Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

ARTIGO

- Publicada em 20 de Dezembro de 2012 às 00:00

Uma Arena amaldiçoada


Jornal do Comércio
A Arena gremista será amaldiçoada para sempre por milhares de atletas que praticavam esporte nos oito campos de futebol ali existentes, pela supressão das áreas verdes onde as aves em migração faziam o repouso, pela destruição de duas escolas de alto nível, pela permanência de lixão no subsolo envolto em “chorume”, que escoará por centenas de anos para o rio Guaíba atingindo a biota do Parque Delta do Jacuí, pelo procedimento adotado na obtenção da área e pela destinação de R$ 30 milhões da isenção de impostos que irão para empresa de sócios sigilosos e de capital de R$ 1 mil. A área utilizada para a Arena, doada pelo Estado há mais de 40 anos a uma entidade privada para construção de escola técnica, com cláusulas de impenhorável e inalienável, foi parar nas mãos da Construtora OAS, dos 37 hectares ficou dona de 28 para enriquecer seu patrimônio.
A Arena gremista será amaldiçoada para sempre por milhares de atletas que praticavam esporte nos oito campos de futebol ali existentes, pela supressão das áreas verdes onde as aves em migração faziam o repouso, pela destruição de duas escolas de alto nível, pela permanência de lixão no subsolo envolto em “chorume”, que escoará por centenas de anos para o rio Guaíba atingindo a biota do Parque Delta do Jacuí, pelo procedimento adotado na obtenção da área e pela destinação de R$ 30 milhões da isenção de impostos que irão para empresa de sócios sigilosos e de capital de R$ 1 mil. A área utilizada para a Arena, doada pelo Estado há mais de 40 anos a uma entidade privada para construção de escola técnica, com cláusulas de impenhorável e inalienável, foi parar nas mãos da Construtora OAS, dos 37 hectares ficou dona de 28 para enriquecer seu patrimônio.
O contrato entre Grêmio e OAS previa a compra da área e a construção da obra com recursos da construtora e que, só após a obra concluída haveria a permuta da mesma pela área do Olímpico. Portanto, não necessitava a doação da área estadual, tirada da Fcors, um brinde. Ocorre que a área que a OAS estava comprando, vizinha a atual, custaria, já em 2008, 10 vezes mais do que pagou à Fcors, e, além disso, teria 10 hectares a menos, reduzindo a área destinada para especulação imobiliária. A lei feita para a transferência, publicada logo após reunião, justificada em um acordo com a Fcors que obrigava a entrega da área ao Grêmio, mas foi parar diretamente nas mãos da firma Novo Humaitá Empreendimentos, que pertence à construtora OAS. Tenho certeza que os crimes ambientais, o uso da força, a maldade, o enriquecimento ilícito e a destruição de outras entidades não trazem o bem, pelo contrário, marcam o empreendimento e seus usuários com o timbre da “maldade”, que será lembrada para sempre, de forma que, lesões de atletas, perda de jogos, briga entre dirigentes, desastres e derrotas esportivas serão consequências, pois estarão inseridas nas mentes insanas dos que praticaram e na dos que sabiam de tais atos e nada fizeram. Que a maldição dos prejudicados se encarregue de fazer justiça, pois a humana, hoje em dia, está fora de “moda”.
Engenheiro civil e perito ambiental
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO