Baseada em tendências do mercado e nas tecnologias emergentes dos laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da IBM em todo o mundo, a multinacional elencou as inovações que vão transformar a vida das pessoas nos próximos cinco anos. A 7ª edição do IBM 5 em 5 explora novidades que formarão a base da próxima era da computação, que a IBM descreve como a “era dos sistemas cognitivos”. As previsões deste ano se concentram na capacidade dos computadores de imitar os sentidos humanos. “Assim como o cérebro humano depende do uso de múltiplos sentidos para interagir com o mundo, ao juntar combinações desses avanços, os sistemas cognitivos oferecerão valor e conhecimento ainda maiores”, explica o cientista-chefe da IBM Brasil, Fabio Gandour.
Comprando através do toque
Em cinco anos, segmentos como o de varejo serão transformados pela capacidade de “tocar” um produto através do seu dispositivo móvel. Cientistas da IBM estão desenvolvendo aplicativos que utilizam tecnologias sensíveis hápticas (relativas ao toque), de infravermelho e pressão para simular o toque. Com isso, quando uma pessoa passar o dedo pela imagem de um item como um vestido, por exemplo, na tela de um smartphone ou tablet, conseguirá sentir a textura e outras características sensíveis ao toque. Para que isso seja possível, o sistema usa as capacidades de vibração do telefone. Cada objeto terá um conjunto único de padrões de vibração que representam a experiência do toque: curtos e rápidos, ou sequências mais fortes de vibrações.
Um pixel equivalerá a milhares de palavras
Hoje os computadores entendem as imagens apenas através dos textos que são usados em tags ou títulos. O conteúdo efetivo de uma foto ainda é um mistério para essas máquinas. Mas não por muito tempo. A tecnologia está evoluindo, e a estimativa é de que os sistemas conseguirão enxergar e reconhecer o conteúdo de imagens e dados visuais. Mais do que isso, poderão transformar os pixels em significado, sendo capazes de entendê-los de forma similar ao modo como uma pessoa vê e interpreta uma fotografia. No futuro, capacidades cerebrais permitirão que os computadores analisem características como cor, padrões de textura ou informações de borda, extraindo conhecimento de mídia visual. Isso terá um impacto profundo em segmentos como saúde, varejo e agricultura. De acordo com a IBM, essas funcionalidades poderão ser aproveitadas na área de saúde para analisar volumes maciços de informações médicas, como imagens de ressonância magnética, varreduras de tomografia computadorizada e raios-x.
Os computadores escutarão o que é importante
Sistemas distribuídos de sensores inteligentes irão detectar elementos de som, como pressão, vibrações e ondas sonoras, em diferentes frequências. A ideia é que esses sistemas escutem o ambiente e possam medir movimentos para alertar sobre perigos futuros, como uma árvore prestes a cair ou um deslizamento iminente. Dentro dessa lógica, a “fala de bebês”, por exemplo, será entendida como uma linguagem, dizendo aos pais ou médicos o que estão tentando comunicar. No futuro, ao aprender sobre emoções e ser capaz de perceber humores, os sistemas identificarão aspectos de uma conversa e analisarão tom, tonicidade e hesitações para ajudar na construção de diálogos mais produtivos, melhorando, por exemplo, as interações de centrais de atendimento ao cliente.
Papilas digitais permitirão uma alimentação mais inteligente
Os pesquisadores da IBM estão desenvolvendo um sistema de computação que experimenta sabores e que poderá ser usado por chefs para criar as receitas mais inovadoras e saborosas. A expectativa é de que nos próximos cinco anos essa solução seja capaz de detalhar ingredientes até seu nível molecular e misture a química de compostos alimentares com a psicologia de quais sabores e cheiros que as pessoas preferem. Ao comparar isso com milhões de receitas, será possível criar novas combinações de sabor, unindo diversos alimentos. Um sistema como esse também pode ser usado para ajudar as pessoas a comerem de forma mais saudável.
Máquinas com senso de olfato
Minúsculos sensores embutidos no computador ou celular detectarão se as pessoas estão prestes a desenvolver alguma doença. Ao analisar odores, biomarcadores e milhares de moléculas na respiração de uma pessoa, os médicos terão ajuda para o diagnóstico e monitoramento do início de problemas de saúde, tais como problemas no fígado e rins, asma, diabetes e epilepsia, detectando quais cheiros são normais e quais não são. Essa inovação está começando a ser aplicada para ajudar na higiene clínica e, nos próximos anos, será capaz de “cheirar” superfícies para identificar desinfetantes, determinando quais salas estão limpas. Usando redes inovadoras wireless; dados sobre diversos elementos químicos serão coletados e medidos por sensores, que aprenderão continuamente e se adaptarão a novos cheiros ao longo do tempo.