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CELULOSE

- Publicada em 07 de Dezembro de 2012 às 00:00

Celulose Riograndense começa obra de R$ 4,9 bilhões em 2013


CACO ARGEMI/PALÁCIO PIRATINI/JC
Jornal do Comércio
Não disse que ia dar um presente de Natal aos gaúchos? A ampliação vai sair”, declarou aliviado nesta quinta, antes de detalhar cronograma ou projeto, o diretor-presidente da Celulose Riograndense, pertencente à chilena CMPC, Walter Lídio Nunes. Com a palavra empenhada, o executivo fez questão de percorrer de carro os 380 quilômetros entre Panambi e Guaíba, para comunicar, em primeira mão, ao governador Tarso Genro, que a novela chegara ao fim. As obras que elevarão a capacidade da planta de celulose das atuais 450 mil toneladas ao ano para 1,75 milhão de toneladas começam em janeiro. Será a largada de um investimento de mais de R$ 5 bilhões, que será finalizado em 2015 e deve entrar para a história como um dos maiores da economia gaúcha.
Não disse que ia dar um presente de Natal aos gaúchos? A ampliação vai sair”, declarou aliviado nesta quinta, antes de detalhar cronograma ou projeto, o diretor-presidente da Celulose Riograndense, pertencente à chilena CMPC, Walter Lídio Nunes. Com a palavra empenhada, o executivo fez questão de percorrer de carro os 380 quilômetros entre Panambi e Guaíba, para comunicar, em primeira mão, ao governador Tarso Genro, que a novela chegara ao fim. As obras que elevarão a capacidade da planta de celulose das atuais 450 mil toneladas ao ano para 1,75 milhão de toneladas começam em janeiro. Será a largada de um investimento de mais de R$ 5 bilhões, que será finalizado em 2015 e deve entrar para a história como um dos maiores da economia gaúcha.
O aporte privado direto da companhia deve ficar um pouco abaixo da cifra global, esclareceu Nunes. “Serão quase R$ 5 bilhões, mas temos de contabilizar aplicações em obras públicas e outras iniciativas, o que ultrapassará esta cifra”, calculou o executivo. O desafio da direção da empresa agora é garantir mão de obra para a execução civil e depois para as instalações. A Rio-grandense colocou em marcha em novembro uma campanha de mobilização, com gasto de R$ 1 milhão, para arregimentar mais de 3 mil candidatos a cursos de formação em construção civil. No primeiro semestre de 2013, a segunda etapa de treinamento somará mais de 2 mil vagas para obras mecânicas. A previsão é de geração de 8 mil empregos ao longo da implantação, gerados diretamente pela ampliação. Somado ao cálculo de vagas indiretas, o volume ultrapassará 20 mil postos.
A decisão do conselho de administração da CMPC foi tomada em reunião na manhã desta quinta-feira, em Santiago. A divulgação só pôde ser feita, explicou Nunes, após a abertura da bolsa de valores chilena. “Como o grupo é de capital aberto, precisava aguardar o comunicado ao mercado”, justificou o coordenador do empreendimento. Segundo o diretor-presidente da unidade gaúcha, as últimas informações dos estudos e da análise econômico-financeira foram complementadas por e-mail, para a sede no país latino-americano, há cerca de 15 dias. “Tinha expectativa da aprovação hoje (quinta). Mas os acionistas poderiam querer mais detalhes. Fui para Panambi, mas sabia que era um contrato de risco, podia dar em água, mas não deu”, descreveu o executivo. Por volta de 13h, horário de Brasília, o veredicto foi transmitido pelo celular a Nunes, que 30 minutos depois encontraria Tarso para dar ótima notícia em meio a um ano que poderá amargar um Produto Interno Bruto (PIB) negativo e as previsões para 2013 apontam para crescimento que vai correr atrás do prejuízo, caso confirmado. “Estamos preparados para crescer, produzir e gerar emprego e renda”, indicou o governador, que inseriu o projeto como um estandarte de sua política de desenvolvimento.
De Brasília, onde participava de um encontro de dirigentes industriais, o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor José Müller, adianta que as previsões de desempenho da economia gaúcha a serem divulgadas na segunda-feira pela entidade poderão ter de ser recalculadas. “Não deu para fazer a conta, mas teremos impacto já em 2013”, acredita o líder industrial. Mais do que refazer contas, Müller vê na confirmação uma janela para reativar a importância do Estado no cenário de atração de investimentos. “A indústria parou este ano”, diagnostica o industrial. Para o presidente da Fiergs, o projeto resgata o setor de celulose na matriz econômica.
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