução do treinamento como graves entraves à intenção de preencher boa parte dos empregos a serem gerados com trabalhadores locais. Somente os prestadores subcontratados deverão abrir 7 mil vagas até 2014, quando a ampliação será concluída.
Da meta de formar 3,6 mil trabalhadores na construção civil, menos de 500 estão em treinamento. A empresa quer maior agilidade e aplicação do governo estadual e de cerca de dez municípios da zona de influência do empreendimento para captar alunos, entre beneficiários do Bolsa Família. O coordenador da central de serviços da Celulose e que monitora o programa de formação, Claudio Ayres Moura, pretende cobrar da direção do Serviço Nacional de Aprendizagem do Estado (Senai-RS), em reunião nesta sexta-feira, em Porto Alegre, garantias para execução das metas de formação. Dentro da companhia, aumentam os gastos para apoiar a formação, desde a divulgação até a estrutura para fazer os cursos. Moura diz que o orçamento de R$ 3 milhões pulará para R$ 4,5 milhões.
“Vamos tratar para que a coisa (treinamento) aconteça. Queremos plano de negócio, com cronograma e responsável pela execução”, adianta Moura, que estima em 300 trabalhadores atuando na planta até o próximo mês. Em abril e maio, o exército na obra somará 1,2 mil e crescerá mês a mês. Moura critica a didática usada e despreparo de instrutores, além da falta de material, como cimento e areia, que teria sido registrada em algumas aulas em Guaíba. A evasão seria de 30%, atribuída, pelo coordenador da central de serviços da celulose, principalmente à desmotivação dos alunos. A empresa está levando turmas até a sede para ambientar os candidatos ao trabalho e gerar maior interesse.
No encontro, estarão a direção do Senai-RS e um representante do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Estado (Sinduscon-RS). O diretor-superintendente da instituição de formação, José Zortéa, culpa a carência de ocupantes de vagas pela demora. Segundo Zortéa, a primeira fase de treinamento teria quase 1,5 mil vagas, mas até agora menos de 500 estão em sala de aula. “Se demora, a culpa é de quem? Temos 1.453 vagas abertas e só 459 inscritos. O problema de trazer alunos não é do Senai”, defende-se Zortéa, alegando ser pontual eventual falta de material. “Pode ter ocorrido em um ou em  outro momento, de não chegar no dia.” Sobre instrutores, o diretor-superintendente atribui à grande demanda de formação profissional maior disponibilidade, mas que não haveria problema. “Disse que tinha competência para abrir vagas. Se o governo tiver alunos, abrimos turmas imediatamente”, completa o gestor, citando que o sistema formou 24 mil pelo programa federal Pronatec em 2012 e prometeu treinar outros 50 mil este ano.
O complexo deve gerar cerca de 7 mil postos diretos no pico da implantação, daqui a 12 meses. Serão 4 mil na construção e 3 mil em montagens eletromecânicas. A expectativa da companhia seria treinar 6 mil pessoas (3,6 mil em funções como pedreiro, carpinteiro e armador e 2,4 mil em áreas como soldador, torneiro e eletricista). O custeio vem do Pronatec. “Nosso problema é candidato, o resto é fácil”, diz um dos vice-presidentes do Sinduscon-RS, José Paulo Grings. Na terça-feira da próxima semana, o encontro do grupo criado pelo governo estadual tratará das medidas para vencer as dificuldades. A coordenadora-executiva do Pacto Gaúcho pela Educação, Maria Inês Zulke, admite as deficiências, reconhece o empenho do Senai-RS, mas espera maior articulação entre todos os responsáveis. “O projeto é grande e o tempo curto. Cada um terá de fazer a sua parte”, ressalta Maria Inês.
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