Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Opinião

Artigo

- Publicada em 06 de Dezembro de 2012 às 00:00

Falta de segurança pública e a crise da família


Jornal do Comércio
O Criador estabeleceu o tempo criando o ciclo rotatório da Terra em dia e noite. Assim fez para que o homem despertasse feliz como as aves no raiar do dia. Para certas classes de animais, os noctâmbulos e os noctívolos, permitiu atividades noturnas. Aos seres com alma, concedeu o livre arbítrio de escolher entre a luz e as trevas. A proposta do Criador ao expulsar o homem do paraíso foi clara: carpe diem, o dia destinado ao sustento humano; e carpe noctem, a noite destinada ao descanso. Bem diferente de “Carpe Vitae”, campanha de promoção do ateísmo, desenvolvida pela British Humanist Association, com o slogan: “Deus, provavelmente, não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a vida”. Os romanos, que eram politeístas, citavam em seus textos as possessões diabólicas: “Homo hominum diabolus” (O homem é o diabo do homem). Hoje, os pais se dizem ateus e acreditam em comentários da internet: “Satanás foi um mito útil para manter as pessoas na linha em épocas menos esclarecidas, mas algo fora de moda em nossos dias”.
O Criador estabeleceu o tempo criando o ciclo rotatório da Terra em dia e noite. Assim fez para que o homem despertasse feliz como as aves no raiar do dia. Para certas classes de animais, os noctâmbulos e os noctívolos, permitiu atividades noturnas. Aos seres com alma, concedeu o livre arbítrio de escolher entre a luz e as trevas. A proposta do Criador ao expulsar o homem do paraíso foi clara: carpe diem, o dia destinado ao sustento humano; e carpe noctem, a noite destinada ao descanso. Bem diferente de “Carpe Vitae”, campanha de promoção do ateísmo, desenvolvida pela British Humanist Association, com o slogan: “Deus, provavelmente, não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a vida”. Os romanos, que eram politeístas, citavam em seus textos as possessões diabólicas: “Homo hominum diabolus” (O homem é o diabo do homem). Hoje, os pais se dizem ateus e acreditam em comentários da internet: “Satanás foi um mito útil para manter as pessoas na linha em épocas menos esclarecidas, mas algo fora de moda em nossos dias”.
Hoje a juventude é educada às avessas. Os pais pensam que, para serem modernos, devem desconsiderar a “outmoded”, a moral judaico-cristã. Criam filhos alienados, sem ensinar-lhes o significado de limites e direito alheio. Talvez se considerem mais fashionistas se adotarem a doutrina do Jedi Order, que trabalha com o dualismo luz versus escuridão. Não servindo estas, restariam outras filosofias, como a grega, sempre atual, cuja mitologia considerava a noite como divindade, conhecida por filha do caos e mãe da morte. A soberba dos pais impede-os de ver que a falta de limites deixa seus filhos cruéis e promíscuos. A má índole incorporada aos filhos pela sua omissão forma o inferno que habitamos. A permissividade dominante no ambiente familiar permite tudo aos filhos. Pais inconsequentes estimulam seus filhos a passar as noites fora e “ficar” com bad boys e de “pegar” desconhecidos em busca de prazer nas baladas. Todavia, sabemos que “nocte lucidus, interdiu inutilis”, à noite brilhante, durante o dia inútil. E assim, a ficção dos lobisomens, o homem transformado em fera diabólica, confirma o conceito “homo homini lupus” (o homem é o lobo do homem). A crise da segurança pública decorre da falta de educação e de limites sociais de uma juventude noctívaga. Famílias desetruturadas não controlam os filhos, e os governos não controlam a sociedade. Vale aqui o alerta da literatura clássica italiana: “L’inferno dei viventi non è qualcosa che sarà, è quello che è già qui, l’inferno che abitiamo tutti i giorni, che formiamo stando insieme”.
Professor universitário aposentado
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO